Newport (EUA) – Maior dupla da história, os gêmeos norte-americanos Bob e Mike Bryan entraram para o Hall da Fama do Tênis Internacional no último sábado, na cerimônia de apresentação de novos membros, junto com a russa Maria Sharapova. Jogando juntos por mais de 20 anos, os irmãos Bryan conquistaram 16 títulos de Grand Slam, com 119 títulos de ATP e 438 semanas na liderança do ranking. Eles também foram medalhistas de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, bronze em Pequim em 2008 e campeões da Copa Davis em 2007.
Apresentados por seu treinador, o australiano David Macpherson, que os acompanhou por mais de uma década, os irmãos foram comparados aos “marinheiros do tênis”, em alusão à disciplina e ao comprometimento com o treino intenso. Na cerimônia, os gêmeos fizeram um discurso emocionado de agradecimento a treinadores, equipes e familiares, destacando o quanto sempre buscaram retribuir ao esporte que tanto lhes deu. Antes de saírem do palco, eles reproduziram o famoso “chest bump”, comemoração característica nas vitórias da dupla.
“Bob e eu estamos com um enorme sentimento de gratidão e admiração. Parece até que tudo isso é um grande sonho”, disse Mike Bryan, que tem dois Slam a mais, Wimbledon e US Open em 2018 ao lado de Jack Sock, no período em que o irmão estava afastado por lesão e cirurgia no quadril. “No tênis, ninguém chega lá sozinho. Por trás de cada jogador de sucesso existe uma verdadeira comunidade, e tivemos a sorte de contar com pessoas extraordinárias”.
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Já o canhoto Bob Bryan ressaltou a importância da parceria com o irmão dentro e fora das quadras. “Durante a maior parte da minha carreira, eu tinha o número 1 do mundo morando do outro lado do corredor. Sempre que eu ficava com preguiça, o Mike me tirava do sofá e me levava para a quadra. Mantivemos o nível alto por muito tempo”, comentou. “Nem sempre foi fácil, mas nós sempre tivemos um ao outro. Isso tornou as vitórias ainda mais doces e as derrotas muito mais fáceis de suportar”.
Sempre jogaram em quadras principais.
Fizeram por merecer. Tem alguns que reclamam do certo ostracismo das duplas atuais que são relegadas às quadras menores. Motivo: se apequenaram, então, não dá para debitar a quem faz a programação dos eventos a pouca relevância dos atuais especialistas em duplas.
Entrosamento total. Alguém sabe se existiu outra dupla de irmãos campeã de slam?
Conheço apenas no feminino, com as irmãs Willians.