Melbourne (Austrália) – Vinda de três vitórias bastante seguras nas primeiras rodadas do Australian Open, Iga Swiatek ainda não perdeu sets na competição e cedeu apenas dez games no torneio. Acostumada a vencer suas partidas de forma bastante dominante nos últimos anos, a polonesa explica que trabalha mentalmente para evitar qualquer perda de foco, que pode ser crucial no tênis de alto nível.
“Eu apenas tento ter o mesmo tipo de atitude e o mesmo tipo de foco, não importa qual seja o placar”, disse Swiatek, depois de vencer a britânica Emma Raducanu por 6/1 e 6/0 neste sábado, em partida com apenas 1h10 de duração. Sua próxima adversária é a alemã Eva Lys, que entrou na chave como lucky-loser e faz grande campanha.
“Mas não é como se eu quisesse mostrar algo. Estou apenas jogando meu jogo. Se está funcionando, por que parar? Já vi muitas partidas em que alguém estava perdendo por 5/2 ou algo assim e conseguiu virar. Então, você sempre tem que continuar. O jogo não acaba até o match-point”, explica a número 2 do mundo e vencedora de cinco títulos de Grand Slam.
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O Australian Open deste ano é o primeiro Slam que Swiatek disuta desde a troca de comando em sua equipe técnica, com a saída de Tomasz Wiktorowski e a chegada de Wim Fissette no fim do ano passado. “Sinto que ele me dá muito apoio e compreensão”, declarou a jovem de 23 anos.
“Mesmo quando o efeito não é perfeito, e não quero dizer hoje porque esta partida foi quase perfeita para mim, mas sim nas quadras de treino ou quando tenho alguma dificuldade. Todos os aspectos do meu jogo precisam se encaixar para que eu jogue bem. Por enquanto, funciona, então me sinto mais relaxada e confiante do que no ano passado”, explica a polonesa, que havia caído ainda na terceira rodada na última edição.
Swiatek tem a chance de retomar a liderança do ranking após o Australian Open e disputa o número 1 com Aryna Sabalenka, atual bicampeã do torneio. Em caso de derrota de Sabalenka antes da semifinal, a polonesa volta ao topo do ranking. Se Swiatek chegar à semifinal, obriga a bielorrussa a ser finalista. E existe ainda a possibilidade de confronto direto valendo o título e o número 1.
Vida fora da quadra
A polonesa também falou sobre a importância de equilibrar a rotina de atleta profissional com a vida fora da quadra e aproveita a estadia em Melbourne para conhecer a cidade. “Encontrei alguns lugares muito legais em Melbourne. É importante aproveitar a vida fora da quadra para jogar bem e também para encontrar uma forma de se distanciar de tudo”.
“Se você estiver focada apenas no tênis, tudo se torna uma questão de vida ou morte. Não é assim. Não deveria ser assim. É apenas tênis. É apenas um jogo. Eu tento não ficar muito tempo no hotel porque quando estou em casa, na Polônia, é muito frio, cinza e nublado. Então, aproveito todas as oportunidades agora para sair e aproveitar a Austrália. Sinto que o mundo tem cores melhores aqui. Tudo é mais brilhante e mais divertido”.
Enfim, o jogo só acaba quando termina… Então,mantenha o foco !!!
Rainha dos “break points”, dona de borracharia, acumuladora compulsiva de pneus…
A Sabalenka vai atender a Iga