Nova York (EUA) – A japonesa Naomi Osaka confirmou seu retorno à semifinal do US Open ao superar Karolina Muchova, 13ª do ranking, por 6/4 e 7/6 (7-2) em 1h49 de partida. A vitória marcou sua segunda sobre a tcheca em 2025, repetindo o resultado do Australian Open, e representa a volta da ex-número 1 do mundo à penúltima fase do torneio nova-iorquino após cinco anos.
A partida teve momentos equilibrados, especialmente no segundo set, quando Muchova chegou a sacar para fechar a parcial liderando por 5/4. Apesar do desconforto físico da tcheca no final da primeira parcial, Osaka manteve a consistência da linha de base e garantiu a vitória no tiebreak, liderando a contagem de winners por 30 a 21 e cometendo 19 erros contra 15 da adversária.
“Foi uma partida realmente difícil. Honestamente, eu só estava tentando me manter firme e ver se surgia uma oportunidade, sem entrar em pânico ou tentar vencer pontos forçando o winner”, disse Osaka na entrevista coletiva, resumindo a dificuldade do confronto e sua estratégia de paciência e foco.
Ela também comentou que a experiência foi fundamental para se manter firme no tiebreak e garantir o triunfo em sets diretos. “No passado, talvez eu me distraísse e poderia me recuperar no terceiro set, mas agora diria que estou muito mais focada e consciente da estrutura dos pontos e da importância de conservar energia, se possível. Estou definitivamente tentando me concentrar muito mais”, explicou.
Aprendizados e mudanças
O período de 18 meses afastada do circuito e a caminhada para recuperar terreno no circuito desde o seu retorno, no início de 2024, também serviu para que Osaka refletisse sobre seu crescimento pessoal e sua relação com o esporte. “Aprendi que amo o tênis muito mais do que pensava, e aprendi que eu realmente gosto de desafios. É como um videogame. Você pega, e mesmo que perca uma fase, reinicia e continua até eventualmente vencer. Acho que às vezes é um pouco difícil, mas não trocaria isso por nada no mundo.”
A experiência também transformou a forma como ela encara a carreira e valoriza cada momento. “Definitivamente aprecio a jornada muito mais agora. Quando eu era mais jovem, ficava pensando só no próximo, no próximo, no próximo. Obviamente, eu adoraria apreciar tudo agora, mas tenho uma partida amanhã. Provavelmente direi o quanto apreciei isso no final do torneio, que espero que seja no sábado para mim, mas estou realmente grata por estar jogando bem nesta cidade”, disse a bicampeã do US Open.
Projeção do duelo contra Anisimova
Já nesta quinta-feira, Naomi Osaka volta ao Arthur Ashe Stadium para desafiar a anfitriã Amanda Anisimova, contra quem a japonesa tem retrospecto negativo de 2 a 0. Ambos os duelos, aliás, foram em Grand Slam, com vitórias da norte-americana no piso duro do Australian Open e no saibro de Roland Garros, em 2022.
Sobre o novo encontro, Osaka destacou o talento da adversária e já se prepara mentalmente para um duelo difícil. “Ela sempre foi uma das jogadoras mais talentosas do circuito. Não se sabe para onde ela vai bater a bola, e jogar contra a Iga em casa e vencer foi uma grande conquista para ela. Acho que a partida será muito difícil amanhã.”