Saiba por que segundo maior estádio leva nome do jazzista

Nova York (EUA) – A maioria dos fãs de tênis sabe que o Louis Armstrong Stadium é o segundo mais importante do USTA Billie Jean King National Tennis Center. Mas qual o motivo deste estádio ter o nome do grande cantor de jazz americano?

Para contar esta história vamos começar pelo Singer Bowl, um estádio temporário construído para a Feira Mundial de Nova York de 1964 e patrocinado pela mundialmente famosa fabricante de máquina de costura.

O Singer Bowl foi rebatizado como “Louis Armstrong Memorial Stadium” durante um concerto de jazz em 4 de julho de 1973. É que Armstrong morava a alguns quarteirões do local antes de sua morte dois anos antes e o Singer Bowl foi renomeado para homenagear o influente e carismático músico e vocalista.

O Louis Armstrong Stadium serviu como a peça central do USTA National Tennis Center quando foi inaugurado em 1978 e permaneceu assim até a ampliação das instalações e a inauguração do Arthur Ashe Stadium em 1997.

Depois que Steffi Graf e Pete Sampras venceram os torneios de simples do US Open em 1996, o Louis Armstrong Stadium se tornou a quadra de exibição nº 2 do complexo tenístico de Nova York. O estádio foi demolido após o US Open de 2016 e um novo com mesmo nome fez sua estreia no US Open de 2018, com capacidade para 14.069 pessoas, 17 estandes de alimentação e três elevadores.

A última partida disputada no antigo estádio viu os espanhóis Feliciano e Marc Lopez derrotarem os irmãos Bryan nas quartas de final da edição 2016. Na ocasião, um mural colheu assinaturas e mensagens de despedida ao estádio que tantas emoções havia proporcionado aos fãs e Katrina Adams, presidente da federação americana, posou para fotos ao lado das duas duplas.

Nascido em 4 de agosto de 1901, em Nova Orleans, no estado de Louisiana, Louis Armstrong teve um início de carreira incomum. Quando tinha 11 anos, Armstrong disparou uma pistola para o céu na véspera de Ano Novo de 1912, e um juiz o colocou no Colored Waif’s Home for Boys. Sua primeira instrução musical veio do diretor da banda da instituição para meninos, Peter Davis.

O jovem Armstrong rapidamente fez seu nome localmente como um inventivo tocador de trompete. Em 1922, ele se juntou a seu mentor, Joe “King Oliver”, em Chicago, para tocar com a Creole Jazz Band. Em 1924, Armstrong e sua nova esposa, Lillian Hardin, se mudaram para Nova York na esperança de progredir na carreira como músico de jazz. Depois que se juntou à Fletcher Henderson Orchestra, ele estava no caminho da fama nacional. Além de sua habilidade em tocar trompete e de improvisar, ele se tornou conhecido pela voz rouca. Quando se mudou para Corona, Nova York, já era uma celebridade internacional. Armstrong morreu em Corona em 6 de julho de 1971.