Mesmo frustrada, Gauff vê saldo positivo após vices em Madri e Roma

Foto: Internazionali BNL d'Italia

Roma (Itália) – Superada na final do WTA 1000 de Roma por Jasmine Paolini neste sábado, a norte-americana Coco Gauff reconheceu a superioridade da rival, mas também avaliou com equilíbrio sua campanha no saibro italiano. Na coletiva de imprensa, ela se mostrou frustrada com o desempenho abaixo do esperado na derrota por 6/4 e 6/2, mas celebrou a consistência ao alcançar duas finais consecutivas no circuito.

“Com certeza estou orgulhosa dos dois resultados, mas também desapontada. É um sentimento agridoce. A Jasmine jogou um tênis excelente hoje. Infelizmente, senti que não trouxe o meu melhor, e eu sabia que precisaria disso hoje”, afirmou a número 3 do mundo, que ganhará uma posição no ranking com a atualização da próxima semana, voltando ao segundo lugar.

No decisão em Roma, Gauff teve dificuldades desde os primeiros games e terminou a partida com números muito abaixo da média. Cometeu sete duplas faltas, teve aproveitamento de apenas 53% no primeiro saque e somou 55 erros não forçados em 1h29 de jogo. Questionada sobre esses dados, a jovem de 21 anos admitiu preocupação, especialmente com o serviço.

“Com as duplas faltas, é algo que sei que preciso melhorar. Se quiser chegar ao próximo nível, definitivamente preciso resolver isso. Já os erros não forçados, hoje eu estava tentando ser mais agressiva, porque sentia que, se fosse passiva, ela me faria correr a quadra inteira”, explicou a tenista, que na semifinal contra Qinwen Zheng já havia cometido 15 duplas faltas de 84 erros não forçados.

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Finalista também em Madri há duas semanas, quando foi superada por Aryna Sabalenka, Gauff projeta o bom desempenho nas últimas semanas como um combustível para Roland Garros, onde já foi finalista em 2022. “Perdi para duas adversárias de qualidade, Aryna em Madri e Jasmine aqui. Cheguei à final mesmo cometendo erros e talvez sem jogar meu melhor tênis. Isso me dá confiança de que, se encontrar minha melhor forma, posso ir bem em Paris”, completou.

Apesar do desempenho irregular, Coco demonstrou maturidade ao reconhecer os méritos da adversária. Paolini, além de manter uma postura agressiva e sólida ao longo do jogo, teve aproveitamento superior em todos os fundamentos. “Ela jogou para vencer hoje e mereceu a vitória. Forçou o meu jogo, me colocou na defensiva. Não é para tirar o mérito da minha adversária”, pontuou a norte-americana.

O ambiente favorável à italiana na Quadra Central do Foro Italico, com casa cheia e pressão do público, também não foi um fator determinante, segundo Gauff. “A torcida foi respeitosa comigo. Eu já esperava esse clima, já tinha enfrentado algo semelhante no ano passado. Sabia que ela teria o apoio da casa, mas isso não influenciou meu desempenho.”

Mesmo sem títulos individuais em 2025 até aqui, a jovem de 21 anos tem mostrado constância no alto nível do circuito. Além das duas finais recentes, Gauff foi campeã da United Cup com os Estados Unidos em janeiro. A expectativa agora é por uma nova tentativa de conquistar o tão sonhado Grand Slam no saibro francês. “Ainda é cedo, mas me sinto motivada. Tenho muito o que melhorar, e Paris será mais uma oportunidade de mostrar do que sou capaz”, finalizou.

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