Opinião pública internacional aumenta pressão no caso Sinner

De repente quando tudo parecia calmo, uma tempestade surgiu no horizonte colocando uma sombra no caso de suspeita de doping no tenista italiano Jannik Sinner. Não foi apenas motivado pela apelação apresentada pela WADA (Agência Internacional de Controle Anti-doping) em 26 de setembro, depois da absolvição dada pela TIA (Tennis Integrity Agency). Mas o maior barulho mesmo está vindo da comunidade do tênis mundial e da mídia internacional.

Venho recebendo uma série de reportagens com opiniões de ex-jogadores, técnicos, dirigentes, enfim, o mundo do tênis está repercutindo. As opiniões são diversas, com vários defendendo a inocência do número 1 da ATP e outras revelando a indignação pela falta de um critério único.

Só para relembrar o caso, Sinner foi pego no ATP 1000 de Indian Wells, em março, com uma porção mínima da substância Clostebol, um esteroide anabólico. A contaminação teria sido feita pelo seu então fisio, Giacomo Nardi. Ele estava com uma ferida na mão e usou um spray muito comum vendido nas farmácias italianas, mas que tem o ingrediente proibido. Quando do anúncio da absolvição do jogador até publicaram uma foto do fisio no players box, com um esparadrapo na mão.

Esse caso me despertou para um episódio muito parecido. Foi o da atleta brasileira Maurren Maggi. Ela foi suspensa por doping pela mesma substância, Clostebol, que teria entrado no seu corpo por uma pomada usada após uma sessão de depilação. Sem dúvida situações muito semelhantes. A única diferença foi a punição.

Com a retomada do caso de Sinner cresceram as apostas de que o italiano deve mesmo pegar um gancho de 1 ou 2 anos. Nessas situações o tenista perderia pontos e prêmios conquistados desde de Indian Wells, mas recentemente surgiu uma nova versão de que a eventual suspensão do italiano seria mais branda, sem perder a grana e a pontuação, que inclui o título do US Open.

O que se discute, e agora cada vez mais forte, é se Sinner não fosse uma das estrelas da atualidade do tênis, no trono de número 1, se ele seria absolvido ou cumpriria suspensão a partir do momento em que a droga foi detectada. Enfim, uma pena que o circuito num momento tão importante esteja vivendo esse impasse.

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João Sawao ando
João Sawao ando
2 horas atrás

Não tem que ter pena nenhuma tem que deixar fora dos torneios profissionais até tudo ser esclarecido. Se tiver que retirar pontos e dinheiro é campeonatos que o retirem…nao tem que ter atenuante…

Evandro
Evandro
2 horas atrás

Todo o momento do tênis é importante e o atual momento é importante justamente por discutir o assunto sobre a isonomia de tratamento nos casos de doping. Nada a lamentar.

ricardo laier franco
ricardo laier franco
1 hora atrás

Vejo 2 situações bem distintas:
1: Se a dosagem encontrada da substância não melhora a performance por que a punição?
2: Se outros atletas profissionais foram punidos nesta mesma situação por que não puni-lo?

e também 2 condutas:

1: A partir de agora não haverá punição para dosagens que não melhoram a performance em contaminações acidentais.
2: Manter o critério e continuar com as punições.

Qual sua opinião mestre Chiquinho?

Fernando Brack
Fernando Brack
57 minutos atrás

Não acho os casos de Sinner e Maurren Maggi parecidos. Maurren usou ela mesma a pomada contendo Clostebol, ainda que sem a intenção de obter benefício esportivo. Já Sinner não. Afora a qtde da substância detectada em seu corpo ser ridiculamente pequena, a ele não pode ser imputada qualquer porção de culpa pela contaminação. E eu diria que nem ao fisio, que se tivesse real intenção de inocular algo proibido no atleta, certamente não o faria por meio de pomada sobre ferimento em si mesmo.

Jornalista especializado em tênis, com larga participação em diversos órgãos de divulgação, como TV Globo, SporTV, Grupo Bandeirantes de Comunicações e o jornal Estado de S. Paulo. Revela sua experiência com histórias de bastidores dos principais torneios mundiais. Já cobriu mais de 70 Grand Slams: 30 em Roland Garros; 21, no US Open; 18 em Wimbledon; e 5 no Australian Open.
Jornalista especializado em tênis, com larga participação em diversos órgãos de divulgação, como TV Globo, SporTV, Grupo Bandeirantes de Comunicações e o jornal Estado de S. Paulo. Revela sua experiência com histórias de bastidores dos principais torneios mundiais. Já cobriu mais de 70 Grand Slams: 30 em Roland Garros; 21, no US Open; 18 em Wimbledon; e 5 no Australian Open.

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