Melbourne (Austrália) – Os primeiros convites para a edição de 2026 do Australian Open foram anunciados nesta segunda-feira. Duas vagas ficaram com jogadores da casa que se destacaram na recente série de torneios do Australian Pro Tour: a jovem Emerson Jones e o experiente James Duckworth. Também foram confirmados os convites norte-americanos e asiáticos para o torneio que começa em 18 de janeiro.
Ex-número 1 juvenil e com apenas 17 anos, Jones celebrou muito a chance de voltar ao Slam australiano, onde disputará a chave principal pela segunda vez consecutiva. “É incrível, vou me divertir muito jogando e estou realmente animada. No ano passado foi uma experiência ótima para conhecer o nível. Ter outra chance agora me deixa superempolgada”, disse a australiana, que na edição anterior enfrentou Elena Rybakina na estreia.
Duckworth, cabeça 1 em Playford, assegurou seu convite como o melhor australiano na corrida de três semanas. O veterano de 33 anos completou uma boa sequência de resultados, subindo ao 87º lugar do ranking. “Estou muito animado para voltar à chave principal. Foi ótimo garantir a vaga por meio dessa nova iniciativa da Tennis Australia. É meu torneio favorito no mundo, o apoio da torcida em Melbourne Park é inacreditável. Jogar diante de amigos e familiares é especial e mal posso esperar para entrar em quadra”, afirmou.
+ Clique aqui e siga o Canal do TenisBrasil no WhatsApp
Os dois convites foram oficializados no sábado, mesmo dia em que ocorreram as finais do Asia-Pacific Wildcard Playoff, em Chengdu. Lá, a cazaque Zarina Diyas e o número 1 chinês Yunchaokete Bu venceram os eventos de simples feminino e masculino, respectivamente, garantindo presença no Melbourne Park.
Wildcards secured 🎟️
Emerson Jones and James Duckworth have earned coveted main draw wildcards into the @AustralianOpen following standout performances across the inaugural #AustralianProTour Wildcard Points Race. pic.twitter.com/oMhIGv6Jms
— TennisAustralia (@TennisAustralia) November 30, 2025
Para Diyas, de 32 anos, o convite tem sabor especial: marca seu retorno a uma chave principal de Grand Slam após quatro temporadas. Ex-número 31 do mundo, ela já chegou quatro vezes à terceira rodada do Australian Open e tem como melhores resultados duas oitavas de final em Wimbledon (2014 e 2015). “Honestamente, é inacreditável. Ainda nem acredito. Estou muito feliz por vencer o torneio e voltar à chave principal de um Slam. Fiquei quase dois anos e meio lesionada e só retornei no ano passado. Por isso, é ainda mais especial”, disse após derrotar En-Shuo Liang por 6/3 e 6/4.
Os Estados Unidos também já definiram seus convidados: Patrick Kypson e Elizabeth Mandlik. Para Kypson, o convite encerra uma temporada de retomada. Ele terminou o ano com o melhor ranking da carreira, 117º, após títulos de Challenger em Bogotá, Little Rock, Sioux Falls e Helsinque. “O início do ano foi completamente diferente. Tive de parar por três meses por causa de uma fratura por estresse sofrida na Austrália. Meu ranking caiu para 455. Foi um momento muito duro, mas consegui trabalhar o lado mental enquanto estava parado, e isso fez toda a diferença quando voltei a competir”, lembrou.
Dropped to No.455 due to injury. Ending 2025 at a career-best No.117 and an #AO2026 wildcard.
American Patrick Kypson on the year that’s been 💪https://t.co/UrXmFCDKSJ
— #AusOpen (@AustralianOpen) November 26, 2025
Mandlik, de 24 anos, garantiu o convite ao vencer o USTA Australian Open Wild Card Challenge, somando pontos em um máximo de três torneios de quadra dura entre 3 de outubro e 6 de novembro. Filha de Hana Mandlikova, bicampeã do Australian Open, ela venceu o ITF W100 de Edmond, foi semifinalista no W100 de Irapuato e chegou às quartas no WTA 125 de Austin. O desempenho lhe rendeu 166 pontos, superando Claire Liu. Atual 182ª colocada e ex-top 100 (97ª em 2023), Mandlik disputará sua segunda chave principal em Melbourne e o quarto Slam da carreira. Ela já chegou à segunda rodada no US Open de 2022.
Com os anúncios desta segunda-feira, ainda restam cinco convites em aberto para a chave masculina e outros cinco para a feminina no Australian Open de 2026. Uma dessas vagas pertence à Federação Francesa de Tênis, por meio do acordo de reciprocidade com Roland Garros, da mesma forma como acontece com o US Open e com a indicação dos dois tenistas norte-americanos.












Mas se o Duckworth subiu para 87, ele já não entraria na chave principal pelo ranking? Não entendi pq ele ganharia o WC
Se o ranking dele for suficiente para entrar, o convite fica para o segundo melhor australiano dessa série de torneios disputados no país. Provavelmente o Alex Bolt.