Nadal relembra anos difíceis e trabalho para controlar as emoções

Foto: Álvaro Díaz/RFET

Mallorca (Espanha) – Com o fim de sua carreira profissional no tênis profissional, Rafael Nadal fez uma reflexão sobre sua duradoura relação com o espanhol. Em artigo publicado no The Players Tribune, o espanhol tratou de diversos assuntos ligados aos 30 anos de dedicação ao tênis, sendo mais de duas décadas no alto rendimento do circuito profissional. Um dos temas que demandaram maior atenção do ex-número 1 do mundo foi o controle emocional, aspecto que se sempre foi muito valorizado em suas conquistas. Nadal recordou os momentos mais difíceis e do trabalho que precisou fazer para se tornar mais forte mentalmente.

“Por 30 anos, a imagem que eu transmita ao mundo nem sempre era o que eu estava sentindo por dentro”, escreveu Nadal. “Honestamente, eu ficava nervoso antes de cada partida que já joguei. Toda noite antes de uma partida, eu ia para a cama sentindo que poderia perder. E sentia o mesmo quando acordava pela manhã”.

“No tênis, a diferença entre os jogadores é muito tênue. Quando você entra na quadra, tudo pode acontecer, então todos os seus sentidos devem estar despertos, vivos. É muito difícil descrever a sensação dos nervos e da adrenalina que temos de entrar e ver uma quadra cheia. É algo que poucos conseguem entender e que nunca mais será a mesma agora que estou me aposentando como profissional. Ainda haverá alguns momentos jogando exibições e talvez em outros esportes. Eu sempre vou competir e tentar dar o melhor que puder, mas não será a mesma sensação”, explica o veterano de 38 anos.

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“Durante a maior parte da minha carreira, eu era bom em controlar essas emoções. Com uma exceção. Passei por um momento muito difícil mentalmente, alguns anos atrás. Eu ja estava muito acostumado com dor física, mas houve momentos na quadra em que tive dificuldade em controlar minha respiração e não conseguia jogar no mais alto nível”, relatou o vencedor de 22 títulos de Grand Slam.

“Não tenho dificuldade em dizer isso agora. Afinal, somos seres humanos, não super-heróis. A pessoa que você vê no centro da quadra com um troféu é também um ser um humano. Exausto, aliviado, feliz, grato… Mas apenas uma pessoa. Felizmente, não cheguei ao ponto de não conseguir controlar coisas como ansiedade, mas há momentos em que cada jogador tem dificuldade de controlar sua mente. E quando isso acontece, é difícil ter controle total do seu jogo. Houve meses em que pensei em dar uma pausa completa no tênis para limpar minha mente. Mas trabalhei nisso todos os dias para melhorar. Eu conquistei isso sempre seguindo em frente e, lentamente, voltei a ser eu mesmo. A coisa da qual mais me orgulho é que posso ter lutado, mas nunca desisti. Sempre dei o máximo”.

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Lion
Lion
4 horas atrás

Por 30 anos? Não sabia que Nadal estava beirando os 50 anos. Nadal está aprendendo com os brasileiros a fazer “arredondamentos” numéricos espetaculares…

Rena
Rena
2 horas atrás
Responder para  Lion

Ele começou a jogar tênis com 4 anos espertão! ou seja, 34 anos para ser mais preciso de dedicação ao tênis.

Joselito
Joselito
3 horas atrás

Nadal e Federer em minha opinião apesar de ter ganho muita coisa, ainda fizeram pouco, tendo em vista o apoio massivo que recebia das arquibancadas.
Fala-se muito do mental do Nadal, mas foi raro a vez que teve torcida contra.
Seria como se seu time sempre jogasse em casa.

Federer eterno GOAT
Federer eterno GOAT
3 horas atrás

força mental? kkkkkkkkkk…. não passou de um grande freguês do GOAT na grama e quadras rápidas

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