Embora o ano novo esteja colado com o velho, ele traz como sempre novas expectativas, desejos, sonhos e metas para um atleta profissional. Normalmente os objetivos são sempre mais desafiadores que os anteriores, afinal a vontade de melhorar faz parte do processo.
O ano tenístico, cada vez mais longo, que sempre começou na Austrália, há três anos, com a criação da bem bolada United Cup, nesse mesmo país, antecipou esse início para o apagar das luzes do velho ano, ou seja, nos seus últimos cinco dias.
Dezoito países participaram desse evento misto e diferenciado, que contou com a participação de várias estrelas. O Brasil garantiu sua vaga graças à 17ª colocação no ranking de Bia Haddad, mas lamentavelmente não foi para ela o melhor início de temporada. Por muito pouco não conseguiu superar a chinesa Gao Xinyu, então 175ª do mundo, após um longo e dramático jogo com duração de quase 3h30.
A segunda derrota, também na primeira fase da competição, contra sua própria parceira de duplas da temporada, a alemã Laura Siegmund , foram mais três sets que talvez tenham demonstrado a necessidade de mais tempo e adaptação às mudanças de equipe e mentalidade de uma atleta desse nível.
Afinal Bia agora tem ao seu lado, como já sabemos, dois novos reforços na equipe técnica. Além do fisio da seleção brasileira de vôlei, Fernando Fernandes, ela viaja também sob novas orientações do francês Máxime Tchoutakian.
Tudo isso representa “ouvir” e processar novos conhecimentos e ideias, além de novos e ambiciosos objetivos. Já supomos que quase dois anos no top 20, inclusive já chegando à 10ª posição, seguramente consolidou nela a possibilidade de ir ainda bem mais longe.
É o que todos esperamos, considerando o seu potencial técnico, físico e mental, afinal o ano está só começando.
No WTA 500 de Adelaide, jogando contra a Madison Keys, a norte-americana, inspirada, empatou os confrontos diretos que já somam quatro entre as duas tenistas.
Bia perdeu. Não jogou bem, mas chega no Australian Open com um troféu de vice de duplas na mala após três vitórias com dois supertiebreaks, que podem significar um reforço extra tão esperado nesse início de temporada.
Um ponto de observação fica sobre alguns fundamentos que precisam funcionar num nível mais alto, principalmente o saque para uma tenista de 1,85m. Particularmente tive a oportunidade de acompanhar os jogos do Brasil na Billie Jean King Cup. em Brasília em 2023. e registrei seus saques entre 192 e 194 km por hora . Embora a altitude do cidade – mais de 1.100 m – dê um empurrãozinho na bola, é de qualquer forma uma prova do seu potencial. No sentido tático, quem sabe usar mais as paralelas para encurtar e definir pontos.
No final tudo se resume a uma questão de acreditar, trabalhar e esperar .
Os resultados certamente virão!
Os resultados virão!
Que sejam bons resultados! Força Bia!!!
É acreditar que virão! Não teria porque não virem, já que a Bia demonstrou várias vezes que consegue virar a página de uma história, que já se afigura bem bonita no final.
Duas vezes os resultados virão…..acho que se ela conseguir se manter entre as top 20,30 do mundo esta de bom tamanho.