Presidente da ATP defende mudanças no calendário e exalta ganhos financeiros

Foto: Peter Staples/ATP Tour

Cincinnati  (EUA) – Em meio a críticas sobre o calendário da ATP, com a expansão dos Masters 1000 do Canadá e de Cincinnati para 12 dias, o presidente da ATP, Andrea Gaudenzi, falou sobre a estratégia da entidade e destacou que as mudanças feitas estão ajudando os tenistas a ganhar cada vez mais dinheiro, como o anúncio da divisão de US$ 18,3 milhões para os jogadores na participação nos lucros.

“O formato expandido aumenta o tempo no local e isso é uma consideração importante. Mas também libera o potencial de receita necessário para elevar todo o circuito. Reformas como essas foram debatidas longamente com o conselho consultivo dos jogadores e com a diretoria ao longo de vários anos. Um dos nossos objetivos estratégicos claros é fornecer mais dinheiro a mais jogadores”, afirmou Gaudenzi.

“Conseguimos isso expandindo a pensão dos jogadores de 165 para 300 jogadores e mais do que dobrando a premiação em dinheiro no nível challenger desde 2022. E estamos fazendo isso por meio de grandes eventos, com grandes palcos e números de participantes maiores, que impulsionam o motor comercial do esporte”, acrescentou o dirigente, defendendo as mudanças feitas.

O presidente da ATP inclusive usou a reforma realizada pelo Masters 1000 de Cincinnati como exemplo do que considera um sucesso para o circuito. “Eles realizaram uma reforma de US$ 260 milhões, em várias fases, que elevará todas as partes do evento. Não são apenas melhorias estéticas. A receita gerada por isso retorna diretamente aos jogadores por meio do nosso modelo de participação nos lucros”, afirmou.

Questionado sobre os problemas no calendário, ele reconheceu a complexidade da situação. “É uma temporada longa e ir longe semana após semana é desafiador. Encontrar uma solução que funcione para os mais diversos níveis de jogadores nunca é simples. Não se pode construir um calendário em torno de apenas um grupo, todos os grupos devem ser considerados”, comentou Gaudenzi.

“Nosso objetivo na ATP é prolongar a pré-temporada. O descanso adequado beneficia a todos: jogadores, torcedores e a qualidade da competição. Mas não podemos agir sozinhos. Os torneios têm suas próprias licenças e qualquer mudança estrutural exige alinhamento”, observou o dirigente, que também salientou a possibilidade de cada tenista escolher quando e onde vai jogar.

“Um ponto que muitas vezes é esquecido: os jogadores escolhem seus próprios calendários. Essa liberdade é rara no esporte profissional. Mas com isso vem a responsabilidade de saber quando pressionar e quando se recuperar”, finalizou o presidente da ATP.

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Paulo A.
Paulo A.
25 minutos atrás

Será a pensão a que ele se refere a de aposentadoria? Se sim, eram somente 165 jogadores que a recebiam, número absurdamente baixo! E espero que os milionários não a recebam, já que dela não precisam mesmo!

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