Valeu a pena esperar longos 12 meses para ver o rei Rafael Nadal se despedir de seu principal trono. Eliminado na estreia de 2024, algo então inédito em suas 18 participações em Roland Garros, o espanhol não quis saber então de festa de despedida, porque ainda não tinha certeza de que sua carreira estava no ocaso, o que ele apenas confirmaria depois da penosa participação nos Jogos Olímpicos, ironicamente acontecida na mesma Philippe Chatrier de tanto sucesso.
Ainda que Roland Garros já lhe tenha dado uma estátua, inaugurada em 2021, portanto antes mesmo de sua última conquista em Paris, fazia-se necessário um adeus do porte de Nadal. E a Federação Francesa se esmerou, com uma sensível cerimônia de quase 40 minutos, recheada de emoções e passagens inesperadas, que levou Rafa e muita gente no estádio e na TV às lágrimas. Eu, inclusive.
Até difícil dizer qual o momento mais tocante. Se o primoroso vídeo que resumiu sua passagem por Roland Garros, encerrado com a icônica narração dos 14 anos de suas conquistas em Paris, ou o longo e bem colocado discurso de Rafa. Foi muito legal ver o cumprimento de todos os auxiliares do torneio ao espanhol, a torcida uniformizada e os painéis humanos. A entrada dos outros Big 4 proporcionou uma reunião histórica na Chatrier e isso parecia o ponto alto da festa. Que nada.
O momento épico foi mesmo a excelente sacada dos franceses – que merecem aplauso por toda a cerimônia – em eternizar Nadal e seus inúmeros títulos com a marca de seu pé na quadra principal, palco de todo seu sucesso no saibro francês, que contabilizou 112 vitórias e apenas quatro derrotas. A placa certamente servirá para que todas as próximas gerações jamais esqueçam da inigualável trajetória do canhoto espanhol, um dos feitos individuais de maior relevância na história de qualquer esporte e a mais extraordinária façanha sobre um único piso no tênis.
É muito difícil dizer qual teria sido a maior campanha de Nadal em Roland Garros, já que três delas incluíram vitórias consecutivas sobre Roger Federer e Novak Djokovic. Mas eu fico justamente com sua última conquista, a de 2022, a única em que derrotou quatro top 10 rumo ao troféu, incluindo o então número 1 Djokovic. Ainda mais porque mais tarde se soube do grande esforço físico e mental que suportou, ao jogar com infiltrações pesadas no pé, que lhe tiraram toda a sensibilidade. Só mesmo o Zeus do saibro poderia suportar tudo isso com tamanho empenho e brilhantismo.
‘Merci, Nadal’ foi a expressão repetida muitas vezes neste domingo. Muito justo. O tênis ficará em dívida com Rafa para sempre.
O primeiro dia
– Musetti se diz em condições de ir longe em Paris desta vez e ao menos começou bem. Mas é bom tomar cuidado com possível terceira rodada contra Navone, que barrou Nakashima logo de cara.
– Também caíram Michelsen para Juan Cerúndolo e Machac, que desistiu diante de Halys. Paul venceu depois de um primeiro set estranho e Perricard provou que sacadores também têm vez. Aliás, Shelton e Opelka também.
– Monteiro demorou para se encontrar contra Kopriva, cresceu muito a partir do terceiro set e levou a decisão ao quinto depois de salvar três match-points. Mas aí pareceu sentir o braço e a coisa desandou.
– Sabalenka, Zheng e Svitolina tiveram estreias tranquilas, ao contrário de Paolini, que precisou de três sets contra Yuan.
– Quatro cabeças já estão fora: Kostyuk, Stearns, Fernandez e Noskova. Nada que afete o torneio por enquanto.
– Bia Haddad e Fonseca irão mesmo estrear na terça-feira, como já era esperado.
– A segunda-feira terá muito favorito em quadra: Swiatek, Sinner, Alcaraz e Ruud. O duelo Tsitsipas-Etcheverry pode ser o mais duro do dia. Gasquet e Garcia jogam e há expectativa de acontecer novas festas de despedida.
Inesquecível!! Grande Rafa
Lenda Viva. Rafael Nadal
Lenda Viva. Andy Murray
Lenda Viva. Novak Djokovic
Lenda Viva. Roger Federer
Dalcim parabéns pelo post, ele reflete o q eu senti na homenagem justa ao Rafa, também chorei por sinal, mas vou discordar de vc em um ponto: o momento mais espetacular foi a entrada dos outros 3 gigantes p homenagear Rafa, jamais veremos um outro grupo de atletas de elite dominar um esporte por 20 anos e provocar paixões no mundo inteiro…
Na despedida de Federer também os 3 gigantes estavam presentes na LAVER CUP 2022. A sublime homenagem descrita pelo Blogueiro, jamais será igualada . Rafael Nadal tomou a decisão ( que foi respeitada ) , de se despedir jogando e vencendo a Copa Davis 2024 , ao lado de Carlos Alcaraz. Ninguém teve culpa do feito não alcançado. Amélie Mauresmo , merece todos os aplausos, por bota-lo de volta , junto com seu imenso legado , no lugar que Reinará para a eternidade. Abs !
Colocaria outros feitos individuais no mesmo nível do Nadal:
– Kelly Slater: 11 vezes campeão mundial de surf;
– Teddy Riner: 4 vezes campeão olímpico e 11 vezes campeão mundial de judô;
– Mijain Nunez: 5 vezes campeão olímpico da luta greco-romana.
Ninguém liga pra essas coisas
kkkkkkkkkk
Nadal, Federer, Murray e Djoko juntos, na mesma foto, lembram muito a icônica foto de Senna, Manselll, Prost e Piquet.
E esta também deve marcar uma época do ténis na cabeça de fâs e a todos que fazem parte do tênis.
Esta fase será – na minha opinião – lembrada durante muito tempo.
E que fique claro aos fanáticos: jamais houve Big3, Big2, muito menos Big1. Como bem lembrado nesra homenagem (a qual foi idealizada não por comentaristas fanáticos de Blog, mas sim por Experts e pessoas competentes ou tealmente envolvidas com o tênis), sempre foi “BIG4″…
A diferença, caro Bardo , é que nesta foto icônica citado por ti , os 4 protagonistas se detestavam…rs. Abs !
Feliz em ver o Murray incluído na linda homenagem ao rei do saibro. Porque ele foi número 1 com os outros 3 em atividade.
E é até redundância o que vou escrever, mas fica registrado: Roland Garros nunca mais será o mesmo depois do Nadal.
Ele é bem mais do que exemplo de recordista campeão. Pras novas gerações, fica também o legado de persistência, superação, resiliência, amor ao esporte e respeito aos adversários.