Alcaraz vira, faz mais uma semi e iguala marca de Nadal e Djokovic

Foto: Ian Walton/AELTC

Londres (Inglaterra) – Em duelo entre os últimos dois campeões do ATP 500 do Queen’s, o espanhol Carlos Alcaraz levou a melhor sobre Tommy Paul e encerrou a sequência de nove vitórias do norte-americano, que até saiu na frente e venceu o primeiro set, mas depois sucumbiu e levou a virada, caindo com o placar final de 5/7, 6/4, 6/2 e 6/2, em confronto de 3h14 de duração.

Terceiro espanhol a alcançar as semifinais de Wimbledon mais de uma vez, igualando as duas de Manolo Santana e ficando atrás apenas de Rafael Nadal que tem oito, Alcaraz terá agora pela frente o russo Daniil Medvedev, que um pouco mais cedo precisou de cinco sets para bater o número 1 do mundo Jannik Sinner de virada.

Será a sétima vez que Alcaraz e Medvedev medirão forças no circuito e a vantagem é do espanhol, com quatro vitórias e duas derrotas. Contudo, o russo leva a melhor no histórico em Grand Slam (2 a 1). O duelo será um tira-teima entre eles na grama do All England Club, onde se cruzaram duas vezes, com um triunfo para cada lado.

Alcaraz vai disputar sua sexta semifinal em Slam, igualando o treinador Juan Carlos Ferrero e David Ferrer como o terceiro espanhol que mais vezes chegou a essa fase, atrás apenas de Nadal (38) e Santana (8). Ele também igualou Andre Agassi, Borg, Novak Djokovic e Nadal, que também chegaram em seis semis antes de completar 22 anos, ficando atrás apenas das oito de Boris Becker e Mats Wilander.

Com altos e baixos, Paul larga na frente

Enfrentando Paul pela quinta vez, a primeira em Grand Slam e também sobre a grama, o jovem espanhol começou bem, teve quatro break-points no primeiro game e conseguiu uma quebra no terceiro, mas viu o norte-americano devolver o break logo em seguida. Depois disso, houve diversas chances de quebra para ambos os lados, mas a definição aconteceu apenas na reta final.

Paul perdeu quatro break-points no sexto game, salvou um no sétimo e mais dois no nono, quando o atual campeão de Wimbledon ficou perto de abrir 5/4 e saque. Contudo, quem levou a melhor no fim foi o norte-americano, que bateu o saque no 12º e último game para sair na frente no marcador.

Susto para o espanhol e virada iniciada

A recuperação do cabeça de chave número 3 acabou vindo, mas não antes sem um susto no começo do segundo set, em que Paul chegou a abrir 2/0 e saque. Só que Alcaraz reagiu prontamente e devolveu o break na sequência, empatando por 2/2. A partir de então ele foi cada vez mais consistente e deu menos brechas para o adversário norte-americano, que perdeu o saque no sétimo game e depois o set por 6/4.

O terceiro set começou com uma série de três quebras e o espanhol marcando 3/1. Os dois games seguintes foram de sofrimento para os sacadores, com Paul salvando cinco break-points no quinto e Alcaraz dois no sexto, até conquistar nova quebra no sétimo e em seguida confirmar para marcar 6/2 e finalmente liderar o placar pela primeira vez na partida.

Alcaraz engrena no fim e domina as ações

Com o placar favorável, o atual campeão no All England Club tomou as rédeas do jogo para si na quarta parcial. Ele não cedeu um break-point sequer para o norte-americano e obteve duas quebras consecutivas para sair de 0/1 e abrir 5/1. Paul lutou até o final, mas não evitou sua terceira derrota em cinco jogos contra Alcaraz, que anotou sua quinta vitória seguida contra rivais do top 20.

Apesar do começo irregular, Alcaraz mostrou firmeza na maior parte do embate, tanto que acabou com 15 bolas vencedoras a mais do que o oponente (36 a 21) e com 14 erros não forçados a menos (37 a 51). Ele também teve desempenho superior com o saque, vencendo 65% dos pontos em seus games de serviço contra 54% de Paul.

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Lucas araujo
Lucas araujo
2 meses atrás

Como esse Americano pode ser tão ruim

Lucas F.
Lucas F.
2 meses atrás
Responder para  Lucas araujo

Com certeza você é muito melhor que ele né

Bernou
Bernou
2 meses atrás
Responder para  Lucas F.

Nada a ver. O Lucas nem tenista profissional é.

Renato
Renato
2 meses atrás
Responder para  Lucas araujo

9 jogos sem perder na grama, deu trabalho para o atual campeão e que é um cracasso de tênis….tá sabendo muito vc kkk

Paulo
Paulo
2 meses atrás

40% TP
kkkkkkk

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
2 meses atrás

Alcaraz mesmo com algumas oscilações já domina a Grama Sagrada. Ele que faça a sua parte batendo MEDVEDEV, pois o outro lado da chave ficou uma Teta pra Novak Djokovic. Abs!

Paulo Almeida
Paulo Almeida
2 meses atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

“Ficou uma teta”. Depois reclama quando a gente fala dos 3 Reis Magos e outros bagres da weak era.

A conferir, kkkk, abs!

Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
2 meses atrás

Antes de completar os 22 anos, caso não haja imprevistos, o Alcaraz deve jogar ainda o US Open 2024 e AO 2025 e terá oportunidade de igualar as oito semifinais de Boris Becker e Mats Wilander.

Lee
Lee
2 meses atrás

Só não esqueça que o único adversário dele do big 3 hoje é o Djokovic com 37 anos. Nadal e Djokovic tinham o Federer como adversário. Imagine o Federer se não aparecese o Nadal e o Djokovic ia passar dos 30 Slam tranquilamente coisa que o Alcaraz tem tudo para fazer agora.

Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
2 meses atrás
Responder para  Lee

Sim, eu sei disso. Só fiz o comentário em referência ao quarto parágrafo da matéria acima que cita o feito alcançado pelo Alcaraz: “Alcaraz vai disputar sua sexta semifinal em Slam, igualando o treinador Juan Carlos Ferrero e David Ferrer como o terceiro espanhol ……………”

Jmsa
Jmsa
2 meses atrás

Pelo que eu vi até agora o alcaraz vai atropelar o.medvedev ,parece que tá se encaminhando a final Djokovic e alcaraz mais uma vez .

Renato
Renato
2 meses atrás
Responder para  Jmsa

Sério? Acho que deve ganhar, é favorito,mas atropelar? O Medvedev não é esse docinho não. Inclusive tem vantagem em Slams. Espero um grande jogo, bem disputado.

Joselito
Joselito
2 meses atrás
Responder para  Renato

Se Medvedev ir para cima como fez no US Open tem chance. Se ficar só passando bola será atropelado. Mas ele já sabe disso e comentou até recentemente em entrevista já em Wimbledon.

Lee
Lee
2 meses atrás
Responder para  Joselito

É bem diferente enfrentar o Medevedev na grama do que na quadra dura. No US Open o Medvedev tem bem mais vantagens ,acho que o Alcaraz vai passar se fosse contra o Sinner ele ia ter bem mais dificuldade.

José Alexandre
José Alexandre
2 meses atrás

Cresceu na hora certa, rumo ao bi.

Anderson ayres
Anderson ayres
2 meses atrás
Responder para  José Alexandre

Ele não ganha do djokovic esse não

Maurício
Maurício
2 meses atrás
Responder para  Anderson ayres

Ué, quem ganhou do Nole ano passado??

Rodri
Rodri
2 meses atrás
Responder para  José Alexandre

APRENDA: Djokovic NÃO perde 2 finais seguidas para o mesmo rival, com exceção de RG pra RN.

Carlos Alberto Alves
Carlos Alberto Alves
2 meses atrás

Obviamente que entre a semifinal e a defesa do título há um caminho imenso a ser percorrido. Agora, não tem como não dizer que este moleque joga muito tênis, tem uma potência incrível nos golpes e não se entrega nunca, sem contar a grande mentalidade de campeão que carrega. Tudo leva a crer que, caso ele passe pelo russo (que diga-se de passagem jogou muito hoje), tem tudo para reencontrar o Djoko na final, que até o momento não pegou ninguém vamos ser bem honestos. O Alcaraz tá fazendo a parte dele, com alguns deslizes é verdade, mas vem passando de fases. Numa possível final entre ele e o Djoko ainda vejo o sérvio com 55 a 45 de vantagem por já ter ganho esse troféu 7 vezes é claro, mas se tem alguém que ainda está vivo no torneio, e que tem condições de derrotá-lo esse alguém é justamente o Carlitos. A questão toda é que o sérvio virá com sangue nos olhos por dois motivos na minha opinião:
1 – Quer devolver a derrota do ano passado;
2 – Se for campeão será isolado o maior ser humano entre homens e mulheres com a maior quantidade de GS no curriculum.
Uma final destas será recheada de ingredientes para apimentá-la. O Alcaraz pode até perder, mas não vejo ele vendendo barato, no entanto eles ainda tem compromissos a superar antes desta possível final, a conferir….

Renato
Renato
2 meses atrás
Responder para  Carlos Alberto Alves

Concordo plenamente. Se for essa a final, tem tudo para ser um grande jogo. Mas não podemos descartar as semifinais. Tudo pode acontecer.

Rafael
Rafael
2 meses atrás
Responder para  Carlos Alberto Alves

Torço pro Djoko, mas numa eventual final, acho que tá mais pra 80/20 pro Alcaraz. Tá jogando muito, chega dar raiva, e o Djoko tá mais velho, vem num ano terrível e saiu de uma cirurgia há dias. Agora, só o Rune é um adversário mais difícil que qualquer um que o Alcaraz enfrentou até agora. O Alcaraz que se complicou sozinho em alguns jogos, na minha opinião ele teve a chave mais fácil de todos, só vai ter algum desafio nesses 2 últimos jogos.

Gilvan
Gilvan
2 meses atrás

Apesar da chave complicada, o espanhol segue se destacando no torneio, vencendo com autoridade adversários qualificados. A ver se consegue vencer o Medvedev, para já garantir o título, pois o outro lado da chave está fraquíssimo.

Joselito
Joselito
2 meses atrás
Responder para  Gilvan

“Adversários qualificados”? O primeiro adversário qualificado seria o Sinner, mudando agora para o Medvedev. Se juntar todos os que pegou, não deve dar 10 títulos.

Robson
Robson
2 meses atrás
Responder para  Gilvan

Delírios…
Delírios de “etes”….
Seria esse,federete?

Paulo Almeida
Paulo Almeida
2 meses atrás
Responder para  Robson

Sim, não tira o GOAT Djoko da mente.

Paulo Almeida
Paulo Almeida
2 meses atrás
Responder para  Gilvan

É sofredor eterno e piadista ainda, hahaha.

Pegou a chave mais teta de todas desde o início e ainda deixou sets para bagres, quase tendo rodado para o Tiafoe. E ainda deu sorte do Sinner ter passado mal e caído hoje.

Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
2 meses atrás
Responder para  Gilvan

Quer dizer que o jogo Alcaraz x Medvedev vai ser a final do torneio? Se o Alcaraz ganhar do russo conquista o título então. Qual dos jogadores fracos vem do outro lado? Vamos lembrar desse seu comentário e te parabenizar pelo acerto no domingo.

Marcelo Reis
Marcelo Reis
2 meses atrás

Em condições normais de pressão e temperatura rsrsrs, só um pequeno milagre para o Medvedev tirar o Alcaraz. Eu achava que o russo de hoje não passava, mas ele me deu uma rasteira. 75% a 25% a favor do espanhol, a meu ver.

Última edição 2 meses atrás by Marcelo Reis
Paulo Almeida
Paulo Almeida
2 meses atrás
Responder para  Marcelo Reis

Esqueceu da semifinal do USO?

Marcelo Reis
Marcelo Reis
2 meses atrás
Responder para  Paulo Almeida

Lembro, mas não estamos no USO. Em WB, também em 2023, foram fáceis 3×0. Lógico que o jogo está aí para alguém ganhar, mas acho difícil o russo levar essa. Espero que seja disputado, ao menos.

Yuri Anjos
Yuri Anjos
2 meses atrás
Responder para  Paulo Almeida

Pisos diferentes grama e diferente na dura na Dura o Medvedev se destaca mais na grama O Alcaraz acho que ele leva

Ali Abdala
Ali Abdala
2 meses atrás

Boa tarde pessoal! Confesso que não compreendi o tópico dessa reportagem “Alcaraz vira, faz mais uma semi e iguala marca de Nadal e Djokovic”, alguem poderia me explicar?

José Nilton Dalcim
Admin
2 meses atrás
Responder para  Ali Abdala

“Ele também igualou Andre Agassi, Borg, Novak Djokovic e Nadal, que também chegaram em seis semis antes de completar 22 anos”

Marcelo F
Marcelo F
2 meses atrás
Responder para  José Nilton Dalcim

Boris Becker também.

Marcelo F
Marcelo F
2 meses atrás
Responder para  Marcelo F

Desculpe, já estava escrito na matéria.

José Nilton Dalcim
Admin
2 meses atrás
Responder para  Marcelo F

Sim, está bem explicado no texto, Marcelo. “Ele também igualou Andre Agassi, Borg, Novak Djokovic e Nadal, que também chegaram em seis semis antes de completar 22 anos, ficando atrás apenas das oito de Boris Becker e Mats Wilander.”

Luciano
Luciano
2 meses atrás

O jogo contra o Medvedev, acredito que será duro! O russo dará trabalho.

Vanderlei Stefani
Vanderlei Stefani
2 meses atrás

Alcaraz pegou uma chave muito fácil, só medianos.

Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
2 meses atrás

Obviamente que é super normal e previsível que os fãs do Federer tenham adotado o Alcaraz para torcer daqui pra frente, principalmente porque ele está fazendo o que o Federer não conseguiu que é criar mais dificuldades para o Djokovic. Mas afirmar que o Djokovic pegou uma chave teta é uma grande apelação. Em 2023 o Alcaraz jogou contra o Rune nas quartas de final e ganhou por 3 sets a 0, 7/6(3) 6/4 6/4, Em 2024 foi a vez do Djokovic enfrentar o Rune etambém ganhou por 3 stes a 0, 6/3 6/4 6/2. O Alcaraz já mostrou que é um fenômeno, tem muitos recursos técnicos, uma grande capacidade física e está demonstrando que também tem uma grande força mental. Vamos ver se o Alcaraz e Djokovic vão se encontrar na final. Acredito que tanto o Djokovic como o Medvedev têm consciência do que vão enfrentar na sequência do torneio, assim como o Alcaraz também tem. Se Alcaraz e Djokovic se encontrarem na final, desta vez a pressão maior estará com o Alcaraz por ter a responsabilidade de defender o título de 2023. Mas o engraçado é ver como os anti-Djokovic estão mudando o discurso rodada após rodada.

Marcelo Reis
Marcelo Reis
2 meses atrás

Eu sou fã do Federer, mas não torço para o Alcaraz. Nem de longe. Prefiro mil vezes o Sinner. É uma espécie de duelo do talento versus o trabalhador. A meu ver, o Federer sempre foi o mais talentoso, com maior aptidão natural. O Djoko e o Nadal, naturalmente, eram talentosos, mas eram mais batalhadores e buscavam evoluir mais que o Suíço. Quando este último se deu conta de que precisava evoluir mais ainda, já estava com 34 anos – too late. Então, espero que Alcaraz não repita os erros de Federer, que busque sempre evoluir. Hoje ele está por cima da carne seca, mas em poucos anos outros aparecem, e quem ficar estagnado será atropelado na velocidade da luz.

Paulo Almeida
Paulo Almeida
2 meses atrás
Responder para  Marcelo Reis

Ah, finalmente confessou pra quem torce. Não era tarde, tanto que conseguiu consertar a esquerda com Ljubicic em 2017 e dominar Nadal no piso duro, onde era grande freguês. Porém, com o Djokovic o buraco era mais embaixo.

Djoko e Nadal também seguiram evoluindo depois dos 30. Você mesmo falou do Goran, que melhorou ainda mais o saque do sérvio, já com 32/33 anos.

Enfim, essa é só uma desculpa. Federer trabalhou duro, mas não foi o suficiente.

Marcelo Reis
Marcelo Reis
2 meses atrás
Responder para  Paulo Almeida

Eu já tinha falado para quem torço umas 5 vezes ao menos em outras postagens, tu que se passou.

Para Federer era tarde, sem contar que ele já tinha quase 6 anos a mais. Devia ter começado a investir em melhorias bem antes, não aos 34. E o físico dele (e o de Nadal, que vivia se machucando) não é tão prodigioso quanto o do Novak, ele sempre foi mais lento (mais pesado), com aceleração menor, menor elasticidade etc. Nunca trabalhou esses pontos, ele não investia no físico, em especial em relação ao Novak.

Eu já disse antes, mas o H2H deles era idêntico. A partir dos 34 ele começou a perder muitas pro Djokovic, que ainda tinha só 28. Contra o Nadal, a esquerda aprimorada já foi suficiente para gerar estragos. Contra o Djoko, teria que buscar mais soluções. Não o fez.

Última edição 2 meses atrás by Marcelo Reis
Paulo Almeida
Paulo Almeida
2 meses atrás
Responder para  Marcelo Reis

Sinceramente eu não vi você falando, mas ok.

Federer e Djoko tiveram poucas lesões ao longo da carreira, nem se comparam a Nadal. A elasticidade é uma espécie de “talento” que nasce com a pessoa. Djokovic tem um biotipo privilegiado e o suíço jamais iria conseguir cobrir a quadra e fazer defesas impossíveis como o sérvio.

Não, Djoko começou a dominar o Federer quando este tinha apenas 29 anos em 2011 e em Slams a partir do USO 2010. O h2h desde então é 21×10 e 10×2 em Majors. Não se analisa no momento em que ocorreu o empate.

Como já disse várias vezes, a desculpa de idade não cola pra mim. Federer conseguiu dominar o Nadal quase 5 anos mais novo aos 35/36 anos. Além disso, Djoko ganhou de caras 9/10/11 anos mais velhos (geração do Medvedev/Zverev/Tsitsipas) e agora de jogadores 15/16 anos (Alcaraz/Sinner/Rune). A diferença de 5 anos e 9 meses é irrisória perto dessas.

Abs.

Marcelo Reis
Marcelo Reis
2 meses atrás
Responder para  Paulo Almeida

Vou tentar ser mais claro agora.

No quesito lesões, ambos tiveram poucas na carreira, todos sabem disso. Mas o físico prodigioso do Djokovic sempre foi melhor que o do Federer. Citei 3 exemplos acima: ele corre mais, tem maior aceleração, tem muito mais elasticidade. O suíço sempre foi avesso a treinamentos físicos, isso desde jovem, algo de notório conhecimento. Culpa dele, claro. Já Djoko, sempre focou nisso também e colheu seus frutos, evoluindo muito bem o corpo. O Federer de 34 já não era o Federer de 24. O corpo dele evoluiu pior que o do Djoko, além de ele não dar grande muito valor ao que já citei acima.

Quanto aos números, o que quero dizer é que o H2H era vantajoso para o suíço até os 34 anos de idade. Levando em conta essa diferença de quase 6 anos e a melhor qualidade overall do Novak, até demorou bastante para o Djokovic superá-lo. Foram cerca de 10 anos para tal. Da mesma forma que você diz que a partir dos 29 ele levou vantagem, posso dizer que do começo da carreira até os 28, Federer foi superior (13 a 6). Entende? É conveniente escolhermos as épocas, por isso levei em conta o H2H total. E, ainda, uma coisa é comparar os dois quando ambos são jovens, outra compará-los quando um ainda está no pico e o outro já demonstra sinais de decaimento devido à idade. O Djoko de 34 anos não é o Federer de 34. É uma falsa simetria, porque a fisiologia de cada atleta é única, e nisso o Djokovic sempre teve a vantagem. Sorte dele!

Quando penso que o Federer conseguiu tudo o que tem jogando contra o Nadal, sua verdadeira criptonita, e jogando contra o Sérvio (que possui o status de GOAT), tendo quase 6 anos a mais, jogando com backhand de uma mão, com só 20% do ano jogando em sua superfície favorita, sendo mais lento, com menor aceleração, com menor elasticidade e, ainda, tendo só 4 vitórias a menos que o Novak, ocorridas após seus 34 anos, admiro-o ainda mais. Continua a ser meu top 1. Já sobre o Novak, continuo vendo seus jogos, me divirto muito e admiro seu talento. E fica por aí. Não consigo admirá-lo como um todo porque tenho dificuldades de dissociar o atleta da pessoa. E não torço contra, nem a favor. Torço por bons jogos, assim me divirto.

Nada disso vai mudar os números finais, evidente. O Djokovic continua sendo o jogador mais vitorioso do tênis masculino e ficará assim por um bom tempo. Mas os pontos acima são coisas que levo em consideração. Eu nem gosto muito de compará-lo pois, embora sejam contemporâneos, considero-os de gerações diferentes. Da mesma forma que o Medvedev/Zverev não são da geração do Sinner e do Alcaraz, embora também contemporâneos.

O que talvez não tenha ficado claro para ti é que em nenhum momento eu digo que Federer é melhor ou mais vitorioso que Djokovic, como você parece tentar me dissuadir em suas falas e em tantas outras exatamente idênticas blog afora. Eu nem investiria tempo nisso, sinceramente, mas seu tempo é só seu. Só estabeleci algumas comparações para efeito didático, e também para vermos as coisas sob prismas diferentes, além de números secos, pois considero os contextos muito importantes. Queria eu que os 3 estivessem com as mesmas idades desde sempre, assim teríamos um panorama diferente, pois os 3 largariam “do mesmo lugar”. Mas as coisas são o que são, está de bom tamanho e o tempo se encarrega do resto.

Escrevi às pressas em fluxo de pensamento, espero que faça sentido.

Paulo Almeida
Paulo Almeida
2 meses atrás
Responder para  Marcelo Reis

Rapaz, que tijolaço, mas o tempo também é seu e você gasta como quiser, rs.

Você foi claro e eu entendi perfeitamente. Ainda não me conhece direito, mas, por favor, não me tome como alguém que tem dificuldade de interpretação.

Vou te responder em relação a alguns pontos, começando pelo h2h. Não acho que Djokovic demorou demais (10 anos) para ultrapassar o Federer. Ele só subiu de patamar como jogador em 2011, quando retirou o glúten da dieta. Você queria que ele já tivesse dominado o Federer a partir de 2006? Não, ele era menos jogador e por isso ficou com 6×13, mas já em 2011 diminuiu para 10×14, deixando o h2h equilibrado até finalmente ultrapassá-lo no AO 2016. Isso vale para o Nadal também, que ostentava 16×7 e foi ultrapassado na mesma época.

Tanto o hard quanto a grama eram superfícies de sucesso para o suíço. Logo, assim como Novak, ele jogava cerca de 75% do tempo nos seus palcos prediletos. Vou arredondar o saibro para 25% para facilitar as contas.

Ah, também em nenhum momento insinuei que você acha ou disse que Federer é melhor ou mais vitorioso.

P.S.: No comentário anterior, quis dizer mais novos em vez de mais velhos.

Abs.

Marcelo Reis
Marcelo Reis
2 meses atrás
Responder para  Paulo Almeida

Fui escrevendo à medida que os pensamentos me ocorriam, nem corrigir os erros eu corrigi e saiu gigante.

Tranquilo. É que em suas postagens quase sempre há a ideia de que Djokovic é melhor, é mais vitorioso. E inclusive eu concordo. É que sua insistência em dizer o óbvio, inclusive em trocentas postagens pelo blog, com conteúdo virtualmente idêntico (semanticamente semelhante), é que me fez pensar que achava o contrário, pois esta mesma ideia permeia toda a sua postagem acima. Por isso busquei esclarecer, mas nem pensei na possibilidade de você ter dificuldades de compreensão. Eu achei que eu que não fui claro (visto que escrevi às pressas no meio do meu trabalho), justamente o contrário, por isso que esmiucei as ideias. Optei por pecar pelo excesso do que pela falta.

O % de sucesso na grama do Federer é superior ao das quadras rápidas e são claras suas predileções. Lógico, ele também obteve sucesso nas hard e até um pouquinho no saibro.

Última edição 2 meses atrás by Marcelo Reis
Vinicius Chaves
Vinicius Chaves
2 meses atrás
Responder para  Marcelo Reis

Eu não acho o Sinner melhor que o Alcaraz não kkkkk, não mesmo.

Marcelo Reis
Marcelo Reis
2 meses atrás
Responder para  Vinicius Chaves

Eu não disse que um era melhor que o outro. Só disse meu preferido entre os dois.

Antônio Brasil
Antônio Brasil
2 meses atrás

Algum torcedores do Djockovic são meio sem noção, chegam a ser desrespeitosos com os demais torcedores, no afã de enaltecer o feitos do sérvio, desqualificam os demais jogadores.

Vagner Paiva
Vagner Paiva
2 meses atrás
Responder para  Antônio Brasil

24 > 22 > 20

Yuri Anjos
Yuri Anjos
2 meses atrás

Gosto muito do Carlitos e torço muito por ele ela está jogando mesmo tendo oscilado até chegar nas seminais Ele tem tudo para derrotar o Medvedev apesar que o Medvedev está jogando muito bem também vai ser um grande Se o Carlitos Passar para a final estou muito na torcida para que ele seja campeão de novo Em Wimbledon se ele enfrentar O Nole concerteza vai ser um jogaço Ainda mais por que o Nole vai vir com sangue nos olhos após a derrota no ano passado Mais Vamoss Carlitos

Cesar Leal
Cesar Leal
2 meses atrás

Mas, ninguém há de titubear que todos adversários do Alcaraz entram na arena com o objetivo grande, derrotá-lo a qualquer preço. Jogam como se fosse o último jogo da vida.

Mas….

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