Mboko salva match-point e faz história com a final em casa

Victoria Mboko (Foto: Pascal Ratthe/Tennis Canada)

Toronto (Canadá) – Convidada para a disputa do WTA 1000 de Montréal, Victoria Mboko segue fazendo história em sua primeira participação no torneio e garantiu seu lugar na final depois de vencer Elena Rybakina, número 12 do mundo, por 1/6, 7/5 e 7/6 (7-4) em 2h46 de partida. A jovem canadense de 18 anos e 88ª do ranking salvou um match-point, depois que a cazaque sacou duas vezes para o jogo.

Mboko se torna apenas a quarta jogadora canadense a disputar a final de Montréal. A mais recente foi Bianca Andreescu, campeã em 2019. Outra tenista da casa a conquistar o título foi Faye Urban em 1969, vencendo a compatriota Vicky Berner na decisão. Ela também é finalista mais jovem do torneio desde 2015, ano em que Belinda Bencic foi campeã também aos 18 anos.

A vitória diante de Rybakina também serve de revanche para Mboko, que havia perdido de Rybakina há duas semanas em Washington. Ao longo da grande semana em Montréal, a canadense também eliminou Coco Gauff, número 2 do mundo. A adversária na final desta quinta-feira às 19h (de Brasília) virá da partida entre a japonesa Naomi Osaka e a dinamarquesa Clara Tauson. Com o resultado, também terá o melhor ranking da carreira, provisoriamente chegando ao 34º lugar.

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A vaga na final em Montréal também tem impacto no chaveamento do WTA 1000 de Cincinnati. Mboko, que originalmente disputaria o quali, conseguiu não apenas um special exempt na chave principal como também um Bye de performance na primeira rodada e entrará diretamente na segunda fase do torneio. Com isso enfrentará a russa Diana Shnaider.

Já a cazaque de 26 anos e vencedora de dois WTA 1000, em Indian Wells e Roma no ano de 2023, tinha a chance de voltar ao top 10 em caso de vitória nesta quarta-feira. Ela poderia ir até o nono lugar em caso de título e buscava a 21ª final da carreira.

Depois de um início instável para as sacadoras, com três quebras seguidas, Rybakina passou a confirmar seus serviços de forma mais tranquila e seguiu pressionando a canadense, vencendo os últimos quatro games do primeiro set. A cazaque enfrentou apenas um break-point na parcial, conseguiu três quebras e liderou a contagem de winners por 5 a 4.

Apesar da desvatangem no placar, Mboko começou melhor no segundo set e conseguiu uma quebra para abrir 3/0. A canadense cedeu o empate, mas recuperou a vantagem no oitavo game, bastante empurrada pela torcida e mostrando um jogo de mais paciência nos ralis de fundo.

Quando liderava por 5/3, Mboko teve o serviço novamente quebrado e Rybakina igualou a disputa. Mas a canadense seguia incomodando bastante a rival com bolas mais profundas, especialmente nas devoluções de saque, e conseguiu mais uma quebra no fim da parcial. O set teve 55 minutos, com 11 a 10 em winners para Mboko e 25 erros não-forçados da cazaque.

O terceiro set começou com games longos e Rybakina prevalecia nos pontos mais importantes. Depois de três break-points, a cazaque conseguiu a quebra e fez 4/2. No game seguinte, precisou de 10 minutos e meio para confirmar o serviço, escapando de duas chances de quebra com bons primeiros serviços em quadra. O jogo parecia se encaminhar para uma classificação da cazaque, que sacou duas vezes para o jogo e teve um match-point quando vencia por 5/4, mas cometeu erros em momentos importantes e possibilitou à canadense forçar o tiebreak e consolidar a virada. O jogo teve 13 quebras de serviço, 7 a 6 para Rybakina e com 23 break-points disputados.

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JClaudio
JClaudio
2 horas atrás

O desabrochar de uma estrela…

Flávio
Flávio
2 horas atrás

Parabéns para a jovem canadense que se evoluir tecnicamente terá futuro e tomara que isso aconteça, sobre a Ribakina mostrou mais uma vez o seu mental fraco, oscilante e errático demostrado durante todo ano, pois tinha o terceiro set na mão mas aí foi a mesma Ribakina do ano com seus altos e baixos, aliás, mais baixo do que altos, por isso que eu dizia aqui que dificilmente terminaria como top 5 e alguns aqui duvidaram taí o resultado, pois com este mental em frangalho dificilmente termina como top 5 ,que na verdade por justiça ela não merece nem ser top 10 pelo que produziu este ano, agora se voltar ao top 5 ainda em 2025 vai comprovar o nível baixo que o tênis feminino passa porque pela soma de erros dela, digamos por culpa dela mesma o dispensar o craque Ivanesevic, não merece tirar os lugares que hoje pertencem por justiça que são: Iga, Sabalenka, Andreeva, Pegula e Gauff.

Gabriel Sant'Ana
Gabriel Sant'Ana
2 horas atrás

Surreal o nível!! Essa menina ai é nível Andreeva pra cima! Bola pra ganhar muitos slams e ser número 1!

Flávio
Flávio
44 minutos atrás
Responder para  Gabriel Sant'Ana

Calma cara, então não se aflite porque ela é um talento como é a Andreeva, mas vejo que a Andreeva é muito, muito, muito mais jogadora que a canadense só que ela peca pela imaturidade, por isso pode atrasar um pouco o seu processo evolução por causa disso, ambas têm apenas 18 anos que ainda vão oscilar porque é normal para a idade delas. Agora a final vai ser Osaka e Mboko, mas é uma pena porque pelo que estava jogando a Tausen merecia ir à final só que cometeu erros no tie break no match point que assim não conseguiu controlar os nervos e a Osaka, que só tem jogo reativo e mais nada, conseguiu se superar, acho que por ter ganho o primeiro set se sentiu mais confiante. A final, a meu ver, é sem favorita porque o tênis feminino atual não permite apostar nisso a não ser que fossem o trio (Iga, Sabalenka eGauff) na disputa, então como esse trio não estão aí, então vejo em aberto esta final.

Vivi
Vivi
2 horas atrás

Fiquei bem feliz com o resultado. Já havia comentado aqui que a menina parece não sentir a pressão. Se recuperou de um primeiro set ruim, levou para o terceiro set e faturou a vitória. Já entrou pra história!
Agora a Rybakina tem parado sempre nas semis ou é impressão minha? Parece que falta um algo mais pra matar o jogo. Uma pena, pq tbm gosto muito do estilo de jogo dela!

Flávio
Flávio
42 minutos atrás
Responder para  Vivi

O problema da Ribakina é o seu mental atual que esta em frangalho devido a uma somatória de erros ou problemas neste ano e sua oscilação em demasia comprova isso.

Gustavo
Gustavo
12 minutos atrás
Responder para  Flávio

Seu saque não parece o mesmo já tem um tempo, era uma das suas armas, sua bola machucava mais antes e seu mental realmente não é o mesmo também

Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
10 minutos atrás

Parabéns para a menina Victoria Mboko. Teve frieza pra enfrentar uma boa adversária como a Rybakina, saiu atrás no placar e conseguiu se recuperar. Tem tudo pra evoluir e se colocar entre as melhores. Isso é muito bom para o tênis feminino. Vai enfrentar a Naomi Osaka na final, que é uma jogadora de grande qualidade e deve estar ansiosa pra ganhar o título deste WTA 1000 canadense, para retomar a boa fase que já teve antes de se tornar mãe. Será uma final de quase 9 anos de diferença entre as jogadoras. Vou ficar neutro na torcida. Que vença a melhor.

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