Venus: “Foi difícil voltar, mas sabia que teria habilidade para vencer”

Foto: Jared Wickerham/Mubadala Citi DC Open

Washington (EUA) – A noite de terça-feira em Washington foi especial para Venus Williams, que marcou seu retorno ao circuito profissional aos 45 anos e conseguiu uma vitória expressiva diante de Peyton Stearns, 35ª do ranking. Aos 45 anos, Venus não disputava uma competição oficial desde março do ano passado, em Miami.

“O primeiro jogo é sempre extremamente difícil”, reconheceu Venus, após a vitória por 6/3 e 6/4. “É difícil explicar o quanto custa entrar em quadra depois de tanto tempo parada. Eu sabia que tinha a habilidade para ganhar, mas é diferente de realmente sair com a vitória. Por isso esse resultado significa muito”.

Ao entrar em quadra, Venus já se tornava a jogadora mais velha a disputar um torneio da WTA desde a japonesa Kimiko Date, na temporada de 2017 em Tóquio, quando tinha 46 anos. Já com a vitória, a norte‑americana tornou‑se a mais velha a vencer na elite do circuito desde Martina Navratilova, em 2004, aos 47 anos. “Estou aqui com amigos, família, pessoas que amo e torcedores que me amam. Foi uma noite linda”, acrescentou.

Saque afiado e pontos curtos

Ciente da falta de ritmo depois de tanto tempo sem competir, Venus recorreu às duas marcas registradas de seu jogo: o saque potente e a agressividade para encurtar os ralis. “Houve momentos em que eu estava precipitada, apertando o gatilho rápido demais”, contou. “Precisei convencer a mim mesma a ser paciente, a desacelerar os pontos. Foi uma grande vitória. Sei que terei de lutar em cada rodada, mas estou preparada”, acrescentou a ex-número 1 do mundo, que terminou o jogo com 9 aces, fez 19 a 15 nos winners e cometeu 35 erros contra 41.

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Na segunda rodada do WTA 500, que será disputada na quinta-feira, Venus enfrentará a polonesa Magdalena Frech, 24ª do mundo e cabeça 5 do torneio. Ela também segue viva na chave de duplas, ao lado da jovem compatriota Hailey Baptiste. As norte-americanas venceram a estreia na última segunda‑feira e voltam à quadra nesta quarta contra Taylor Townsend e a chinesa Shuai Zhang, cabeças 2.

Foco na saúde e na excelência

Desde o final de 2023, a campeã de sete Grand Slam conviveu com lesões e doenças autoimunes que adiaram seu retorno. “Rezo constantemente por boa saúde, porque é isso que me dá oportunidade de jogar”, explicou.

“Não há limites para a excelência. Tudo depende do que está na sua cabeça e do quanto você se dedica. Não importa quantas vezes você caia, adoeça ou se machuque; se continuar acreditando e trabalhando, sempre haverá espaço para você. A veterana encerrou a entrevista com uma mensagem de perseverança: “Esse é apenas o primeiro passo. Quero aproveitar cada partida e continuar evoluindo”.

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Paulo H
Paulo H
19 horas atrás

Mais um exemplo de que o que move alguns tenistas não é somente o dinheiro, mas sim o prazer de competir naquilo que mais sabem fazer: jogar tênis. Não vejo probabilidade real de títulos, porém eu a parabenizo pelas pequenas vitórias, que começam ao despertar saudável e terminam nos cumprimentos junto à rede, ao juiz de cadeira e ao público.

Didier
Didier
15 horas atrás

Lenda ❤️

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