Indian Wells (EUA) – Meses depois de passar 10 dias em um hospital da República Dominicana, o norte-americano Nicolas Moreno de Alboran fará sua estreia em um Masters 1000 nesta quinta-feira em Indian Wells. O tenista de 26 anos viajou para a República Dominicana, onde residiu por 10 anos quando criança, após o US Open do ano passado, para o casamento de um amigo e no penúltimo dia no país acordou com febre de 40º C.
“Tive que ir ao hospital e me disseram que eu estava com dengue, uma picada de mosquito muito comum nos trópicos. Fiquei 10 dias no hospital. Perdi 10 quilos”, disse Moreno de Alboran ao site da ATP. “Não conseguia beber nem comer e isso meio que arruinou o resto da minha temporada. Foi muito difícil voltar fisicamente depois disso”, lamentou o norte-americano.
Ele vivia seu melhor momento na carreira, havia alcançado seu melhor ranking no começo de setembro, chegando ao 121º lugar, logo após conseguir furar o quali do US Open para disputar o primeiro Grand Slam como profissional. Moreno de Alboran teve que mudar seu foco para recuperar o nível de condicionamento físico desejado. Ele voltou à ação depois de um mês longe das competições e sofreu uma série de quatro derrotas.
“O tênis estava lá, mas eu estava achando difícil me movimentar e entrar na academia, fazer os pesos habituais que faço. Mentalmente também foi difícil porque eu vinha de uma boa sequência de torneios”, disse Moreno de Alboran. A infecção viral da dengue foi simplesmente um grande problema, mas como ele já havia morado na República Dominicana quando era criança, a vida tropical e os mosquitos não eram novidade para ele.
Aqueles primeiros anos na República Dominicana ainda guardam boas lembranças no coração de Moreno de Alboran. “Eu ia para a escola e saía por volta das 14h. Eu comia em casa e às 15h ou 16h estava na água. Eu competia em pequenos veleiros. Viajei pelo Caribe fazendo regatas e obviamente pela República Dominicana. É algo que foi muito acessível para mim. Nós gostamos disso. Praticamos muito kitesurf. Estava bem ali na nossa frente e é por isso que fizemos tanto e obviamente competimos nisso também”, falou o norte-americano.
“Estar na natureza é o que quero fazer depois da minha carreira no tênis. Não sei realmente onde irei parar, mas definitivamente quero ter esse tipo de estilo de vida, seja nas montanhas ou no oceano, e trabalhar com empresas de conservação que estão apenas tentando proteger a vida marinha . Acho isso muito interessante e adoraria um dia trabalhar nesse ambiente e ajudar o máximo que puder”, disse Moreno de Alboran.