Inspirada por Djokovic, Azarenka tenta mudar seu jogo

Foto: Jimmie48/WTA

Dubai (Emirados Árabes) – Depois de chegar às quartas de final em Doha e de vencer a estreia no WTA 1000 de Dubai, Victoria Azarenka falou ao WTA Insider. Ex-número 1 do mundo, a bielorrussa é comprometida com o trabalho, persistente, e essas qualidades a levaram a dois títulos do Aberto da Austrália e 21 títulos na carreira. Mas aos 34 anos e classificada em 27º lugar, Azarenka está pronta para “abraçar o desconhecido”.

“Quando você tem sucesso, você se torna bastante conservadora”, disse a bielorrussa. “É algo em que você provavelmente confia, que você aprendeu, uma coisa que funcionou. E então as coisas mudam. A fisicalidade do esporte mudou – bolas, superfícies, tenistas e estilos de jogo mudaram”, explicou Azarenka, que enfrenta a número 4 do mundo Elena Rybakina nesta terça-feira às 8h.

“É preciso ter mente aberta e compreender que provavelmente pode vencer 90% das jogadoras que praticam seu mesmo tipo de jogo, com base no que que aprendeu e na experiência. Mas há essas 10% são justamente as jogadoras que estão chegando às fases finais dos torneios. O que preciso fazer para vencê-las? Acho que isso é algo que tento entender e destruir essas paredes desse conservadorismo e do que sei e no que sou realmente boa. Outra é poder ir e ousar”, pontou a ex-líder do ranking.

Wim Fissette certa vez descreveu Azarenka como a jogadora mais analítica que já treinou. Ela disse que ultimamente tem percebido as dicas de Novak Djokovic, o número 1 da ATP. “Não tenho certeza de quantas pessoas realmente veem as mudanças que ele fez, até mesmo tecnicamente, em seu saque e em alguns movimentos do jogo. É bastante impressionante”.

“Sinto que adotei uma boa mentalidade na forma como trabalhar as coisas. Acho que é uma abordagem melhor neste ano. Sinto que tenho conseguido fazer isso muito bem até agora. Mas definitivamente quero limpar algumas coisas, ter certeza de que, quando jogar grandes partidas, seja capaz de converter algumas dessas oportunidades que crio.”

Em caso de vitória sobre Rybakina, a bielorrussa conseguirá sua primeira vitória contra uma top 5 em mais de um ano, desde que superou Jessica Pegula no Australian Open. “Às vezes, quando você joga essas grandes partidas, aumenta a expectativa de que será algo incrível”, comentou. “Para mim foi muito importante jogar contra Iga [Swiatek] em Doha. Gostaria de estar um pouco mais preparada fisicamente, mas entendo como posso enfrentá-la. Em uma partida contra Aryna [Sabalenka] ou partida contra a Elena, sempre tenho chances. Para mim, o importante é ser capaz de encontrar as escolhas certas ou melhores nesses momentos. Mas com certeza, vou tentar o meu melhor para descobrir essas coisas. É um grande desafio. Estou sempre ansiosa por isso. O desafio me entusiasma”.

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