Roma (Itália) – De volta ao circuito depois de cumprir três meses de suspensão em um acordo feito com a Agência Mundial Antidoping (Wada), o italiano Jannik Sinner está com os pés no chão para a disputa de seu primeiro torneio no retorno. Apesar de jogar em casa, o número 1 do mundo não quer sonhar alto no Masters 1000 de Roma, mas também não deixa de mirar grandes conquistas em breve.
“Minhas expectativas para este torneio são muito baixas. Preciso jogar para saber qual é o meu nível e acho que isso vai acontecer aos poucos. Depois da primeira partida, vou dar uma olhada no meu tênis e ver como estou”, afirmou Sinner, que depois de competir em casa ainda vai disputar o ATP 500 de Hamburgo na preparação para Roland Garros, que é o seu foco momentâneo.
“O objetivo principal é Paris. Essas semanas vão me ajudar a ver que tipo de tênis estou jogando. Não estou aqui para vencer todo mundo, estou para me testar. Cada partida será difícil, o início de um novo torneio é sempre complicado. Preciso colocar na cabeça que é um adversário a cada dia, mas estou calmo, bem fisicamente e mentalmente”, acrescentou o italiano.
Apesar de ter perdido quase 75% da temporada até então, Sinner comemora ter se mantido bem colocado na corrida para o ATP Finals. O título conquistado no Australian Open foi suficiente para deixá-lo em quarto lugar. “Para mim, o mais importante é a corrida de Turim e estou feliz por estar em uma boa posição”, destacou o tenista de 23 anos.
Felicidade no reencontro com o circuito
Sinner não escondeu a alegria não apenas de poder competir novamente, mas principalmente de retornar ao circuito. “A melhor coisa de voltar será pisar em uma quadra de tênis novamente e rever as pessoas e os fãs. Mas a pior parte será a pressão e as dúvidas sobre meu nível em quadra. Mas não tenho medo de entrar em quadra. Estou muito feliz por estar aqui”, analisou.
Depois de viver em um ritmo diferente nos últimos três três meses, aproveitando mais a companhia dos amigos e familiares, o líder do ranking vai agora se reconectar com o tênis. Ele contou que acompanhou muito pouco os esportes enquanto esteve afastado, inclusive praticamente não viu nada dos torneios de tênis, olhando mais os resultados.
“Sinceramente, não acompanhei o circuito no início da proibição. Não assisti a Indian Wells ou Miami, apenas vi os resultados. Mas não assisti muito a jogos de tênis e só depois em Madrid que passei a ver alguns jogadores que me interessavam”, afirmou o italiano, que estreia em Roma com o vencedor do duelo entre o jovem compatriota Federico Cina e o argentino Mariano Navone.
Momentos difíceis durante a suspensão
Nos três meses em que ficou afastado do circuito, Sinner disse que aconteceram coisas fora do esporte que não foram fáceis, mas não se aprofundou no assunto. Apesar disso, ele acredita que tudo correu bem. “Estou muito feliz com a forma como lidamos com tudo, porque não foi fácil. Embora tenha recebido mensagens que me surpreenderam de alguns jogadores, não recebi nada de outros”, comentou.
“Mas isso é normal. Todos querem vencer. Agora quero ir passo a passo e vou enfrentá-los em quadra”, acrescentou o italiano, que passou a ver as coisas de uma forma muito diferente. “No início, tudo era muito confuso porque não sabia o que fazer com tanto tempo livre, mas percebi que é isso que é verdadeiramente importante para mim”, falou o líder do ranking.
Reforçando a inocência, Sinner foi reticente em aceitar o acordo. “No início, eu não queria, mas era tudo ou nada. Não foi fácil aceitar o acordo porque sei o que aconteceu, mas às vezes é preciso aceitar o melhor no pior momento possível. Estou muito feliz que acabou e que a sanção não tenha coincidido com nenhum Grand Slam”, finalizou.
Resumo da ópera: o Rei está de volta, calmo, bem fisicamente e mentalmente e isso é uma notícia terrível para os adversários. : )
Boa sorte ao Sinner no retorno. Que ele consiga recuperar o seu melhor nível o mais rápido possível.
Sinner faz falta no circuito, um jogador com grande personalidade e solidez.
Ainda mais com a aposentadoria do Djoko e o Alcaraz tendo voltado a ser apenas um Alcaraz.