Mídia internacional se declara a João Fonseca

Foto: Peter Staples/ATP Tour

A mídia internacional não costuma ser ufanista com relação a novos talentos no esporte, até mesmo pelo contrário. São exigentes e céticos. Mas no caso de João Fonseca o ambiente é diferente com impressionantes comentários e elogios ao jovem tenista brasileiro. Cumpre, ao meu ver, manter a euforia mas vale relatar o que está acontecendo no mundo do tênis.

Esses dias tenho sido muito procurado para as mais diversas informações sobre João Fonseca. Confesso que não sou o melhor indicado e peço para procurarem a Diana Gabanyi. Ela já esteve ao lado de Guga Kuerten por muito tempo e agora está com o tenista carioca, campeão do Next Gen, aos 18 anos.

Alguns aspectos importantes são destacados pela mídia internacional. Um dos mais enfáticos é relativo à sua idade e nesse ponto surgem as comparações com Jannik  Sinner e Carlos Alcaraz. Mas em entrevista após jogo, ainda em quadra, Fonseca soube sair de uma situação incômoda. Apenas respondeu que estava no “right track”, ou seja no caminho certo, sem fazer menção aos já consagrados tenistas, afinal poderia parecer presunçoso qualquer comentário.

Outro assunto é a “resillance” ou seja, a sua capacidade de sair de situações difíceis e enfrentar a pressão. Nessa semana, em Jeddah, mostrou por diversas vezes que não se desespera mesmo em um jogo com regras aflitivas com sets até 4, e deixa claro que vem crescendo muito rápido.

Também se falou do “playing style”, o seu estilo de jogo de golpes bem construídos de fundo de quadra. Nesse aspecto um comentarista afirmou que Fonseca tem uma versatilidade muito grande para usar a munheca, o punho, para impactar bem a bola. E talvez esse seja o segredo para ele impressionar pelo número de bem sucedidas paralelas, seja de direita, como de esquerda.

Agora uma unanimidade em que notei na mídia internacional é sobre o seu “bright future” com a certeza de que terá uma carreira de sucesso. E gostei muito do comentário do tenista argentino José Luiz ‘Batata”Clerc, ex-número 3 do mundo, e hoje comentarista de TV, em que ele definiu João Fonseca como “fora de série”.

Diante desse cenário muito legal, o surgimento de uma nova estrela no tênis brasileiro e com reconhecimento internacional. João Fonseca não só revela um jogo brilhante, como tem carisma e um preparo impressionante para alguém que tem apenas 18 anos. E isso é uma característica do tênis, faz o atleta crescer muito rápido.

22 Comentários
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Tadeu
Tadeu
27 dias atrás

Futuro 1 do mundo. Em 5 anos

Fabio
Fabio
27 dias atrás
Responder para  Tadeu

Espero que você esteja certo. Quem sabe até antes de 5 anos.

Matheus
Matheus
26 dias atrás
Responder para  Tadeu

O mesmo que fala isso é o que tá xingando quando dá algo errado

Nunes
Nunes
25 dias atrás
Responder para  Tadeu

Sem ser tendencioso e com os pés no chão, eu diria que tem jogo pra ser o número 1 em, no máximo, 3 anos!

Maurício Luís *
Maurício Luís *
21 dias atrás
Responder para  Nunes

Número 1 do mundo em no máximo 3 anos? Vá ter “pés no chão” assim lá na areia movediça!

Fukuha
Fukuha
27 dias atrás

Realmente estamos diante de um fenômeno, com golpes potentes dos dois lados, enfim o jogo sem buracos, isso mina a cabeça dos oponentes. Agora com o poder de defesa , consciência mental acima da média, enfim graças a Deus é brasileiro, valeu João Fonseca do Brasil…..

Luiz Evandro
Luiz Evandro
27 dias atrás

Excepcional a coluna, também acho que estamos vendo o surgimento de um grande tenista brasileiro, o melhor depois de Guga Kuerten.

Carlos
Carlos
27 dias atrás

O João desde muito cedo me impressionou e continua amadurecendo muito rápido.
Suas jogadas, mesmo diante das pressões, demonstram a tranquilidade de um vete-
rano. Isso é muito raro na sua pouca idade. Ele dará muitas alegrias ao Tênis brasileiro.

Guilherme Corrêa
Guilherme Corrêa
27 dias atrás

O melhor desse garoto parecer a cabeça no lugar. Tanto durante os jogos como fora das quadras.
E para ajudar…. tem carisma.
Ranking futuro é o de menos. O rapaz está construindo um belo caminho sendo q ainda tem 18 anos.
Haja estrada pela frente

Guilherme
Guilherme
27 dias atrás
Responder para  Guilherme Corrêa

Um talento!!!
Vamos ter um representante!!!
Ufa!!!

Luciano
Luciano
27 dias atrás

Com certeza irá conquistar muitos títulos. Tem muito talento pra quem ainda é tão jovem. Agora é torcer e aguardar!

Fernando
Fernando
26 dias atrás

Vamos devagar, garoto tem futuro mas primeiro tem que subir os degraus aos poucos. Primeiro ganhar um challenger, depois um ATP aí vamos ver. Garoto tem tênis para passar Thomas Belluci ex número 21 do mundo no ranking. Mas tem que ir com calma se não vai se transformar em um novo Marcelo Saliola.

daniel
daniel
26 dias atrás
Responder para  Fernando

Já ganhou um challenger (Lexington, EUA) em seu primeiro ano.

Cacio Luiz Crozariolo
Cacio Luiz Crozariolo
26 dias atrás
Responder para  Fernando

O Saliola era outro fenômeno quando jovem, acredito que mais promissor que o João na idade do Saliola quando surgiu, mas a maturidade do João é que o torna diferente. O Saliola não estava preparado (épocas diferente, não se tinha uma equipe como hoje em dia) para o sucesso que estava se apresentando. Acredito que com o Fonseca, temos um garoto que possa ter feitos maiores que o do Guga. Isso só o tempo dirá mas estamos feliz com esse surgimento.

Andre Bitar
Andre Bitar
23 dias atrás
Responder para  Cacio Luiz Crozariolo

Falar que Saliola era mais promissor do que o Fonseca é loucura. Não dá nem pra comparar, são universos paralelos que os separam.

NFdS
NFdS
25 dias atrás
Responder para  Fernando

Se não me engano, Saliola era tido como fenômeno já aos 16 anos! Porém, de fato, ele não tinha o entorno profissional que o João tem.
Mas é bom irmos com calma mesmo. Na final, se o Tien confirmasse o tie break, teve um set point, abriria 2-0 e poderia mudar a história do jogo. Muitos aqui estariam agora dizendo que o João era amarelão, mental fraco etc…
Vamos dar tempo ao tempo.

Roger
Roger
25 dias atrás
Responder para  NFdS

Isso poderia ter acontecido e o Tien poderia até ter ganho o jogo, falando olhando somente este jogo, tem que se considerar o Tien iniciou sendo mais agressivo e batendo mais forte, mas pelo que eu vi na final do US Open juvenil e na fase de grupos, este não é o estilo do Tien, porém ele já sabia que o jogo seguro dele perde para o jogo mais agressivo e pesado do Fonseca, não consigo ter certeza se o Tien não conseguiu manter a agressividade ou o que é mais provável o Fonseca conseguiu suportar e foi impondo o se u jogo.
Este talvez seja o principal evolução do João, pois quem viu o jogo dele contra o Molcan sabe que foi a falta de experiência que deu a vitória para o Molcan, pois nenhuma bola do Molcan machucava o João, mas o Molcan soube “sofrer” e deixou o João errar e ir perdendo pontos e oportunidades (entre os Tops o jogo é decidido entre aproveitar as oportunidades e fechar as oportunidades do adversário)

Astério Silva
Astério Silva
23 dias atrás
Responder para  NFdS

Perfeito. Mal sabem eles que uma carreira não se define em um jogo. Bora Fonseca, Wild, Bia, Monteiro !!

Carlos Alberto
Carlos Alberto
26 dias atrás

Espero que continue nessa trilha, procurando evoluir, sem queimar etapas, que os resultados já estão começando aparecer.

Nerilton Antonio do Amaral
Nerilton Antonio do Amaral
26 dias atrás

Realmente ele é muito bom, não me lembro de ter visto jogador tão brilhante!

André Aguiar
André Aguiar
25 dias atrás

O fato de ter sido o único torneio disputado na semana (e o último da temporada), ajudou a atrair toda a atenção da mídia internacional. O João não poderia ter escolhido melhor hora para brilhar.

Robson Schmidt
Robson Schmidt
25 dias atrás

João vai fazer o brasileiro médio acompanhar o tênis novamente, o pia evoluiu demais este ano.

Jornalista especializado em tênis, com larga participação em diversos órgãos de divulgação, como TV Globo, SporTV, Grupo Bandeirantes de Comunicações e o jornal Estado de S. Paulo. Revela sua experiência com histórias de bastidores dos principais torneios mundiais. Já cobriu mais de 70 Grand Slams: 30 em Roland Garros; 21, no US Open; 18 em Wimbledon; e 5 no Australian Open.
Jornalista especializado em tênis, com larga participação em diversos órgãos de divulgação, como TV Globo, SporTV, Grupo Bandeirantes de Comunicações e o jornal Estado de S. Paulo. Revela sua experiência com histórias de bastidores dos principais torneios mundiais. Já cobriu mais de 70 Grand Slams: 30 em Roland Garros; 21, no US Open; 18 em Wimbledon; e 5 no Australian Open.
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