Como se a quadra de grama fosse algo comum no Brasil, nossos dois representantes neste Wimbledon mostraram desenvoltura e categoria para avançar à segunda rodada sem perder set. Num dia em que a temperatura atingiu os 32 graus – e na grama isso é muito quente -, a economia de esforço foi muito apropriada.
Bia Haddad encarou uma tenista que bate muito forte na bola, a 31ª do ranking Rebecca Sramkova, e se viu atrás do placar nos dois sets, primeiro com 2/4 e no outro por 0/2. Mas a canhota sempre achou uma solução e os destaques da sua atuação, a meu ver, foram a consistência do backhand e as devoluções forçadas. E olha que não é fácil recuperar quebras na grama. Aliás, Bia também saiu atrás no tiebreak, com 1-3 e 2-4, mantendo-se bem de cabeça o tempo todo, o que é animador.
O primeiro set de Fonseca e o britânico Jacob Fearnley foi tenso dos dois lados, mas confiança foi uma palavra chave. Se o carioca cometeu duas duplas faltas no nono game e soube reagir, o adversário fez as mesmas duas duplas faltas no game seguinte e perdeu o set. Essa abertura positiva soltou o garoto brasileiro, que sacou a 230 km/h, deu inúmeras pancadas de forehand mas também mostrou paciência em trocar bolas e usar slices quando necessário. O terceiro set foi apertado, precisou salvar set-point e depois reagir num tiebreak que parecia perdido quando Fearnley sacou com 5-2. Novamente, João mostrou muito mais atitude.
A húngara Dalma Galfi, 110ª do mundo, é a próxima adversária e a top 20 brasileira entra novamente como favorita. Galfi foi a melhor juvenil de 2015, mas não vingou tanto como profissional. Suas bolas mais retas podem no entanto dar trabalho. Se confirmar, Bia deve então cruzar com Amanda Anisimova, que começou Wimbledon com ‘bicicleta’ em cima de Yulia Putintseva, 33ª do mundo.
Já o desafio de Fonseca é um curioso Jenson Brooksby, que já foi 33º do mundo antes de ser suspenso por 18 meses ao faltar a exame antidoping. Sofreu ainda cirurgia nos dois punhos e revelou há pouco tempo ser autista. Nada disso o impede de jogar um tênis limpo. Saca bem, cobre a quadra com agilidade e tem golpes de base firmes. Acabou de ser finalista de Eastbourne e ganhou nesta segunda-feira com folga do campeão de Mallorca, o cabeça 31 Tallon Griekspoor.
Vale ainda destacar: Wimbledon é o Slam onde Bia soma mais vitórias, agora com oito. além de ter superado a primeira rodada nas três últimas participações. Já Fonseca quebra marca de 51 anos que pertencia a Thomaz Koch, tornando-se o mais jovem brasileiro a ganhar uma partida no torneio. E deu passo importante para entrar no top 50.
Centre Court stood still…
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— Wimbledon (@Wimbledon) June 30, 2025
Resumão
– Fabio Fognini fez uma despedida mais do que digna de Wimbledon e deu tremendo sufoco no bicampeão Carlos Alcaraz, exibindo todo seu vasto arsenal de golpes. Foi demoradamente aplaudido ao final dos cinco sets e a certa altura deixou o espanhol tão incrédulo que disparou: “Ele pode jogar até os 50 anos assim”. Espanhol pega agora Oliver Tarvet, 733º do ranking, que vem do universitário americano.
– Rune, Medvedev, Cerúndolo, Popyrin, Tsitsipas, Griekspoor e Berrettini. A lista de cabeças precocemente eliminados foi longa nesta segunda-feira. Menção obrigatória para Jarry, que perdeu os dois primeiros sets e virou em cima de Rune. Medvedev vai deixar o top 10 de novo e Tsitsipas abandonou com dores no ombro, desabafando: “Estou travando uma guerra para me sentir saudável”.
– Perricard abusou do saque, bateu recorde de Wimbledon a 246 km/h e tinha tudo para eliminar Fritz, o que seria o resultado do dia, mas incrivelmente falhou. Abriu 5-1 no tiebreak do quarto set e, mesmo sacando duas vezes, permitiu o quinto set, que só acontecerá na terça. E quem ganhar pegará Diallo, outro super-sacador.
– Zverev só jogou dois sets, mesmo na Central coberta, por conta do longo dia e de seus próprios demorados sets. Ao menos, escapou de ver Rinderknech abrir 2 a 0 e agora os dois jogarão uma autêntica ‘melhor de três’ na continuidade.
– Sabalenka teve segundo set inesperadamente duro e sua chave está muito perigosa. Encara agora Bouzkova e depois Raducanu ou Vondrousova. E ainda teria Svitolina e Mertens em eventuais quartas.
– Paolini levou susto contra Sevastova, mas reagiu bem após perder o primeiro set. Keys suou ainda mais, com três sets equilibradíssimos diante de Ruse.
– Kartal surpreendeu Ostapenko e deixou os britânicos animados, já que, além de Raducanu, os donos da casa ainda têm Boulter na segunda rodada.
– A estreia de Zheng foi adiada e já causa expectativa, porque a adversária a sua espera é Osaka.
Fonseca fez a melhor estreia do tênis masculino brasileiro de todos os tempos em Wimbledon.
Fognini fez o chamado canto do cisne. Sempre foi um jogador perigoso, dos mais talentosos da sua geração. Habilidade e instinto puro.
Muito triste a eliminação da Jabeur. É aquilo que eu sempre falo e muitos ignoram: como a escolha dos horários das partidas interfere nas chaves. Mesmo a Jabeur vindo de 2 finais recentes em Wimbledon, botaram ela para jogar no maçarico, em uma quadra menor.
Enquanto isso, certos tenistas não jogam há anos nas rodadas diurnas, sempre pegando condições favoráveis para o seu melhor tênis. Assim que hegemonias são criadas e talentos são suprimidos.
Manda áudio !!
E no áudio, ele deveria completar dizendo que, primeiro tem que haver a conquista e somente depois o gozo.
Tanto no tênis como em qualquer seguimento, a ralação precede a comodidade.
É justo!
Ele suprimiu esse pequeno detalhe.
Deve ter se “esquecido”….
Eu assisti incrédulo toda a partida entre Alcaraz e Fognini.
Foi um grande jogo e torci muito pelo italiano. Toda temporada dele até aqui havia sido pífia perdendo, de primeira, para inúmeros tenistas inexpressivos.
Todavia, hoje ele teve lampejos do grande tenista que é e que deixará saudades.
Se no 5° set não houvesse cometido uma sucessão incrível de escolhas ruins de golpes, ele teria aprontado a maior zebra das últimas edições de Wimbledon…
Achei muito mais displicência sua do que algum mérito ou solução tática de Alcaraz que a essa altura já se achava visivelmente zonzo em quadra.
Numa dessas escolhas e com um voleio facílimo de matar, Fognini deu um toque fraquinho na mão e bem do lado em que estava Alcaraz, e perdeu o saque.
Hoje, valeu bem aquela máxima: jogar como nunca, e perder como sempre.
De qualquer forma esse cara vai fazer muita falta no circuito.
Com certeza seria uma das maiores zebras, não das últimas edições de Wimbledom, mas da história.
Da história é exagero. Fognini é um excelente tenista.
Quem gosta de tênis, gosta do Fognini. Talento puro.
Arrogância pura também.
Verdade.
Supera, na minha opinião, até o Djokovic em matéria de talento bruto.
Pena que a cabeça dele jamais acompanhou o tênis que teve e tem. O que fica claro quando olhamos para os seus resultados.
É isso que eu disse abaixo. Talento ele tem mais que Novak.
Isso não é talento. Se a cabeça não funciona, nem precisamos dizer mais nada.
É lógico que é talento sim. Isso é assunto pacificado. E não só a minha opinião.
Habilidade para tratar a bolinha. Talento precisa de mais.
Não dá para torcer para o Fognini. Cara muito arrogante. Perde só para o Kyrgios e o Rune.
Tanto dá que eu torço (rs)
Prezado Sérgio, discordo quanto à sua opinião do Fognini ser arrogante.
Ele tem aquele jeitão dentro do jogo, mas fora, é outra pessoa. Diferente do Kyrgios que sai da quadra e vive dando entrevistas cheias de desaforo para com quem ele não gosta. Já vi várias entrevistas do italiano, inclusive tive o prazer de ve-lo de perto no Brasil Open, em 2013, no Ibirapuera. Não chega aos pés do australiano.
Sempre gostei muito do Fognini, com seu jeito de bad boy (mais novo), mas com muita facilidade para jogar.
Mesmo antes do 5 set, ele teve games de 40×15 e tomou virada.
Em toda sua carreira, ele jogava paradão, como se não estivesse ali e batia na bola à maneira dele, jogando-a onde queria. Isso é habilidade pura, porém, faltou-lhe alguns atributos para lhe dar o talento necessário para grandes conquistas.
De qualquer forma, não podemos esquecer que foi um dos únicos a derrotar o todo poderoso Nadal em Monte Carlo, talvez somente Djokovic o fez também.
Quase foi um pneu no set final, naquele ano que o italiano faturou seu maior troféu.
Falei que o jogo do Fritz ia ser interessante, aquele grandalhão ali é barra pesada, que saque foi aquele que ele acertou, minha nossa..
Sensacional esse primeiro dia de Wimbledon, só jogão! Muito bom!
Há pouco tempo, sofri bastantes críticas aqui ao comentar uma chave favorável para Fonseca até as quartas, desde que mantenha a cabeça no lugar. Falaram muito de um tal Holger Rune, que sequer passou da primeira rodada. O esporte é didático e ensina muito. Agora, esse nervosismo do João preocupa. Tem de confiar no potencial incrível que tem, ainda mais em um piso onde seus golpes podem fazer muito estrago.
Se você sofreu críticas pessoais ou grosseiras, tem minha solidariedade, inclusive porque as discussões no esporte não raro desbordam a vaidade e chegam ao nível da lavadeira ou até o do hooligan. Quanto ao nervosismo do João, fico imaginando o branco que 100% de nós teria ao estar vestido inteiro de roupa branca, aos 18 anos, na quadra 1 de Wimbledon, em um dos primeiros jogos do Grand Slam britânico e contra um tenista da casa…
É muita pressão e expectativa em cima dele. Penso que deveria ter apoio psicológico mas ele já declarou que não gosta disso, já experimentou e não aprovou.
Fognini é um grande tenista. Habilidoso, troca muito bem a direção da bola, excelente direita e esquerda, porém, não tem um grande saque(muito pela baixa estatura) e o mental bipolar.
Eu digo até que o italiano tem mais talento que Novak Djokovic.
Sobre Alcaraz, me parece que ele alonga seus jogos de propósito, tipo para “treinar”. Sempre complica as coisas nas primeiras rodadas de slam, mas depois, na hora da onça beber água…..
Tem mais talento e…
8×0 no h2h para o GOAT, que sequer perdeu set.
De acordo com Gilles Simon, Djokovic é o jogador mais talentoso e técnico da história.
Chega de fanfarronices! hahaha Nunca li ou ouvi qualquer tenista dizer que o mais talentoso e técnico não seja Roger Federer.
Talvez Novak não esteja nem em uma lista top 50…. Tenista pura correria e passagem de bola para o outro lado da quadra. Esse é o talento dele!
Essa falácia de passagem de bola do Djokovic já foi refutada diversas vezes.
És tu que tem que parar com fanfarronices, Marquinhos-Renato-Johnny e, agora, Rodrigues.
Fanfarronice é dizer que o GOAT dos esportes é pura correria e passagem de bola para o outro lado, coisa dos recalcados federetes.
Djokovic tem tudo que você disse melhor do que o Fognini (direita, esquerda e mudança de direção), além de saque, devolução, angulação, profundidade, lob, voleio, drop e slice. Só deve perder no smash, que aí é fácil.
Você ainda não conseguiu digerir o conceito de técnica que está no dicionário, muito bem exposto pelo Paulo Sérgio. Djokovic tem técnica superior ao suíço. Talento/habilidade natural deve ser avaliado golpe a golpe, mas no final vale o pacote inteiro e com isso o sérvio foi superior ao rival também.
Talento e técnica Federer tem uma abissal vantagem sobre Novak, assim como vários tenistas.
Agora para passar bola pro outro lado e correr feito um louco, ele foi/é imbatível!
Na boa, quem é Paulo Sérgio;? kkkkk
“Paulo Sérgio
4 dias atrás
Responder para Rodrigues
Significado de técnica no dicionário: conjunto de métodos ou processos próprios de uma arte, ciência ou profissão. Se a técnica de Federer não foi suficiente para vencer seus maiores rivais só tenho uma coisa a dizer: ela é insignificante.
Fato: não tem os recordes de slam, atp finals, masters 1000, semanas como número 1 e temporadas como número 1. Também não tem o golden career slam. Em suma, técnica suficiente apenas para ser o terceiro da história rs.”
Não é o Paulo Sérgio, é o dicionário. Pode brigar e espernear que nada vai mudar a definição. Federer foi um jogador de técnica inferior a Djokovic e Nadal e por isso perdeu mais do que ganhou. O talento superior em determinados fundamentos também não adiantou.
Quem é você?
Marquinhos/Johnny/Renato/Lucas…
Engraçado que os dois supostos passadores de bola tem 46 GS vencidos, acho q a melhor fórmula de vencer esse tipo de evento é… passar bolas kkkk. Aqui é diversão garantida kkkkk…
Por acaso eu citei alguém além de Novak? Leia com atenção ou use óculos, colega.
Engraçado que o “passador de bolas” tem um navio cargueiro a mais de conquistas (GS, Finals, semanas como número 1, Double Gold Masters, Ouro Olímpico em simples) do que o propalado supra-sumo da técnica né?
Acho q com outros nicks já kkk…
Verdade que Djokovic tem 8×0 no retrospecto contra Fognini, mas dizer que nunca perdeu set é um equívoco. Veja o H2H entre ambos e verás que o italiano venceu set nas Olimpíadas de 2012 e em Indian Wells 2013.
Eu fui de cabeça, Renato. Você tem razão. Mesmo assim, muito pouco para quem é supostamente mais talentoso, não?
Acho Fognini extremamente talentoso, e caso fosse mais focado, deveria ter tido melhores resultados, porém, de fato é exagero compará-lo ao sérvio.
Dizer que Djokovic não é talentoso e que seja um mero passador de bolas como alguns insistem em dizer, mostra o quanto não acompanham tênis e não assistem jogos dele.
O que me incomoda é procurarem argumentos para desmerecer os feitos de Djokovic, que possui a maioria dos recordes do esporte.
Fognini é excelente e eu o relevo por ele possuir uma doença mental como o transtorno bipolar.
Agora Kyrgios, por exemplo, não. Ele tem é problema de caráter mesmo.
Onde assino?
Pois é.
Deveriam entender o conceito e as diferenças entre talento x habilidade.
Aí trava o Nintendo da seita suíça.
Na verdade, entre técnica e talento/habilidade natural. Esses últimos penso que são conceitos próximos.
Talento, qualquer um precisa ter para equilibrar suas habilidades x deficiências. É isso que confundem.
Técnica, todos têm, senão, não jogariam tênis.
Concordo, Rodrigues.
Também acho o Fognini mais talentoso e umas dez vezes mais interessante de assistir do que o Novak.
No lado mental e nos resultados sim, o sérvio está a anos-luz dele.
Mas o tênis (e qualquer esporte) carece sempre de tenistas habilidosos como o italiano.
É triste vermos gradualmente o ocaso desses tenistas que deram espetáculo e encheram os olhos de quem gosta de tênis bem jogado.
O Federer aposentado, o Kyrgios aí sempre lesionado, e por fim agora o Fognini dando também o seu adeus…
Bem mais habilidoso e agradável do que assistir Novak que, na minha opinião, um dos jogos mais feios da história do esporte!
Você usou + talentoso no começo e + habilidoso no final. O do final até concordo.
E + 10 vezes em ter prazer em assistir, é apenas pessoal.
Eu também sempre gostei muito de ver o Fognini em quadra, mas prefiro ver o outro.
É pessoal, claro. Mas não podemos esquecer que os que apreciam o tênis do Djoko é minoria.
Porque o público gosta de espetáculo e o jogo do sérvio não é espetacular na sua essência.
Continua sendo sua opinião.
Habilidade = capacidade para executar uma atividade;
Talento = capacidade de reunir habilidades para executar uma tarefa (jogar tênis).
Para o Fognini, faltou capacidade mental, aprimoramento físico, saque, entre outras.
No talento, para desenvolver a capacidade de jogar tênis profissional, Novak Djokovic deixou saldo para três gerações adiante.
Haja vista o número de conquistas de ambos, que nem precisamos descrever.
Será que depois dessa aula as viúvas helvéticas conseguiriam parar de passar vergonha?
Parece aula pra maternal. Nós damos doutorado e mestrado.
Mestrado e doutorado são sérios demais para tu (e quem mais de sua equipe) lidarem.
Doutorado e mestrado com falácias, vieses e nenhum embasamento matemático?
Aham, sei…
Doutorado sem respeitar o verdadeiro significado das palavras? Você será reprovado em qualquer banca.
O nível dos “argumentos” é de supletivo, sendo bem generoso.
Se for assim, quando o Djoko se retirar, você seria o que? A viuvaça sérvia número 1? rs.
Impressionante. Estamos falando do Fognini, e vc já mete o Federer no meio. Parece uma doença.
É sobre apreciação do espetáculo. Sobre isso. E nada a ver com viuvez:
é muito mais fácil apreciar um jogador espetacular do que um outro que joga “quadradão”como o Novak.
Bom ele foi chamado de medíocre por um dos melhores técnicos do esporte, um cara que ensina. Então pega o dicionário e fez uma fogueira!
A mediocridade é parte marcante na humanidade, bem como, atribuir ela a alguém, também é.
Siga o técnico medíocre francês, que jamais conquistou grandes feitos conduzindo um tenista(a), só porque ele, em um momento de devaneio fez um comentário que caiu como luva em sua opinião, enquanto outros, que fazem críticas baseadas em análises coerentes, endossam que não dá para ser medíocre e ser o maior vencedor de tudo nesse esporte, sendo medíocre, como o dito treinador.
Agora, se você ainda acha que é possível ganhar tudo sendo medíocre, sinto que estás admirando o esporte errado. Uma pena!
É que talvez alguém como vc seja mais sensível, então vou me referir a Novak como mediano, na habilidade e talento, mas um mostro no balé(ele praticava pra ter a elasticidade que tem) e no “físico privilegiado”, além da perseverança pra passar mais uma bolinha do outro lado.
Pronto, agora não precisa mais ficar sensível.
Minha sensibilidade é analítica e não passional, como a sua.
Sabes o que quer dizer passional?
Ontem mesmo vi um jogo de Mr. Federer, em seu auge, contra o italiano Andreas Seppi. Houve um ponto com 54 trocas de bolas.
E como já conhecia seus “argumentos”, fiquem pensando: Mr. Federer, que não conseguiu ganhar o ponto com apenas duas trocas ou ele é só um passador também?
Com o tênis atual tão físico, na base da pancada, será muito difícil surgir um tenista tão habilidoso como o Fognini
E tão encreiqueiro também. rs.
Não é não, meu prezado.
Aqui em Brasília, a grama é onipresente. Poderiam começar por aqui uma iniciativa de construir várias quadras desse piso fabuloso. Ainda mais agora, que temos dois gênios que sabem muito bem competir sobre o tapete verde. Igual coçar, é só começar.
Sempre que posso, critico a Bia – não neste espaço. Mas é porque realmente torço por resultados ainda melhores por parte dela. É uma maravilha ter uma tenista que tem permanecido por anos entre as melhores e tido excelentes resultados na grama.
Sério que tem tanta grama assim em Brasília? Aonde? Compartilha aí pra marcamos uma partida estilo Wimbledon! Podemos ir até de branco. : p
Quais gênios, meu caro?
Foi outra oportunidade para Fonseca exibir melhora ininterrupta com o serviço, desde Roland Garros, no que tange a índice de acertos, colocação e velocidade. Além do mais, o brasileiro estava surpreendentemente calmo para fazer winners com a potência suficiente e no momento adequado. O jogo de rede, então, mesmo com uma ou outra subida atrapalhada, é algo que o brasileiro continua realizando intuititva e magistralmente: percebe onde tem que se posicionar e qual o melhor voleio a executar, e na sequência golpeia a bola com convicção e eficiência.
Apesar disso, ficou claro que a disputa de estreia foi decidida à base dos infinitos erros não forçados do britânico. Foi, de longe, o pior jogo a que assisti de Fearnley. Já era tarde na partida quando, na metade do terceiro set, o tenista da casa começou a jogar um pouco com seus pontos fortes: o saque rápido e bem colocado, além dos winners de direita.
Só fiquei preocupado porque percebi que nosso compatriota não explorou as fraquezas do adversário, sequer a título de curiosidade. Por isso me questiono se tem sido muito inteligente a análise do jogo dos adversários. Conforme tiver que enfrentar mais e mais os vinte ou trinta primeiros da ATP, é bem provável que será exigida uma estratégia cada vez mais refinada. Diante disso, honestamente desconfio muito de qual seria o resultado se a partida avançasse para outro(s) set(s).
O que importa é que o brasileiro administrou o presentão recebido durante dois sets e meio, e que, com a vitória, a confiança provavelmente tenha aumentado muito. Não deve ser absolutamente fácil estrear a presença no torneio mais importante nos últimos 150 anos, no primeiro dia de disputa de sua chave principal e justamente na quadra um – que, dentre as quadras número um dos torneios do Grand Slam, é a que mais tem ares e tamanho de quadra central.
Com Hune fora do quadrante, não seria, talvez, impensável o brasileiro atingir as oitavas diante de um provável Lehecka ou as quartas contra Alcaraz. Torço para que tenha alguma tática específica contra cada adversário e que dê 130% de si. Assim talvez atinja uns 90% do que pode.
Samuel, tudo bem? O ponto a ser explorado ontem era o forehand do britânico, que por usar a empunhadura western pra esse golpe, fatalmente encontra dificuldades para bater bolas abaixo da linha da cintura. E não foram poucos os pontos importantes que o João forçou ali, inclusive com bons slices na paralela.
Olá, Lucas!
Para mim, é bastante claro que o ponto fraco do jogo de Fearnley, assim como o do João, é a defensiva, em particular à medida que a bola ganha ângulo No caso do brasileiro, é principalmente o backhand, já que não raro o Fonseca chega atrasado na bola e, quando usa slice , em regra perde uns 80%-90% dos pontos. Ontem o slice não o prejudicou. Eu diria que na partida de estreia em Wimbledon ele só perdeu uns 50%-60% das disputas em que usou o backhand com esse efeito. Já o britânico parece-me que tem uma defesa de direita muito débil, porque, embora consiga chegar na bola, frequentemente erra ou fica fora do ponto, rendido.
Porém você trouxe uma boa perspectiva: quem sabe minha percepção sobre as fraquezas do adversário de ontem esteja errada e a equipe do Fonseca venha escolhendo bem as táticas para os jogos. Nesse caso, as derrotas do brasileiro, em especial diante de Sonego (Aberto da Austrália), De Minaur (Miami) e Draper (Roland Garros) seriam mais devidas à implamentação das estratégias, quer por limitação própria, quer por capacidade de resposta do adversário.
Uma pena que o Fognini não fez o crime ontem.
Teria sido lindo ver a inundação de lágrimas do Vale do Legado.
kkkk
É muito ódio nesse teu coração.
Tudo isso é recalque contra o Alcaraz? rs
Dalcim, o que você pensa sobre esse momento de queda do medvedev, será que o auge dele já passou e agora ele já está em decadência?
Sim, acho que ele teria de fazer adaptações urgentes para se manter entre os melhores. Claro que ainda é muito respeitável na quadra dura, mas jogar tão afastado e tão defensivamente são coisas a se repensar.
Chefe Dalcim, com Wimbledon tomando conta de 99% das notícias em Tenisbrasil nesses dias, é esquisito quando vemos outro tipo de notícia, como por exemplo, challengers em andamento ou beach tennis, com atletas vestindo cores, não achas?
Parece estarmos em outro planeta, rsss.
Pois é, mas temos de respeitar os leitores que gostam de beach tennis, Luiz.
Vixe Dalcim, não me entenda mal.
Não disse para que a edição não trouxesse essas notícias, longe de mim. Apenas para ilustrar que vemos tanto branco por causa de Wimbledon, que causou-me estranheza ver cores em algumas notícias.
Ah, entendi… rsrs… Desculpe.
E o golfinho Bublik deu o ar da garça na superfície por uns momentos na Alemanha e já voltou para as profundezas do oceano
Fognini está no top 5 de muito talento disperdiçado pela personalidade. Assim como Gulbis e Kyrgios, era pra ter feito bem mais no circuito.
Bem lembrado o Gulbis. Filho de bilionário, adorava uma noitada, gastou toda premiação que ganhou quando fez semi em Roland Garros em uma noite de cassino…. Poderia perfeitamente ter vencido uns 5 ou 6 SLAM… Batia muito forte na bola.
Poderia, mas não queria.
Djokovic poderia, quis e fez.
Poderia, quis, fez, e até hoje chora e esperneia por não ser amado por quase ninguém do mundo kkkk
Se bem que certamente ele ficaria muito feliz nesse blog aqui. Pois deve ser o único reduto do planeta em que se sentiria idolatrado.
Aqui e na Central de Wimbledon hoje.
Você, como fã #1 de Mr. Federer deve ter visto.
E não é ele que vejo chorando não.
Shapovalov : ” Puseram bolinhas nesta edição, que transformaram a Grama numa superfície mais lenta que o Saibro ” . Até às 14 horas de hoje , 11 Cabeças de Chave já caíram em primeira rodada. Com direito a 3 Top 10 ( Rune , Musetti e Medvedev ) . Os dois Finalistas em Halle , e o Campeão de Mallorca, já dançaram . Atuação de Alexander Bublik no quinto Set contra Munar foi patética , com direito a 2 x 6 , e Espanhol indo a rede primeiro que o Cazaque. Enquanto isso , Jannik Sinner quebrou 9 vezes o Serviço de Luca Nardi ( o mesmo que tirou Djokovic em I.Wells 2024 ) , não dando nenhuma chance de quebra, com direito a 9 Aces e em Sets diretos . Sigamos. PS : Pegula , N 3 do Mundo e Campeã na Alemanha no domingo, também deu adeus. Abs !
E o badalado Bublik já era, esses torcedores de ocasião não aprendem kkk…
Xará, não direi que é assim em qualquer lugar, porque quando o assunto é tênis, meu oráculo é Tenisbrasil, mas jamais vi tanta euforia por um tenista por causa de um resultado esparso, como vejo sempre aqui.
O “talentoso” Bublik estava em altas cotações, assim como alguns lampejos de passados recentes: Baez, Cerundolo, Struff etc.
É óbvio que em termos de groselhas o LF 2 , sempre tenta superar LF 1 , mas não consegue. Numa Gira tão curta como a de Grama , jogador que faz 4 FINAIS e vence 2 , é resultado ” esparso ” , ” lampejo ” ????. Lembrando que ” goat ” possui somente 8 ( 1atp 250) conquistas nesta superfície. Cazaque levou ATP 500 de Halle pela segunda vez , há duas semanas, fazendo jogo eletrizante contra o N 1 do Mundo nas quartas. Óbvio que era bem cotado ( sacou hoje para a vitória) . Já sei , não assistisses o Torneio Alemão, pois sem a presença de ” goat ” e sim de JF , estavas novamente dormindo … Rsrsrs, Abs !
Hummm, Bublik ganhou o torneio de Halle pela segunda vez, semana passada.
Top!
“Badalado” pra você é só Nadal ou Djokovic, né? Nem um outro pra você presta rs
Até o Dalcim dedicou várias linhas dos textos dele destacando o belíssimo tênis do Bublik.
Você não sabe apreciar um drop-shot desconcertante, uma jogada de efeito, um voleio bem executado, um forehand matador, nada disso.
Você não gosta de tênis.
Você gosta é de números em planilhas de Excell. Não importa se o cara joga um tênis feio, importa é se ganha. rs
Lamentável.
Zeverev perdeu, será q eu consigo dormir hj kkkkkkk????
E o Djoko hein, vacilou feio no set2…
Um milhão de breaks e Djoko não quebrou no segundo set. Posteriormente, perdeu o tiebreak depois de uma vantagem de 5 a 2. O tempo chega para todos.
Ele está enfrentando um tenista fraquíssimo e tendo trabalho. Sinner deve estar esfregando as mãos aguardando outro lanchinho.