Udvardy relembra jogos no Brasil e se diverte com a fama

Panna Udvardy (Foto: Regina Cortina/Abierto Tampico)

por Mário Sérgio Cruz

Acostumada a jogar no Brasil e na América do Sul desde os tempos de juvenil, a húngara Panna Udvardy é uma adversária frequente das tenistas brasileiras em diferentes níveis do circuito. Sua relação com o país começou ainda em 2016, com o título do Banana Bowl na cidade paulista de São José dos Campos. Já como profissional, ela conquistou outros dois torneios em solo brasileiro, em Rio do Sul e Brasília em 2021, ano em que também foi finalista em Goiânia. Com tantos confrontos a cada semana, Udvardy ganhou fama de ‘carrasca’ das jogadoras nacionais e se diverte com as mensagens que recebe nas redes sociais.

“Eu já ouvi as pessoas me chamando de ‘Brazilian killer’ na internet, é engraçado. Mas as meninas são muito legais e sou amiga de todas”, disse Udvardy, a TenisBrasil durante o WTA 125 de Tampico, disputado nesta semana no México. “Elas têm um estilo de jogo que eu gosto, ainda mais no saibro, jogando ralis mais longos. As partidas contra elas são sempre muito boas e, de novo, são ótimas pessoas. Gosto muito de estar com elas”.

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“Eu sempre gostei de jogar torneios no Brasil, lembro que ganhei o Banana Bowl quando era juvenil. As pessoas são muito legais e torcem bastante. Este ano, irei para Florianópolis, jogar o WTA 125 daqui a algumas semanas”, acrescentou a húngara, que tem 4 a 1 no histórico contra Carol Meligeni e 4 a 0 diante de Laura Pigossi, mas perdeu os duelos que fez contra Beatriz Haddad Maia em simples e duplas no ano passado.

Lesão no tornozelo afastou a húngara por três meses


A temporada de Udvardy teve alguns altos e baixos. Ela teve a oportunidade disputar os quatro torneios do Grand Slam e de enfrentar Aryna Sabalenka na grama de Wimbledon. Mas também passou três meses fora do circuito depois de romper os ligamentos do tornozelo direito. Até por isso, a húngara de 25 anos e ex-número 76 do mundo aparece atualmente no 126º lugar do ranking.

“Não foi um ano fácil. Acho que comecei bem a temporada, jogando uma final de duplas em Hobart, mas logo depois sofri uma lesão. Aqui mesmo no México, em fevereiro. Foi a parte mais difícil da temporada, porque fiquei três meses sem jogar e nem poder treinar”, explicou Udvardy, que se machucou durante a partida contra a polonesa Magda Linette no WTA 250 de Mérida e só voltou a jogar às vésperas de Roland Garros.

“Mas depois que voltei a jogar, a meta era continuar evoluindo e disputar o máximo de partidas que puder. Este ano eu não joguei tanto quanto gostaria, mas venho de um bom torneio. Fiz cinco jogos na semana passada, cheguei à final. Estou me sentindo bem, tive alguns dias de descanso e recuperação e estou muito confiante no meu jogo”, complementou a húngara, que foi finalista na semana passada de um ITF W80 em Macon, nos Estados Unidos.

Já nesta semana no México, Udvardy estreou vencendo a convidada local Jessica Hinojosa Gomez por 6/7 (3-7), 6/0 e 6/1 na última terça. Ela enfrenta a russa Anastasia Tikhonova nas oitavas e já tem calendário definido para as próximas semanas, visando o retorno ao top 100 e a vaga no próximo Australian Open. “Ainda irei para Charleston antes dos 125 na América do Sul, no Chile, Florianópolis e Buenos Aires. Provavelmente termino a temporada lá, mas talvez também jogue em Montevidéu”.

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