Leo Azevedo: “Rafa levou Bia ao top 10. Não há razão para mudar”

Leo Azevedo, Luísa Stefani, Bia Haddad Maia e Rafael Paciaroni (Foto: Rede Tênis Brasil)

por Mário Sérgio Cruz, de São Paulo

Na semana que o Brasil recebe a Alemanha pela Billie Jean King Cup, treinador Leo Azevedo avalia as chances da equipe nacional no confronto que será disputado no Ginásio do Ibirapuera. Ele cita que o Brasil conseguiu formar sua equipe mais competitiva, o que reforça o bom momento do tênis feminino no país. Mas também destaca a força do time alemão, liderado pela ex-número 1 do mundo Angelique Kerber.

“É um confronto duríssimo e jogar em casa ajuda muito. Mas eu confio que o Brasil possa passar pela Alemanha”, disse Leo Azevedo a TenisBrasil, durante o Roland Garros Junior Series, em São Paulo. “Sobre o momento do tênis feminino no Brasil, como grupo, a gente nunca teve nada igual e isso reflete também nas juvenis”.

O treinador, que é um dos mais experientes do país, também falou sobre o trabalho de Bia Haddad Maia com o técnico Rafael Paciaroni. E apesar das oscilações recentes nos resultados da número 1 do país e 13 do mundo, Azevedo não vê motivo para mudanças na equipe ou críticas exageradas. “É difícil se meter entre as 10 e ficar. E quando o pessoal fala que ela tá mal, ela tá 13 do mundo. Então eu vejo isso com um pouco de normalidade. Rafa é um belo treinador e a levou até o melhor ranking dela. Vendo de fora, é um ótimo trabalho. E não vejo razão para nenhuma sangria. Vai ter torneios em que a Bia vai jogar melhor, em outros um pouco abaixo. Acontece com todo mundo. E no tênis feminino tem mais ainda”, avaliou.

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Atualmente, Leo atua como head coach do time Rede Tênis Brasil, acompanhando de perto o desenvolvimento de jogadores juvenis, como Nauhany Silva, Pietra Rívoli, Luis Augusto Miguel e Pedro Chabalgoity. Ele carrega a experiência de ter atuado nos processos de formação da Associação de Tênis dos Estados Unidos (USTA) e também na Federação Britânica (LTA) e em academias espanholas, como a de Juan Carlos Ferrero. Ele também contou sobre a experiência de ter sido técnico de Luísa Stefani, fez sua avaliação sobre o momento de João Fonseca e falou sobre como tenta fomentar o hábito de leitura entre os jovens jogadores com quem trabalha.

Confira a entrevista com Leo Azevedo.

Em primeiro lugar, gostaria de uma avaliação sua para o confronto entre Brasil e Alemanha na Billie Jean King Cup. Elas já jogaram duas vezes contra as alemãs, em 2020 e no ano passado. Quais são suas perspectivas para o confronto e sobre o momento do tênis feminino no Brasil?
Sobre o momento do tênis feminino no Brasil, como grupo, a gente nunca teve nada igual. Tivemos a Maria Esther, muitos anos atrás, mas agora temos ao mesmo tempo uma jogadora do nível da Bia em simples, da Luísa nas duplas, uma ex-top 100 e próxima de voltar, como a Laura. E a Ingrid também está jogando bem na dupla. Então, a gente nunca teve um momento tão bom e isso reflete também nas juvenis. A gente tem a Pietra, Victória, Naná, Carol Bohrer, então estamos com uma ‘escadinha’ muito legal.

Acho o confronto dificílimo. Kerber vem jogar, Siegemund é uma das melhores jogadoras de duplas. Ano passado, jogou a Niemeier, que ganhou da Bia. A Tatjana Maria também costuma vir. É um confronto duríssimo e jogar em casa ajuda muito. Mas eu confio que o Brasil possa passar pela Alemanha.

Você treinou a Luísa por algumas temporadas. Ela é uma jogadora especialista em duplas. Já havia tido essa experiência antes na carreira e no que isso difere de treinar jogadores de simples ou uma equipe?
Foi a primeira vez que eu treinei uma especialista em duplas. Mas quando ela me procurou, uma das ideias era voltar a jogar simples. A minha visão é que o jogador sempre tem que melhorar, não importa em qual circuito. Eu usava muitas das coisas que eu treinava em simples. Se o jogador devolve bem saque, vai ser um bom devolvedor em simples ou duplas. Se sacar bem ou tiver uma boa primeira bola, também. Então usava muito esse aproach com ela. E para as duplas, usava coisas mais táticas. Esse foi o approach que tive com ela e foi uma experiência bem enriquecedora.

A decisão de focar mais na equipe do RTB tem a ver com a quantidade de viagens e de estar mais tempo com a família e com o time que você treina?
A justificativa que a Luísa me deu foi que ela precisava de alguém que ficasse mais tempo com ela e eu não podia porque o meu trabalho principal era no RTB com os infanto-juvenis, e ela sabia disso desde o começo. O foco principal é com eles. O número de semanas que eu tinha combinado com a Luísa era um que a gente achava possível. Mais que isso, iria comprometer a atenção que dou para os juvenis.

E você passou por muitas escolas de tênis, com a USTA, a Federação Britânica e academias na Espanha. O que conseguiu colher desses trabalhos e sente que é possível implantar para esses juvenis? Por exemplo. Lembro de uma entrevista que fizemos num Banana Bowl quando se falava em implementar a cultura do saibro para os americanos.
Boa pergunta… Mas acho que no final, é parecido com que falamos na dupla. Tudo é tênis. Para mim, um dos grandes desafios do Brasil é a falta de uma cultura tenística. Não é tão forte aqui como em outros lugares. O que acho importante aqui: Tentar colocar os melhores juvenis para treinar juntos, fazer com que eles se encontrem algumas vezes por ano: O Tiafoe morava em Washington, o Fritz morava na Califórnia, o Tommy Paul e o Opelka moravam na Flórida, mas cinco ou seis vezes por ano eles estavam juntos. Um vai puxando o outro. Nesse torneio, temos duas de São Paulo, um de Brasília e um de Porto Alegre e a gente tenta ficar junto o tempo todo. Criar essa união.

Em segundo lugar, tento passar para esses juvenis que o momento é importante até a página 2. O que a gente tem que fazer é prepará-los pensando lá na frente. A gente tem que olhar para o jogador e pensar como a gente imagina a Nauhany ou a Pietra daqui a três, quatro ou cinco anos. Ter uma visão maior e de longo prazo. A gente sabe que no Brasil, que tem uma cultura mais futebolística, é difícil. As pessoas são resultadistas, mas é preciso ter visão de longo prazo. O projeto tem que mostrar: “Daqui a um ano, a gente quer estar aqui. Daqui a três, estar aqui”. E os jogadores têm que saber que estão dentro de um plano.

Ainda falando em projeto de longo prazo, como você vê o momento da Bia? A gente tem visto muita cobrança sobre mudança na equipe ou trazer mais uma pessoa. Mas o Rafa [Paciaroni] é o técnico que a levou a ser 10 do mundo. Como você veria um projeto de longo prazo para ela?
Acho que o momento dela faz parte do circuito. No feminino, você tira a Iga e talvez a Sabalenka. E no masculino, tira o Sinner e o Alcaraz, que mesmo ele teve alguns altos e baixos. E antes tirava Federer, Nadal e Djokovic… É difícil se meter entre as 10 e ficar. E quando o pessoal fala que ela tá mal, ela está 13 do mundo. Então eu vejo isso com um pouco de normalidade. Talvez ela pudesse fazer diferente em alguns jogos, mas ela também já virou muitos jogos que poderiam ir para o outro lado. Tudo o que está acontecendo agora é normal.

Sobre a equipe, eu não tô lá dentro. Mas o Rafa é um belo treinador e a levou até o melhor ranking dela. Vendo de fora, para mim é um ótimo trabalho. E não vejo razão para nenhuma sangria. De novo, ela é 13 do mundo. Vai ter torneios em que vai jogar melhor, em outros um pouco abaixo. Acontece com todo mundo. E no tênis feminino tem mais ainda. Olha a Sakkari, por exemplo. Estava muito mal. E de repente, chega numa final de Indian Wells. Deu uma declaração de que há um ano que a bola não passava por cima da rede… Acho a Bia uma baita jogadora e o Rafa um baita treinador. Se teria que trazer mais alguém, eu acho que não. Mas depende deles.

E quanto ao desenvolvimento do João Fonseca? Não sei o quanto você tiveram de convivência, mas como você vê o momento dele no circuito?
Eu não conheci o João pessoalmente ainda. Estava fora do Brasil quando ele começou a se meter. Mas do que eu vi jogar, gosto muito. Não gosto de colocar pressão sobre essa molecada mais nova, mas acho que ele joga muito bem. Tem um tênis moderno, que eu gosto, não tem muito medo. Ao mesmo tempo, parece um menino super legal. A gente torce por essas pessoas porque parecem que vão fazer bem para o tênis brasileiro. As pessoas gostam de torcer para ele. E fora isso, ele tem um tênis gostoso de assistir. Tem tudo para ser um belíssimo jogador.

Uma última pergunta, que sai um pouquinho do tênis, mas nem tanto: Eu vejo nas suas redes sociais um envolvimento muito grande com a literatura, com os livros. O quanto você passa isso também para os jogadores que você treina? Você consegue cultivar um pouquinho esse hábito, que tão difícil na idade deles?
Eu sempre tentei passar, em todos os lugares que trabalhei. E não é do Brasil. São os tempos. Está cada vez mais difícil. Se você for lá fora, todos os jogadores estão com o celular na mão. E está roubando cada vez mais tempo deles. Hoje a Naná veio no carro com um livro. Era da escola, mas estava lendo. Eu sempre fomento. Não é fácil, mas eu tento. A Teliana sabe e está de prova. Quando ela chegou para treinar na Espanha, dei um livro pra ela. Para mim, uma das poucas ferramentas que te faz parar e viver aquele tempo, é a leitura. Você não pode acelerar 30 páginas de uma vez. Você escuta um áudio, pode acelerar 2x. Na leitura, não. Você tem que parar e ler.

28 Comentários
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Marcelo Ikeda
Marcelo Ikeda
7 meses atrás

Ótima entrevista! Obrigado!!!

Paulo A.
Paulo A.
7 meses atrás
Responder para  Marcelo Ikeda

Admirável não só o trabalho mas também a proposta de vida do Léo. Sorte a do Brasil que ele tenha voltado para trabalhar aqui. Já está fazendo a diferença.

Blumenau
Blumenau
7 meses atrás
Responder para  Marcelo Ikeda

Tudo bem que conseguiu levar ao Top 10 (por uma semana apenas), mas se quiser permanecer ou evoluir, não vai ter jeito, terá que trocar toda a comissão técnica e admitir um técnico exclusivo para saque. Ou então permanecer com este técnico e ficar ali pelo Top 30 ou 50. De repente isto já baste para ela. Veremos!

Fernando S P
Fernando S P
7 meses atrás
Responder para  Marcelo Ikeda

Agree.

Rodrigo
Rodrigo
7 meses atrás

Ela vai continuar então com a mesma visão e o jogo. Olhar p técnico, sorrir e falar vamos, vamos.
Espero que a fase mude, mais se continuar do jeito que tá, é necessário mudar, principalmente o saque que não coloca medo em ngm.

Última edição 7 meses atrás by Rodrigo
Refaelov
Refaelov
7 meses atrás
Responder para  Rodrigo

Engraçado ele usar o exemplo da Sakkari(q justamente melhorou a olhos vistos após a troca de treinador) para justificar q a Bia n faça mudanças no seu time..

Andre Borges
Andre Borges
7 meses atrás
Responder para  Rodrigo

Léo Azevedo acaba de dar uma entrevista dizendo que acha que não tem que trocar, mas ele está falando …., o Rodrigo é que está certo.

Oscar
Oscar
7 meses atrás

Acompanho tenis ha bastante tempo… lembro que a Bia infantil/juvenil ja noticiavam e comentavam que seria a grande jogadora brasileira que se tornou. Algo como o que se fala do Fonseca hoje…
Independente de tecnico, ela ia chegar longe, isso era claro pra quem acompanha o tenis brasileiro há muitos anos
Estava chegando no mesmo patamar de hoje com outro tecnico, mas foi suspensa e teve um atraso na caminhada.
É tempo de mudanças.

Blumenau
Blumenau
7 meses atrás
Responder para  Oscar

Já até passou da hora. Troca de técnico, Bia, pelo amor de Deus.

Veronica
Veronica
7 meses atrás

corporativismo.

Blumenau
Blumenau
7 meses atrás
Responder para  Veronica

Pode ser, mas dizem à boca pequena que a relação entre o técnico e a jogadora evoluiu para alguma coisa a mais, quem sabe namorido. Daí a resistência à mudança.

Luiz
Luiz
7 meses atrás
Responder para  Blumenau

Blumenau, um gênio do tênis, só faltou mandar o link do CV para vaga no time da Bia. E tbm fofoqueiro. Passa impressão q quer ajudar … mas daí fica claro q não. Só mais um mala.

Paulo
Paulo
7 meses atrás
Responder para  Veronica

Isso mesmo

O realista
O realista
7 meses atrás

Um técnico brasileiro vai falar bem do outro, isso é óbvio
Uma coisa é a Bia chegar ao top 10, outra coisa seria levar a Pig ou Carol ao top 40 que seja.

Blumenau
Blumenau
7 meses atrás
Responder para  O realista

Aí você tá querendo muito, tá forçando a amizade. Eu sei que milagres existem, mas até hoje não presenciei nenhum!

André Santana
André Santana
7 meses atrás

Acredito que Bia precisa urgentemente de ajuste, tem algo muito errado com seu jogo. Superar a estreia é cair no jogo seguinte não é normal. Bia tem um bom saque, joga muito tênis, melhor do que a maioria das tenistas do circuito, acredito que precisa de algum ajuste, algo novo ou coisa desse tipo.

Tiago PW
Tiago PW
7 meses atrás

Parabéns pela entrevista.

O Leo tem razão. A Bia chegou onde está com o excelente trabalho do Rafa.

Quem leu a entrevista do Rafa aqui para o Tenisbrasil (acho q foi no ano passado) percebe q ele possui o conhecimento profissional adequado para continuar ao lado da Bia.

Se esta situação da Bia continuar ao longo de mais meses, talvez seja um indicativo de mudanças, mas não vejo isso agora.

O realista
O realista
7 meses atrás
Responder para  Tiago PW

Conhecimento teórico é bom, mas mais importante é ter experiência de quadra como jogador e como técnico. E isso faz falta, temos visto a Bia frequentemente com uma postura de que está perdida no jogo.

Tiago PW
Tiago PW
7 meses atrás
Responder para  O realista

Perdão, mas não há a mínima necessidade ter sido jogador para ser um bom técnico.

O Rafa está mostrando q ele é muito bem preparado e não por acaso ajudou a Bia a chegar no top10.

Continuo torcendo q ela consiga uma maior estabilidade emocional e possa jogar mais relaxada para poder extrair todo o seu potencial nos jogos.

Fernando Venezian
Fernando Venezian
7 meses atrás

Concordo com ele! A Beatriz tá longe de ser um fenômeno, é uma trabalhadora! E o Pacciaroni levou essa trabalhadora pro top 15! A crítica cobra dela coisas que ela ainda não pode oferecer. Talvez ela possa oferecer num futuro próximo

Blumenau
Blumenau
7 meses atrás
Responder para  Fernando Venezian

Ou não!

Blumenau
Blumenau
7 meses atrás

O que observamos nos jogos da Bia é que ela está totalmente dependente do técnico, até o saque quem decide onde ela deve sacar é ele. Ela perdeu a alegria de jogar, de disputar até o limite e o que vemos é a sua frustração e choro por se sentir impotente perdendo. Até para juvenil ela já perdeu e tomou pneu após perder o 2º set de um jogo que estava na mão (Paolini). Isto é insegurança, mental fraco ou não trabalhado. Infelizmente não vemos outra saída para este impasse que não passe pela mudança de técnico e comissão técnica. Falta um profissional para acertar este saque dela que não machuca ninguém, pois sacar a 60 MPH (100KMH) é entregar o ponto. Já dizia meu professor na década de 80: “Primeiro serviço em quadra é meio ponto ganho!”. Ultimamente notamos que ela tem estado impaciente, querendo terminar logo o jogo pra sair de quadra, então acreditamos que esteja de “saco cheio” de jogar e viajar, pois ela mesmo declarou que está cansada e pretende ser mãe. É inegável que é atualmente a melhor jogadora do Brasil e a ela devemos nossos aplausos e torcida, mas também queremos que se recupere e volte a vencer, ou deixará milhões de órfãos tristes. Bora Bia! Vai Bia vai!

Marcos Vinicius de Oliveira
Marcos Vinicius de Oliveira
7 meses atrás

Observações sensatas e ótimos conselhos. Excelente entrevista!

Vanessa
Vanessa
7 meses atrás

Na minha opinião a questão da Bia é mental. Trocou e incluiu novos patrocinadores nos últimos meses e começou a se cobrar muito por resultados, mas as frustrações estão prejudicando suas performances. Ela já disse que não se trata de algo físico, portanto, entendo que ela pode melhorar técnicas do seu jogo, sim. Contudo, o principal problema ali é o mental. Assim como foi com a Sabalenka quando depois do falecimento do seu pai, há alguns anos atrás, começou a se cobrar demais para ganhar o primeiro Grand Slam pela promessa e sonho que ambos tinham e não entrava um saque na quadra…

O realista
O realista
7 meses atrás
Responder para  Vanessa

Não sei se considero um problema de mental. Talvez esse seja o limite dela.
Se olharmos os últimos anos que ela chegou nesse patamar, ela faz ums 2 a 3 bons torneios no ano que servem de base pro ranking, e o resto do ano é assim com muito sofrimento.

Vanessa
Vanessa
7 meses atrás
Responder para  O realista

Não existe esse papo de limite em um esporte competitivo, existe sim a superação de barreiras. A Bia já venceu a número 1 do ranking, já chegou longe em diversos campeonatos importantes e tem total capacidade de ir mais longe. Precisa acreditar nisso e focar. Estar receptiva as mudanças do estilo de jogo, mentalidade e estratégia. Ela pode ter os melhores técnicos do mundo, mas se não estiver com o mental em dia não irá absorver nada e muito menos mudar algo no seu jogo.

Victório Benatti
Victório Benatti
7 meses atrás

Rafael treinou a Bia até ela chegar ao 10° lugar no ranking.
Das duas uma: ou ele não tem capacidade para manter ou fazê-la avançar do top 10, ou ela não tem talento para isso
Minha opinião: trocar de técnico

GUSTAVO BELOFARDI
GUSTAVO BELOFARDI
7 meses atrás

BIA TA “VOANDO” ESSE ANO

TEMPORADA PRA ELA AINDA NÃO COMEÇOU E JÁ ESTAMOS EM ABRIL.

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