Nova York (EUA) – O sábado foi de muita emoção para Aryna Sabalenka que, aos 26 anos de idade, conquistou o seu terceiro título de Grand Slam e o primeiro no US Open. A conquista da bielorrussa teve um sabor especial depois de seguidas decepções em Flushing Meadows, com duras derrotas nas semifinais de 2021 e 2022 e na decisão do ano passado. Agora, ela enfim levantou o troféu do torneio nova-iorquino e fala até em sonho realizado com a conquista.
“Depois que perdi meu pai, sempre foi meu objetivo colocar o nome da nossa família na história do tênis. Toda vez que vejo meu nome nesse troféu, fico tão orgulhosa de mim mesma, fico orgulhosa da minha família, que nunca desistiu do meu sonho e que fez tudo o que podia para me manter firme. Então eu tive essa oportunidade na vida, isso realmente significa muito. Sim, sempre foi meu sonho. Eu ainda meio que não consigo acreditar que fui capaz de alcançar tantas coisas”, disse a também atual bicampeã do Aberto da Austrália.
Para chegar ao título do último Slam da temporada, Sabalenka precisou passar por um grande teste contra Jessica Pegula na decisão. Além da adversária, que jogava em casa e com o apoio da torcida, a bielorrussa também teve de lidar com as oscilações normais de uma grande decisão.
“Foi uma partida muito difícil. Ela jogou um tênis realmente incrível. Honestamente, depois que eu estava liderando por 3/o no segundo set, eu realmente não esperava que ela voltasse com um nível tão alto. Estou muito feliz por ter conseguido segurar meu saque naquele 5/3. Então, quebrá-la de volta me deu muita confiança de que poderia fechar a partida em dois sets”, analisou.
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A número 2 do mundo também foi mais a fundo na questão de sua força mental, relembrando as frustrações anteriores, que de alguma forma lhe prepararam para o grande momento. “Sinceramente, pensei que teria muitas lembranças dos anos anteriores, dos quais tirei várias lições difíceis, principalmente depois da temporada passada. Hoje me lembrei o tempo todo que esta era a final do Aberto dos Estados Unidos. É claro que ela [Pegula] lutaria muito e que não seria fácil, mas nos momentos difíceis tentei me manter forte, lembrar que já passei por muita coisa e que sou forte o suficiente para aguentar essa pressão”, explicou a bielorrussa.
“Tive muitos desafios dentro e fora de quadra. Também as complicações de não jogar Wimbledon devido a uma lesão, algo que foi uma experiência nova para mim. O US Open é um torneio muito especial, onde também tive derrotas muito duras, mas sempre sonhei em ter esse troféu lindo. Por isso é tão especial, porque não importa o que tenha acontecido comigo, sempre voltei mais forte, aprendi e não desisti desse sonho”, enfatizou.
Estilo de jogo agressivo e novas cartas na manga
Aryna Sabalenka é uma tenista muito marcada por suas características ofensivas e golpes pesados. Ao longo deste US Open, por exemplo, ela teve a velocidade de seu forehand comparada a alguns dos principais jogadores da chave masculina, tendo níveis mais altos do que Jannik Sinner, Novak Djokovic e Carlos Alcaraz, por exemplo. Questionada sobre esse estilo de jogo, ela afirmou que não saberia jogar de outra forma a não ser ir para cima, principalmente nos pontos mais importantes.
“É a única maneira que funciona para mim, porque toda vez que tento jogar de forma mais segura, meu braço trava e a bola voa nas arquibancadas. Há muito tempo eu decidi que nesses momentos importantes eu simplesmente tenho que ir em frente, eu sei que a bola vai entrar, então essa é a única opção para mim”, afirmou.
Porém, mais do que só bater forte na bola, a bielorrussa tem apresentado uma variedade maior de jogadas, com slices e dropshots, por exemplo. Ela mesma explica o quão importante é ter essas outras ferramentas. “É muito bom ter essas opções no seu bolso. Quando você não se sente bem na linha de base, pode simplesmente ir para um slice, um dropshot ou ir para a rede. Eu sempre trabalhei essas variações na quadra. Estou muito feliz por ser corajosa o suficiente para usar essas ferramentas nesses momentos chaves. Então eu acho que é muito importante sempre melhorar.”
Para ela, essa é mais uma forma de intimidar as adversárias e cogita até mesmo arriscar o saque e voleio no futuro. “Eu sinto que coloco ainda mais pressão nos oponentes quando elas veem que eu não sou apenas uma grande batedora etambém posso jogar com algum toque. Então nós sempre trabalhamos esses pontos no meu jogo. Continuaremos e espero que um dia nos vejamos sacando e voleando. Não tenho certeza se sou corajosa o suficiente para fazer isso, mas talvez um dia eu venha com esse plano C. Espero que nunca precisemos disso, mas tanto faz”, finalizou.
Parabéns Aryna.ela falou coloquei o nome da nossa família na história é não o meu nome o que soaria uma arrogância. Boa sorte nos próximos torneios
Se a Sabalenka pegar pelo menos 50% do estilo Muchova de jogar aí ficará uma jogadora completa, o que falta a Muchova é melhorar o mental e principalmente a condição física que este quesito a Sabakenka ou a Iga, principalmente, é superior a Muchova. Se a final de ontem fosse Muchova x Sabalenka acredito que seria final de 3 sets e maus disputado, mas o esporte é assim e a Sabalenka foi merecedora porque foi corajosa, teve mais vontade de ganhar e acreditou( a mesma disse isso, acerca da Pegula faltou coragem e acreditar após o 5×3 no fim do 2 set só que aí sentiu ou se acovardou ao querer jogar os últimos games só no erro da Sabalenka, então foi bem castigada por isso.
Espetacular jogadora! Além de linda é também muito carismática.
Bem que a Bia poderia inspirar-se nela…
Parabéns à Sabalenka pela conquista, muito merecida. A Muchova teve que fazer cirurgia no punho, iniciou o ano de 2024 apenas na temporada de grama, então o que ela fez no US Open foi muito além do que se poderia esperar. Pra chegar na semifinal, a Muchova venceu cinco jogos entre eles ganhou da Osaka, Potapova, Paolini e Bia, todos em sets diretos. Portanto, ela fez um grande torneio e merece todos os elogios.