Primeiras semifinais são perfeitas

As duas primeiras semifinais deste Australian Open não poderiam ser mais perfeitas. Novak Djokovic e Jannik Sinner mantiveram seus favoritismos com algum trabalho e vão se cruzar pela quarta vez no espaço de seis meses, enquanto Aryna Sabalenka e Coco Gauff representam as duas vencedoras de Grand Slam sobre piso duro do ano passado e irão reprisar a decisão do recente US Open. Nos dois casos, o histórico é de 4 a 2, porém de um lado favorece o mais experiente e supercampeão sérvio e, de outro, a maior juventude da norte-americana.

Sinner disputará sua segunda semifinal de Slam, porém outra vez terá pela frente o ‘dono da casa’, como aconteceu em Wimbledon do ano passado. Para agravar a situação do italiano, que permanece sem perder set, Nole continua subindo de nível a cada rodada, como era aliás de se esperar, senão tanto na parte técnica muito mais na essencial confiança.

Taylor Fritz deu real trabalho nos dois primeiros sets. Se Nole deixou escapar incríveis oito break-points antes do tiebreak, muitos por conta do pesado saque adversário, o norte-americano teve dois set-points no 6/5. Depois, conseguiu empatar com quebra logo na abertura do segundo set e mais sete break-points evitados, algo nada comum para o líder do ranking.

No entanto, numa melhor de cinco dentro da Rod Laver, é preciso muito mais para barrar Djokovic. Quando enfim concretizou a primeira quebra, no segundo game do terceiro set, não tirou mais o pé do acelerador, com direito a sete aces, três pontos de serviço perdidos e um único erro não forçado. O domínio se estendeu até 4/2. Houve então um pequeno vacilo e Fritz tirou seu saque. Porém, já parecia exausto fisica e mentalmente, e só ganhou um ponto depois disso para sofrer a nona derrota seguida diante de Djoko.

Sinner não foi tão brilhante como nas exibições anteriores. Fez um primeiro set quase burocrático em que demonstrou certa tensão, a ponto de 3 de seus parcos 5 winners acontecerem com aces. Os dois sofreram para manter o saque ao longo de toda a segunda série, com metade dos games mostrando break-points, e aí Rublev cometeu o pecado de abrir 5-1 no tiebreak e não ser agressivo como o recomendado. Sinner ganhou todos os seis pontos seguintes, porém ainda precisou evitar a quebra no terceiro game do set final antes de enfim embalar para sua quinta vitória em sete duelos diante do número 5 do ranking.

Com dois dias providenciais de descanso, o reencontro desta sexta-feira mostrará Sinner em patamar muito mais elevado do que seis meses atrás, quando não tirou set na grama sagrada e tinha 0-3 no histórico. Na reta final da temporada, ganhou 2 dos 3 duelos diante de Djokovic na quadra dura coberta com um tênis muito mais diversificado e empenho físico notável. O quanto isso conseguirá se sustentar por prováveis quatro ou cinco sets é a chave da questão.

Valor dobrado
O duelo de quinta-feira por vaga na final do Australian Open tem um evidente valor dobrado tanto para Sabalenka como para Gauff. A bielorrussa tenta manter seu título do ano passado em Melbourne – bicampeonatos não são frequentes em Melbourne, com apenas três desde o começo do século -, enquanto a norte-americana busca o segundo Slam consecutivo aos 19 anos. De quebra, vale o número 2 do ranking.

Coco esteve decididamente longe de seus melhores dias. Viu Marta Kostyuk sacar para o primeiro set com inesperados 5/1 e precisou agradecer a falta de maior experiência da ucraniana. Ainda assim, teve de salvar set-point no tiebreak. Numa partida de 3h08 com total de 107 erros, nada menos que 50 deles vieram nesse set inicial.

A cabeça 4 levou o troco na outra série, quando teve 4/2 e saque, e daí em diante se mostrou insegura. Sem demonstrar opções táticas, optou por ‘balões’ e ainda sacou para a vitória com 5/3. Kostyuk era a tenista mais determinada e ganhou o segundo tiebreak. Por fim, Gauff se soltou mais e manteve o favoritismo sobre a 37ª do ranking.

Sabalenka encontrou pouca resistência de Barbora Krejcikova e a devolução de saque fez toda a diferença: a cabeça 2 ganhou 45% de pontos ao retornar o primeiro serviço e notáveis 80% no segundo, sinais evidentes da fragilidade da tcheca nesse aspecto. A diferença de winners (20 a 6) e erros (13 a 24) foram brutais. Sabalenka tem agora 7 a 1 no justíssimo retrospecto.

Desde a evolução definitiva de Gauff em 2021, ela só perdeu um dos quatro duelos contra Sabalenka, em Indian Wells do ano passado. Apesar disso, indicaria tênue favoritismo da número 2 do mundo pela leveza muito superior que tem demostrado em quadra neste Australian Open.

E mais
– Invicto em Melbourne por 33 jogos, Djokovic chega na 11ª semi no torneio e amplia recorde para 48 de Slam. Nunca perdeu depois de chegar na semi ou final, o que será outro desafio gigantesco para Sinner.
– Ótima surpresa a presença de Nick Kyrgios como entrevistador de quadra de Djokovic. O bate-papo foi bem descontraído e o australiano chegou a pedir dicas de qual árvore o sérvio abraça no Jardim Botânico local. “Estou farto de te ver vencendo aqui”, brincou. Nole deu resposta divertida e os dois se abraçaram.
– Rublev completa 10 tentativas frustradas de chegar na semi de um Slam, a terceira em Melbourne. É a pior marca da Era Profissional, superando já de longe as 7 de Tommy Robredo.
– Sabalenka mantém a escrita de nunca ter perdido nas quartas de Slam, alcançando agora sua oitava semifinal da carreira.
– Mesmo sem ainda ter um título de Slam, o indiano Rohan Bopanna será o novo líder do ranking de duplas se avançar para a semi. Ele joga ao lado de Ebden, que soma mesmo número de pontos mas perde no desempate.
– Nadal está na lista de inscritos para o forte ATP 250 de Doha, que terá como favoritos os russos Medvedev, Rublev e Khachanov. O torneio é na mesma semana no Rio, a partir de 19 de fevereiro.
– Já o Rio Open confirmou Alcaraz, Jarry e Cerúndolo, além de Cilic, Norrie, Fils, Wawrinka, Wild e o convidado Heide.

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Rafael
Rafael
10 meses atrás

Foi o resultado esperado. Porém, estamos vendo o Djoko crescendo e batendo cada vez mais firme e muito sólido. Já o Sinner foi mais burocrático hoje mesmo ganhando em sets diretos. Mestre, vendo parte do jogo do Sinner eu acho muito difícil ele ganhar do sérvio em Melbourne. Algo em 65% x 35%??

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
10 meses atrás
Responder para  Rafael

Viu parte , e não entendeu nada , meu caro. O cara ganhou 6 pontos consecutivos no Tie-Break tirando qualquer esperança do Russo . Eliminou Djokovic na Copa Davis salvando 3 Match-points em sequência. E’ partida pra 5 Sets . Abs!

Refaelov
Refaelov
10 meses atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

Vai me desculpar, mas vi mais demerito do Rublev ali.. com 5-2 msm ele tirou o Sinner totalmente da quadra pra, em seguida, escorar a bola pro centro do T e recolocar o Italiano no ponto.. A capacidade do Russo de se sabotar nesses jogos grandes é assustadora msm..

Paulo F.
Paulo F.
10 meses atrás

Idemo GOAT. Faltam 02.

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
10 meses atrás
Responder para  Paulo F.

Exato. Faltam apenas uma vitória sobre JANNIK SINNER e outra bem provável sobre ALCARAZ. Nada mais fácil …rs . Abs!

Paulo Sérgio
Paulo Sérgio
10 meses atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

No Atp Finals foi assim e sem set perdido.

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
10 meses atrás
Responder para  Paulo Sérgio

Foi o que disse Sr Paulinho. Nada mais fácil, não é mesmo? . E estás ótimo lá nas notícias do TênisBrasil. Demostrações de fanatismo zero kkkkkk. Abs!

Rodrigo W
Rodrigo W
10 meses atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

Foi o Sr. Paulinho que disse ou o Sr. Paulinho é o destinatário do comentário? Uma vírgula básica ali faz toda a diferença

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
9 meses atrás
Responder para  Rodrigo W

O Português é ruim mas entendestes muito bem , Sr Rodrigo. Se não, fica pra próxima rs . Abs!

Rodrigo W
Rodrigo W
9 meses atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

Agora sim. Empregou a vírgula corretamente antes do vocativo. Percebeu que a ausência dela afeta o sentido da frase? Sempre é tempo de aprender.

Paulo Sérgio
Paulo Sérgio
9 meses atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

Tem certeza que é bem provável sobre Alcaraz?

Luis Ricardo
Luis Ricardo
9 meses atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

e quando foi facil ???….ahhh sim , quando era contra o “fedex” ou contra o “nadal ai sim eram faceis …..vc ta cert…

jhonny
jhonny
9 meses atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

alcaraz ? kkkkk vai ter que ficar pro proximo grand slan

Fabio
Fabio
10 meses atrás

Dalcim, é impressão minha ou a Kostyuk tem muito, muito potencial? A falta de equilíbrio emocional dela prejudica não é? Teve momentos que a Gauff parecia apenas esperar o erro da ucraniana.

Refaelov
Refaelov
10 meses atrás
Responder para  Fabio

A Gauff, qnd n está num bom dia de saque se resume a isso msm: tênis defensivo, balões e fisicalidade.. ficando na espera do erro da adversária.. e, nem dá pra julgar muito a moça pois vem conseguindo excelentes resultados com isso mas, q n é bonito de ver n é..

Rafael
Rafael
10 meses atrás

Resultados previsíveis, porém vejo algumas coisas. O sérvio, mesmo com 4/21 nos breaks, mostrou que somente saque e bolas pesadas não lhe fazem tanto estrago. Até porque não se consegue manter esse ritmo por tanto tempo. O Sinner ganhou, mas achei o jogo burocrático e o Rublev vacilou demais no tie do 2º set. Enfim, mestre, vejo o Djoko crescendo no momento certo e favorito frente ao italiano com algo em torno de 65% x 35%. É por aí?

Refaelov
Refaelov
10 meses atrás
Responder para  Rafael

Até aquele tie break eu realmente estava até me compadecendo com o Russo pois, boa parte dos BP q ele n capitalizou no 2° set foram bolas q saíram por milimetros e o Rublev estava tendo uma bola postura mas, após a perda dos 6 pontos seguidos no TB(com destaque ao ponto no 5-2 com a quadra totalmente aberta pra matar no pós saque) vimos aquele show de horrores de caras e bocas do Russo..

Qnt ao Sinner X Djokovic, concordo, se o Italiano entrar nessa rotação, periga levar outro 3×0 nas costas..

Última edição 10 meses atrás by Refaelov
Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
10 meses atrás
Responder para  Refaelov

SINNER jogando menos que hoje, levou Djokovic ao Quinto Set nas Quartas de WIMBLEDON 2022 , meu caro. Este teu periga a levar outro 3 x 0 , não condiz com o Tênis apresentado por ambos até aqui. O Sérvio continua favorito, mas longe do que já foi contra um Italiano bem mais maduro. A conferir. Abs!

Ronildo
Ronildo
10 meses atrás

Fritz estava preparado para vencer. E venceria se tivesse confirmado os saques para fechar os dois sets. Porém infelizmente se rendeu ao cansaço visto ter feito uma campanha muito mais exigente que Djokovic até as quartas. No fim, Fritz foi fritado.

Luiz Fernando
Luiz Fernando
10 meses atrás
Responder para  Ronildo

Putz Ronildo, sua primeira frase só pode ser piada, veja de quem ele estava preparado p vencer?
Por favor me responda uma pergunta com sinceridade: se vc fosse apostar uma grande quantia no vencedor dessa partida, vc teria apostado em quem? Se vc responder Fritz acho q estaria preparado p perder kkk…

Ronildo
Ronildo
10 meses atrás
Responder para  Luiz Fernando

Olha, haja visto meu tenebroso passado, acredito que se eu apostasse uma grande soma de dinheiro em Djokovic ele certamente perderia.

Rafael
Rafael
10 meses atrás
Responder para  Ronildo

O Fritz ficou menos tempo em quadra que o sérvio. rs

Ronildo
Ronildo
10 meses atrás
Responder para  Rafael

Porém sofreu mais mentalmente, o que desgasta mais.

Luis Ricardo
Luis Ricardo
9 meses atrás
Responder para  Ronildo

pode ser , mas pq isso……é porque ele sabe que é MUITO inferior ao Nole…..só isso….

José Afonso
José Afonso
10 meses atrás

Vai ser um jogão (Djoko VS Sinner).

José Afonso
José Afonso
10 meses atrás

Dalcim, senti falta das matérias sobre Alcaraz falando para Rod Laver chamá-lo de “milagre” e não sabendo nomear uma jogadora do WTA que goste assistir. Não acha que são interessantes e atrairiam visualizações e engajamento?

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
10 meses atrás
Responder para  José Nilton Dalcim

Eu perguntei de onde era fonte da declaração de Alcaraz e ninguém soube citar . Pelo visto o Sr José Afonso também não sabe , caro Dalcim , pois o mesmo estava lá nas notícias Tênis Brasil . Quanto a WTA ele já citou Paula Baldosa o que não tem nada de mais rs . Na entrevista em quadra escorregou …Abs!

daniel
daniel
10 meses atrás
Responder para  José Afonso

Vc tá sugerindo que O tênis Brasil vire site caça click? Por q?

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
10 meses atrás
Responder para  José Afonso

Favor não levar em consideração meu comentário, Sr José Afonso. Acabou de sair nas últimas notícias do TênisBrasil , esta bobagem sem tamanho de Alcaraz respondendo a Rod Laver. Peço desculpas , e só lamento mais uma bola fora do imaturo Tenista. Abs!

Morais Moreira
Morais Moreira
10 meses atrás

Dalcim, você acha que esse é o torneio pra Alcaraz de reabilitar daquele final horrível de temporada?
Não está se falando muito dele, não tem pressão nenhuma, hoje é só Sinner e Djokovic que se fala

Jorge Miguel
Jorge Miguel
10 meses atrás

Posso até estar errado,mas estou com leve impressão que o Djokovic vai passar o carro no sinner

Chetnik
Chetnik
10 meses atrás

A WTA respira por aparelhos desde que a Serena se aposentou. Quem tinha o potencial de carregar o circuito, não aguentou psicologicamente – Osaka.

Que jogo BIZONHO esse entre a Coco, “eu não consigo disparar winners”, Gauff, e a Marta, “adoro cantar músicas nazistas” Kostyuk. Ainda sobraram a Aryna, “não consigo controlar meus nervos”, Sabalenka e a Anna, “meu lugar é numa passarela”, Kalinskaya.

Jogaço entre o GOAT e o Fritz, como aliás os números confirmam. O Fritz estava jogando uma barbaridade nos BP contra.

Marcelo Costa
Marcelo Costa
10 meses atrás
Responder para  Chetnik

Verdade Manarinno fez bonito, levando uma bicicleta, e todos de seu box, enclusive ele rindo, o jogo foi bisonho, mas como não havia úteros em quadra, não cabe sua crítica.

Chetnik
Chetnik
10 meses atrás
Responder para  Marcelo Costa

Lacrou.

Ronildo
Ronildo
10 meses atrás

Djokovic certamente pensa que pode alcançar no AO um dos RECORDES IMBATÍVEIS do tênis (14 slans de um mesmo torneio e 237 semanas seguidas na liderançado ranking). Porém enfrentará a dura realidade desta impossibilidade já no jogo contra Sinner.

Alison Cordeiro
Alison Cordeiro
10 meses atrás

Sinner subiu muito de produção e tem um jogo pesado, muito bom de assistir. Enfrentar Djoko na Rod Laver é o desafio supremo, como foi para Alcaraz em Wimbledon, quando Carlitos conseguiu um feito extraordinário. Se Sinner levar consolida seu momento espetacular.
Ganhar do sérvio em jogos de 5 sets é uma tarefa monumental. A margem de erro é mínima, o nível de jogo precisa ser intenso e preciso quase o tempo todo. Esse jogo promete muito.
Do outro lado espero que Alcaraz e Medvedev confirmem mais um confronto entre eles. Num off-topic aqui, acho divertidíssimas as entrevistas do Urso e a com Jim Courier explicando seu posicionamento em quadra foi uma das mais incríveis dos últimos tempos. As entrevistas nesse AO estão um show à parte.

Refaelov
Refaelov
10 meses atrás

Curiosa essa estatística da Sabalenka ser o Rublev reverso das QF de Slams .. como o Dalcin bem colocou o Sinner fez um jogo bem burocrático e q só n se complicou pelas já clássicas diarreias mentais do Russo em QFs, dessa vez no TB do segundo set.. Sinner vai precisar elevar mtooooo o nível para a partida das semis se n quiser repetir o 3×0 de Wimblendon..

Qnt a Gauff e Sabalenka eu reitero q aquela final de USOpen foi muito mais a Bielorrussa perdendo com aquele caminhão de ENF doq algum grande mérito da Gauff(além do óbvio de ter chegado até a final ), se a Aryna jogar 70% doq vem jogando até aqui no torneio, levará com um 2×0 sem dramas..

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
10 meses atrás
Responder para  Refaelov

Reparo que costumas se basear sempre na última partida ou no último resultado. Gauff bateu Sabalenka em 2020 , 21 , 22 e 23 . Tem apenas 19 anos e lidera o retrospecto por 4 x 2 . Jogou mal esta partida mas tem um Spin que incomoda muito Arina , além de uma mobilidade fantástica. A Campeã vai ter trabalho novamente. Abs!

Neri Malheiros
Neri Malheiros
10 meses atrás

Caro Dalcim,
Na grande batalha de Cincinnati, com quase quatro horas de tênis jogado em altíssimo nível e dois tiebreaks vencidos por Djokovic, acredito que o elemento mais surpreendente daquela partida tenha sido o uso frequente de voleios – muitos deles saque-voleio – por parte do sérvio para derrotar um incrédulo Alcaraz. O desabamento de Djoko na quadra após o ponto derradeiro e o choro incontrolável do espanhol após um confronto tão desgastante física e mentalmente foi a prova da entrega desses dois estupendos competidores.
Erroneamente, achei que ali, ao encontrar forças e utilizar um recurso fora de seus padrões normais para virar aquela partida em mais um dia inspirado do adversário, Novak havia encontrado mais um novo jeito de encurtar o caminho para as vitórias contra jogadores bem mais jovens nessa etapa crepuscular da carreira. Mas não foi o que se viu posteriormente, nem em Paris e nem na Itália.
A importância de incorporar o emprego do saque-voleio e de aparições mais costumeiras na rede para fechar o ponto me parece indiscutível, principalmente para quem precisa encurtar os games por já não ter a mesma energia de tempos atrás.
Você acha que nessa altura da carreira, a força do hábito, as respostas automáticas diante das diferentes situações de uma partida disputada quase sempre em nível elevadíssimo impedem que tal recurso surja como mais condizente em certos momentos ou há outros possíveis motivos que expliquem tal desuso?

Carlos
Carlos
10 meses atrás

Consta no texto: “Rublev completa 10 tentativas frustradas de chegar na semi de um Slam, a terceira em Melbourne. É a pior marca da Era Profissional, superando já de longe as 7 de Tommy Robredo.”
Dalcim, a informação acima está errada, nem de longe Rublev tem a “pior” marca. Se pegarmos todos os tenistas que nunca fizeram uma semi de slam, Rublev tem na verdade a melhor marca de todos, pois é o que tem mais quartas. Há milhares de tenistas que nunca chegaram em semi de slam. Então, quanto mais quartas, melhor o desempenho.
Esse é um recorde positivo entre os “não semifinalistas”.

Ronildo
Ronildo
10 meses atrás

Sinner pode ser campeão do AO sem perder sets.

Maurício Luís *
Maurício Luís *
10 meses atrás
Responder para  Ronildo

Mas é claro que pode. Assim como o Pablo Vittar pode ser admitido como cantor de ópera e a Anita pode resolver entrar pra um convento de freiras carmelitas.

Ronildo
Ronildo
10 meses atrás
Responder para  Maurício Luís *

As possibilidades são infinitas heim Maurício. Podemos ganhar até na mega-sena.

Rodrigo W
Rodrigo W
10 meses atrás
Responder para  Maurício Luís *

Se fosse pelo menos o convento das beneditinas, até que ela poderia entrar, mas no das carmelitas, não dá não.

Paulo Almeida
Paulo Almeida
9 meses atrás

Sr. SR não sai do banheiro. Achou que seria moleza hoje.

Rsrs, abs!

Paulo Almeida
Paulo Almeida
9 meses atrás
Responder para  Paulo Almeida

E está aí: E-LI-MI-NA-DO.

Esse que já estava na final só esperando de camarote quem sobrevivesse a Djoko X Sinner.

Respeite a eterna Next Gen, Sr. SR!

Rsrsrs, abs!

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
9 meses atrás
Responder para  Paulo Almeida

Andas nervoso e distraído não é mesmo Sr . Piloto ? Vá duas pastas anterior quando afirmei que tirava a minha crava sobre o fato de não ter Zebras até às Semis . E aconteceu justamente com Carlitos. Embora uma vitória de Zverev jamais possa ser considerado Zebra . A de SINNER sobre o ” goat ” aí sim . Mas tem muita coisa ainda pela frente. Sem chiliques por favor … Rsrsrs, Abs!

Paulo Almeida
Paulo Almeida
9 meses atrás
Responder para  Sérgio Ribeiro

Vá na pasta em que pergunto se você veria o jogo da Bia ou do GOAT e você confessa que só iria secá-lo a partir da semifinal e que queria ele bem destruído pra final contra o Alcaraz. Paulo Sérgio depois pergunta se ele já estava na decisão.

A sua soberba foi tão grande quanto a do espanhol. Zverev passou o trator.

Rsrs, abs!

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
9 meses atrás
Responder para  Paulo Almeida

E outra . Quem desmerece a ” Eterna Next Gen ” sabes muito bem quem é. Novamente nervoso e distraído. Aqui é diversão garantida kkkkkkk. Abs!

Evaldo Aparecido Moreira
9 meses atrás

Bom…
Alguem precisa informar ao Carlos Alcaraz, que o milagre no momento se chama Alexander Zverev, kkkkkkkkkkkk, rapaz quando ele disse aquilo na quadra, em resposta ao Rod Laver, pensa, pensei….é o garoto tá se achando ou, as declarações não bem interpretadas?

Alessandro Siqueira
Alessandro Siqueira
9 meses atrás

A impáfia precede(u) à queda… rsrs

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
9 meses atrás

Muito imaturo. Dois SLAM e milionário ainda aos 20 , espero que não demore a cair a ficha . O primeiro Serviço por exemplo não condiz com um Top 2 . Sasha mereceu com sobras , a meu ver. Abs!

Luiz Fernando
Luiz Fernando
9 meses atrás

Sendo sincero nunca esperava a vitória do Zverev, q nunca primou por grande preparo físico e vinha com 5 hs a mais de quadra do q o Alcaraz. Esse me decepcionou.
Zverev tem um BH otimo, o serviço também, mas sempre pecou em outros aspectos. Inclusive parece q será julgado em alguns dias por aquela historia da agressão. Se com o desgaste físico e com esse problema pessoal o cara ainda superou o Alcaraz, quem sabe não chegou a hora desse rapaz ganhar o GS q perdeu de forma absurda p o Thiem? Merece muito mais do q o chato mor Medvedev!!!

Maurício Luís *
Maurício Luís *
9 meses atrás

Zverev não é qualquer um e não é vergonha nenhuma perder pra ele, mas pra quem afirmava que estava se sentindo cada vez melhor…
Assim, nessa toada, não vai dar pro espanhol prodígio alcançar nem o Boris Becker em Slams, quanto mais Federer, Nadal e Nole.

Paulo Sérgio
Paulo Sérgio
9 meses atrás
Responder para  Maurício Luís *

A esperança dos anti-goat é que o espanhol possa quebrar todos os recordes de Nole. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Ronildo
Ronildo
9 meses atrás

A vitória de Zverev sobre Alcaraz é um péssimo sinal para os anti-Djoko.

Paulista de 63 anos, é jornalista especializado em esporte há mais de 45 anos, com coberturas em Jogos Olímpicos e Copa do Mundo. Acompanha o circuito do tênis desde 1980, tendo editado a revista Tênis News. É o criador, proprietário e diretor editorial de TenisBrasil. Contato: joni@tenisbrasil.com.br
Paulista de 63 anos, é jornalista especializado em esporte há mais de 45 anos, com coberturas em Jogos Olímpicos e Copa do Mundo. Acompanha o circuito do tênis desde 1980, tendo editado a revista Tênis News. É o criador, proprietário e diretor editorial de TenisBrasil. Contato: joni@tenisbrasil.com.br

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