Quando a fama substitui a técnica

Foto: Darren Carroll/USTA

Assisti ao replay da final de duplas mistas de um dos maiores torneios do mundo, o US Open. Esse ano, houve uma polêmica inovação no formato, privilegiando a mídia e o entretenimento, realocando a disputa para a “Fun Week”, semana que precede o torneio em si, onde acontece uma série de eventos paralelos como os jogos da fase classificatória, kids day, festas e exibições.

Pois bem, detestei… Nem tanto pelo jogo, que foi bem disputado, mas sim por todas as implicações. Sabemos que o esporte é um business como outro qualquer e que a batalha para conseguir fãs, e principalmente um público mais jovem, requer mudanças e ajustes mas … essa foi sem dúvida muito radical!

As duplas mistas surgiram em 1879, dois anos após o primeiro Wimbledon. Ironicamente o US Open foi o primeiro Grand Slam a inserir na sua programação e agora o primeiro a eliminá-la. Afinal, 16 duplas jogando sets de quatro games em dois dias, a meu ver, não pode ser considerada uma disputa oficial, nos padrões tradicionais dos torneios ao redor do globo.

Achei lastimável perceber a quantidade de tenistas que não puderam participar da disputa criada para favorecer os famosos simplistas. Oito duplas foram convidadas e oito entraram por ranking combinado, excluindo portanto 3/4 dos tenistas dentre os 64 que normalmente participam. Dentre eles ou elas, como exemplo, a brasileira Luísa Stefani, campeã do Australian Open com Rafael Matos em 2023 e neste ano vice de Wimbledon com o britânico Joe Salisbury. Assim como ela, tantos outros que passam o ano se dedicando e investindo exclusivamente em duplas.

Imagino que não seja uma unanimidade afirmar, mas assim penso que assistir jogadores renomados como Alcaraz e Raducanu, Swiatek e Ruud, Djokovic e Danilovic não se trate de um espetáculo imperdível como seria uma final entre o espanhol e Sinner ou Swiatek lutando pela reconquista do primeiro posto mundial.

Triste ver que o prêmio para os campeões quintuplicou (de US$ 200 mil para US$ 1 milhão) apenas pela presença dos que nem são especialistas dessa categoria mista. Muitos deles até com atuações relâmpago em quadra nesse formato reduzido de sets até quatro games.

Sim, o público se divertiu, o torneio faturou, os campeões foram bem recompensados, porém o fã raiz do esporte só tem a lamentar que um formato exibição ganhe tanto espaço num evento desse porte, a ponto de deixar de fora os verdadeiros craques da modalidade.

No final de tudo, venceu a dupla detentora do título da edição passada. Ironicamente, os menos conhecidos nesse grande picadeiro.

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Leonardo
Leonardo
2 meses atrás

Oi Patricia. Muito boa sua materia, e respeito muito sua opinião como tenista, mas discordo quando menciona que o fã raiz só tem a lamentar. Do contrario, eu me considero fã raiz e adorei. Pergunta aos fãs raiz do site, quantos realmente viram jogos de duplas mistas nos ultimos anos, mesmo em GS, e continua com a segunda pergunta, quem são os top 10 duplistas masculinos e femininos. Tenho muitos amigos super fãs do tenis e a maioria consegue mencionar 1 ou 2 no máximo. Não passa na televisão, somente nos streamings e olhe lá, diferente das suplas masculina ou feminina que tem um pouco mais de visibilidade. Achei excelente poder ver tenistas consagrados jogando duplas, atraindo o publico para torneio de duplas, atraindo patrocinadores. É verdade que os duplistas dedicados sem ranking expressivo em simples foram excluidos, mas acho que para o tenis de duplas essa publicidade e visibilidade é positiva. O ideal seria conseguir atrair mais jogadores consagrados de simples para jogar duplas e misturar com os especialistas para impulsionar a categoria. O fato é, que os super especialistas em duplas são jogadores espetadulares, mas na grande marioria ilustres desconhecidos que quase ninguém quer ver. A realidade as vezes dói…

Patricia Medrado
Patricia Medrado
2 meses atrás
Responder para  Leonardo

Leonardo
Respeito sua opinião mas enxergo de outra forma.
Se os duplistas são pouco vistos isso eh baseado na programação do evento que sempre coloca os jogos em quadras secundárias .
Acho legal os simplistas entrarem na dupla mas o que não gosto é essa substituição .
Da mesma forma que jogam exibição, pq não dar essa característica ao que assistimos? Vale lembrar que a United Cup e a Hopman Cup, quando acontece o empate, a decisão recai na mista. É só saber separar o que é sério e o que é show!

JClaudio
JClaudio
2 meses atrás

Um caminho sem volta.
A espetacularização do esporte está atrelada as mídias sociais, uma nova forma de consumo dos eventos.
O tenista, hoje, ganha estatus de um produto de consumo, uma mercadoria que pode ser comprada, transformada e idolatrada, assim como imagens santas, o produto se transforma numa “divindade” quase religiosa, que busca devoção (em compras de produtos).
Com a chegada da IA, o esporte terá transformações profundas na forma como é consumido.
Nos dias atuais, vemos como as transmissões dos eventos mudaram, a informação é um detalhe, vale a “festa” (o jornalismo informativo, está sendo bem impactado, no momento, sendo substituido).
Os amantes do esporte estão se transformando em personagens “The Walking Dead”, zumbis idólatras em busca da imagem oferecida de seu ídolo, independente de quem seja, mesmo que o tenista seja uma tranqueira, ele é o ídolo, isso basta (enquanto o devoto, procura o cartão de crédito para comprar aquela camisa da marca do ídolo, no dia certo, pode levar o tênis na promoção).

Patricia Medrado
Patricia Medrado
2 meses atrás
Responder para  JClaudio

JClaudio
Crítica dura mas é bem por aí !

Ronildo
Ronildo
2 meses atrás

Bom, ao menos se fez justiça esportiva na final!

george singer
george singer
2 meses atrás

Patricia, oi. Sou fã e admirador da sua coluna. E concordo com você no que diz respeito à exclusão de profissionais que se empenham em valorizar as duplas, e, no caso dos slams, também as duplas mistas. a própria Errani se encarregou de dar a cutucada no discurso final, e só não entendeu quem não quis. E é lamentável também que a Iga e o Ruud (nenhum dos dois precisa, ela principalmente com os slams que já tem) tenham embolsado a fortuna para os vice-campeões, e jogadoras e jogadores como a Luiza, como você mencionou, tenham ficado de fora. Por outro lado, sempre que posso acompanho os jogos de duplas e duplas mistas , e confesso a você que muitas vezes é uma tristeza ver semigfinais e até finais para um público reduzido ou no máximo razoável. Na Austrália, se não tiver australiano jogando, não vai quase ninguém, Mesma coisa nos Estados Unidos. Na minha opinião, poderiam deixar o formato concentrado que tanto público atraiu, mas aumentar o número de duplas, incluindo as jogadoras e jogadores que se dedicam à modalidade. Talvez fosse necessário mais um dia, mais uma ou duas quadras, mas não acho inviável.

Patricia Medrado
Patricia Medrado
2 meses atrás
Responder para  george singer

Oi George
Obrigada pelas palavras !
Pois é, existem outras alternativas. Só não concordo em deixar os tenistas especialistas, fora da jogada.
Qualquer evento que envolva os tops , terá retorno mas o esporte n pode girar em torno de tão poucos jogadores .

Samuel, o Samuca
Samuel, o Samuca
2 meses atrás

Algumas considerações:
Público da final, cerca de 20.000 pagantes;
O público com especialistas em dupla mista seria 400 ou 500 pagantes, em face dos preços caríssimos do ingressos, ou seja, a arrecadação não cobraria os gastos com energia elétrica;
Comparar a Stefani com a Swiatek, o Matos com Alcaraz, duplistas raiz com os singlistas não tem tem cabimento;
O circuito de duplas sobrevive na carona do sucesso do circuito de simples, pois, se separados, o circuito de duplas deixaria de existir;
Uma dupla com três anos de entrosamento venceu a final na bacia das almas contra uma dupla que se conheceu na véspera do torneio, sendo que a Iga vinha de uma final desgastante na noite anterior.
Se os top singlistas fizerem duplas permanentes, certamente, em seis meses colocariam no bolso as duplas atuais, tal a diferença de nível, apesar dos duplistas atuais serem bons jogadores.

Itana
Itana
2 meses atrás

Concordo com você.
Os “simplistas” convidados já vão bem na categoria que se propuseram e neste novo formato deixaram muitos de fora os que fazem da dupla mista um meio de ganhar sua subsistência.
Porque não fazer deste evento uma disputa à parte do verdadeiro campeonato de dupla mista?
Esse foi puro entretenimento!

Tribunal do US Open
Tribunal do US Open
2 meses atrás
Responder para  Itana

Concordo plenamente.

Patricia Medrado
Patricia Medrado
2 meses atrás
Responder para  Itana

Itana
Exato ! Tirou a seriedade das duplas mistas.
Evento em dois dias, sets curtos , 16 duplas e recebem o título de campeões de Grand Slam.

Patricia
Patricia
2 meses atrás

Gostei que trouxe esse tema na sua coluna e apoio suas palavras. Deixar de fora duplistas que se dedicam a essa categoria pra trazer simplistas consagrados e que não treinam juntos já é por si só uma péssima solução como aprendizado que se tira ao ver partidas dessa categoria/nivel. Acho muito feio lances erráticos por falta de sincronia da dupla que nunca joga junto e não sabe muitas vezes como se posicionar ou se comunicar com o parceiro. Façam jogos exibição antes de cada jogo de duplas, se querem público e dinheiro, mas não atrapalhem uma boa partida dos duplistas ‘oficiais’.

Patricia Medrado
Patricia Medrado
2 meses atrás
Responder para  Patricia

Olá Xará
A qualidade das partidas é mais um ponto a ser discutido e foi muito importante a vitória dos italianos, principalmente porque defenderam e apoiaram aos que não conseguiram participar.
Vamos aguardar o que decidirão para o ano que vem !

Tribunal do US Open
Tribunal do US Open
2 meses atrás

Parabéns pelo texto. Do ponto de vista esportivo achei vergonhoso o que aconteceu nas duplas mistas. Esse torneio não passou de uma gincana. Por justiça, venceu Errani e Vavassori, tenistas duplistas natos. Dinheiro não é tudo na vida, se começarem a aplicar essa regra em grandes torneios, pode acabar com o torneio de duplas mistas.

Patricia Medrado
Patricia Medrado
2 meses atrás
Responder para  Tribunal do US Open

Oiii
Sem dúvida ! Passará a ser apenas mais um espetáculo onde simplistas jogarão com simplistas em formato exibição .
Só duvido que Wimbledon aceite esse novo formato .

Raquel Félix
Raquel Félix
2 meses atrás

Tem um ditado antigo e muito utilizado em Minas que diz: cada macaco no seu galho. Jamais irei discordar das palavras de quem viveu, vive e entende do assunto como vc, Patrícia Medrado.

Sou fanática por esportes, incluindo tênis. Dedico o meu tempo a acompanhar campeonatos de diversas modalidades.

Seu texto trouxe aspectos relevantes e sensíveis a exclusão de duplistas que a essa modalidade se dedicam, redução dos games e aumento do valor da premiação. Isso nem passou pela minha cabeça, sinceramente. E talvez se não tivesse lido a sua coluna, nem iria me atentar a isso. Por isso é tão importante que as discussões sobre os assuntos sejam amplas e profundas.

Mas, como público, confesso que foi divertido. Não pelos grandes e famosos simplistas em quadra e sim pela dificuldade na adaptação de alguns deles no formato dupla e mista.

A final me tirou do sofá. Nunca fui tão “italiana” na minha vida, principalmente quando a Errani sacava e os grande simplistas ficavam totalmente desconcertados em quadra. Ou quando o Vavassori surgia como um polvo interceptando os canhões do outro lado.

Confesso que o que tem me causado cada vez menos interesse são os jogos masculinos. Aquela combinação saque bomba e pouca troca de bola tem me dado mais sono do que emoção. Ainda mais quando são 5 sets. Haja paciência!

Frisando novamente que sou apenas uma grande apreciadora do tênis e gostei. Espero continuar a ver duplistas genuínos vencendo e provando que técnica precede a fama.

Patricia Medrado
Patricia Medrado
2 meses atrás
Responder para  Raquel Félix

Olá Raquel
É inquestionável que foi pura diversão e entretenimento. Pois que siga assim, no segmento exibição, valendo muita grana mas sem a glória do título que foi negada a tantos !

Rodrigo
Rodrigo
2 meses atrás

Coluna perfeita, mais uma vez! Já é muito triste que as duplas, um jogo tão estratégico, técnico e bonito, seja comumente relegado a segundo plano. Dessa vez então, trataram como nada. Feliz ao menos que duplistas de origem tenham levado o título e mostrado o seu valor. Tomara que o US Open reveja essa decisão e o torneio de duplas mistas tradicional seja retomado ano que vem.

Patricia Medrado
Patricia Medrado
2 meses atrás
Responder para  Rodrigo

Rodrigo
Estou com você !
Fizeram a título de experiência mas o pior é que com tantas estrelas em quadra, os patrocinadores, organização e mídia, eles insistam na proposta .

Aurelio
Aurelio
2 meses atrás

O argumento fácil, por parte dos torneios e dos interesses comerciais, é de que é preciso atrair mais público (custe o que custar).

Poderia haver uma “colher de chá” para os especialistas em duplas, oferecendo o dobro de vagas (32) e permitindo 50% de entradas só deles;
Mesmo assim, teriam novamente o “problema” de desinteresse quase total no segundo dia de competições, com a maioria das duplas formadas de ocasião por jogadores simplistas “populares” muito provavelmente eliminadas.

Querer transformar “Esporte” (onde a natureza da disputa justa é imperativa) em “Showbiz”, sempre maximizando os ganhos e privilegiando o lucro é ir longe demais.

O que não faltam são exemplos de modalidades esportivas que tem apenas um pequeno nicho de público e nem por isso são desmontadas e tripudiadas dessa forma.

O futebol de salão não deve ter 5% do público mundial do futebol de campo e, nem por isso, pensam em cancelar um dos campeonatos de futebol de salão para fazer um jogo beneficente com as maiores estrelas do futebol de campo no seu lugar (como se isso sequer fosse uma idéia aceitável).

Mais um sinal dos tempos. O que não nos faltam nos dias de hoje são exemplos de coisas absurdas que fogem completamente do bom senso e racionalidade. Hoje ganha quem grita mais alto (mesmo que estejam falando bobagem) – infelizmente. Moderação e bom senso é coisa do passado.

Patricia Medrado
Patricia Medrado
2 meses atrás
Responder para  Aurelio

É o jeito americano de ser! Tudo eh show bizz…
Uma pena que no tênis as duplas estejam muito abaixo da simples em termos de popularidade e visibilidade .

Vanda Ferraz Lopes de Oliveira
Vanda Ferraz Lopes de Oliveira
2 meses atrás

Que bom que voce teve a coragem de falar !!
Claro que não gostei também!!!!!
Até fiz uma pergunta aqui porque a Luísa que havia acabado de ir a final de wimbledon não iria participar……
Os jogos de duplas seja masculina, feminina ou mixta, as vezes são mais interessantes que as simples!!!!!!
Quem assistiu a final se mixta de Wimbledon deve concordar, foi sensacional!!!!!
Mas voce tem razão…….sempre são colocados em quadras secundárias , sem nenhuma divulgação dos próprios canais que transmitem.
Enfim…….ainda vem que os campeões foram os italianos e a Errani ainda falou que o prêmio era para todos os duplistas

Patricia Medrado
Patricia Medrado
2 meses atrás

Oi Vanda
America é a terra do show business. Esse torneio sempre foi o mais barulhento, pessoas se movendo ao longo do ponto, música nas viradas… joguei um ano na quadra central e tive muita dificuldade de manter a concentração .
O tenista é o que menos importa !

Evandro
Evandro
1 mês atrás
Responder para  Patricia Medrado

É a terra da confusão e do desrespeito, então!! Rsrsrsrs

Aliás, estamos num momento propício para recuperar o nome América, indevidamente apropriado pelo tazuní.

Abraços

NFdS
NFdS
2 meses atrás

Estava pensando aqui: não seria possível conciliar as duas coisas? P.ex., na fun week, teríamos as duplas mistas só com simplistas famosos que não jogam duplas; e no período tradicional teríamos as duplas mistas tradicionais. A premiação de 1 milhão de dólares seria dividida, 500 mil pros famosos e 500 mil pros especialistas.

Patricia Medrado
Patricia Medrado
2 meses atrás
Responder para  NFdS

Oiii
Sim, deveriam definitivamente separar !
Exibição é diferente . Só que os “famosos” só jogam quando a grana é bem alta .

Fonseca
Fonseca
2 meses atrás

Parabéns pela coragem de criticar!
Os torneios pagam aos duplistas muito menos. As mistas não acontecem nos torneios ATP e WTA. Eram 4 chances por ano para os duplistas faturarem um pouco mais, agora são 3 chances.
Gostei de ver os famosos jogando duplas. Nas primeiras décadas da era aberta eles jogavam duplas também. Hoje em dia isso é raro.
Creio que jogar duplas fortalece meu jogo de simples. Por que nas últimas décadas os jogadores de simples abandonaram as duplas?

Evandro
Evandro
1 mês atrás

Realmente…

Se é pra ter gente desengonçada em quadra, até entender “como é que joga esse troço “, porque tem muito dinheiro sendo distribuído (alô Silvio Santos!), o campeonato oficial de mistas de GS não é a solução.

Nem nunca poderia ser imaginado, vez que é um desrespeito com os duplistas!

Não acha importante o torneio de duplas? Assuma a responsabilidade de extinguir. Quero ver se tem mesmo ousadia.

Por isso que um quinto Slam, na China naturalmente, já está demorando. Poderemos, quando ocorrer, comparar o grau de respeito de se dá a cada tenista!

Ex-tenista profissional e medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos na Cidade do México-1975, foi por 11 anos consecutivos a número 1 do Brasil e chegou ao top 50 em simples. Atualmente, possui 16 títulos mundiais no circuito Masters da ITF e ocupa os cargos de diretora executiva do Instituto Patrícia Medrado e líder do Comitê Esporte do Grupo Mulheres do Brasil.
Ex-tenista profissional e medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos na Cidade do México-1975, foi por 11 anos consecutivos a número 1 do Brasil e chegou ao top 50 em simples. Atualmente, possui 16 títulos mundiais no circuito Masters da ITF e ocupa os cargos de diretora executiva do Instituto Patrícia Medrado e líder do Comitê Esporte do Grupo Mulheres do Brasil.

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