Nova York (EUA) – Ex-número 1 do mundo, o norte-americano Andy Roddick foi contemporâneo de Roger Federer no circuito, travando inúmeras batalhas com o suíço no período em que jogaram. A freguesia do tenista nascido no Nebraska foi grande, com apenas 3 vitórias e 21 derrotas, sendo quatro delas em finais de Grand Slam. Em entrevista à revista GQ, ele lembrou de como era ter como maior rival um dos principais nomes da história do tênis.
“Minha quantidade de trabalho e esforço nunca foi negociável. Mas também nunca me vi no mesmo nível, em termos de habilidade, que Roger Federer, então sempre tive uma certa insegurança. Mas eu realmente amo esse cara. Para mim, Federer simbolizava a presença do céu: você nem sempre olha para ele, mas sabe que ele está lá”, afirmou o norte-americano.
Durante sua carreira, Roddick perdeu uma final de US Open para o suíço e três em Wimbledon, sendo a de 2009 a mais dolorida de todas. Na noite anterior à partida, o lendário treinador Larry Stefanki sentou com Roddick na varanda da casa que alugaram perto de Wimbledon e disse: “Você tem que se dar a oportunidade de se libertar, ir lá e jogar. Não é hora de tomar cuidado. Eu sei que você já teve muitos desafios antes, mas você não precisa ser melhor do que ele todos os dias. Você está jogando bem o suficiente para vencê-lo”, lembrou o ex-tenista profissional.
“Eu realmente acreditei no que estava dizendo”, falou Roddick sobre as palavras de seu ex-treinador. Infelizmente, o que aconteceu a seguir é bem conhecido: Federer ganhou mais uma vez.
Campeão do US Open em 2003, batendo Juan Carlos Ferrero na final, o norte-americano encarou a pressão de ser o principal tenista de seu país na sua época. “Ouvimos isso em todas as coletivas de imprensa. Você é o próximo Sampras? Ele é o próximo Agassi? Como você vai preencher esse vazio? Eu levei uma parte disso, mas Andy foi quem realmente carregou todo o peso”, contou James Blake, grande amigo e contemporâneo de Roddick.
“Caras como Connors, McEnroe, Chang, Courier, Andre, Pete, eram tudo para mim. Eu achava que tudo dependia de mim, que não podia estragar tudo o que eles tinham construído. Que se não pudesse substituí-los, pelo menos deveria manter as pessoas apaixonadas por tênis”, disse Roddick, que se aposentou no US Open de 2012. Ele encerrou a carreira com 32 títulos na ATP e 621 vitórias.