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Halep reencontra Mouratoglou: “Sem ressentimentos”

Foto: Maria Christina Acosta

Miami (EUA) – Apesar da derrota de virada para a espanhola Paula Badosa na estreia do WTA 1000 de Miami, a romena Simona Halep transbordou alegria nesta semana com sua volta ao circuito depois de um ano e meio afastada das competições. Segundo ela, disputar o torneio ajudou-lhe a redescobrir o seu amor pelo tênis.

“Eu me senti bem em quadra, o apoio do público me deu muita energia. Joguei em um nível que superou as expectativas, tendo em conta que nos últimos meses, apesar de treinar todos os dias para manter a forma, não joguei muito tênis. Depois do que passei, considero um dia especial. Senti grandes emoções, dentro e fora de quadra”, afirmou a ex-número 1 do mundo na entrevista coletiva pós-jogo.

Questionada sobre o caso de doping que lhe custou todo esse período longe do circuito, a romena fez questão de enfatizar que nunca se dopou e que ficou mais do que provado que o que aconteceu foi uma contaminação de suplemento alimentar. “Não fiz nada de errado, não trapaceei, não tomei doping. Se lermos atentamente a decisão do CAS, estamos falando de um suplemento contaminado e não de doping. Nunca joguei dopada”, afirmou.

Ela também reforçou a importância de os atletas se atentarem a tudo o que consomem para não passarem pelo problema problema que ela enfrentou.”Sempre fui muito clara no apoio à justiça e à importância de um esporte limpo. Cada jogador deve ter muito cuidado com tudo o que come e bebe. O que aconteceu comigo pode acontecer com qualquer um, e só temos que torcer para que isso não aconteça com outras pessoas. Passei por um período mentalmente terrível e muito estressante. O conselho que posso dar é verificar tudo e manter sempre os olhos abertos.”

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Ainda de acordo com a jogadora de 32 anos, a sensação de voltar a jogar é um alívio, depois de conseguir diminuir o gancho de quatro anos para apenas nove meses. “Acredito que uma pausa de quatro anos teria marcado o fim da minha carreira. Mas não foi assim e estou muito feliz por estar de volta. Meus pais sempre me ensinaram que mais cedo ou mais tarde o bem prevalece. Desde o primeiro dia acreditei 100% na justiça, esperando que a verdade viesse à tona”, disse.

Por fim, Halep relatou como foi o seu reencontro o treinador Patrick Mouratoglou, a quem considerou culpado pela contaminação, já que ele próprio admitiu ter indicado o suplemento para a atleta. Hoje trabalhando com o dinamarquês Holger Rune, o francês cruzou com a romena nos bastidores do torneio de Miami e ela disse ter tido uma conversa rápida e tranquila com o técnico.

“Nos encontramos outro dia e desejei-lhe boa sorte pelo trabalho que está fazendo com Rune. O que está feito, está feito. Nos cumprimentamos normalmente, algo que faço com todos aqui, e não senti nenhum ressentimento ou ódio por ele, o que é bom”, se limitou a dizer. Em dezembro do ano passado, a tenista havia declarado ter perdido totalmente a confiança no treinador, causando o rompimento da parceria.

7 Comentários
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Andre Borges
Andre Borges
3 meses atrás

Um jogo de empurra, troca de acusações, troca de ameaças, até que alguém alivia a barra de alguém e todo mundo fica amigo de novo e sem ressentimentos.

Luis Ricardo
Luis Ricardo
3 meses atrás
Responder para  Andre Borges

não houve nada disso…seja honesto e procure se informar antes .

Carlos Alberto Ribeiro da Silva
Carlos Alberto Ribeiro da Silva
3 meses atrás

A Halep era minha tenista preferida antes da Bia começar a se destacar no circuito. Então, sou suspeito pra comentar. Mas eu acredito que o histórico da carreira da Halep fala por si só. Quando ela se contaminou e originou o caso de doping estava com 30 anos e 11 meses mais ou menos. Tinha uma carreira consolidada, havia se submetido a inúmeros testes antidoping com resultados negativos. Portanto, eu acredito na inocência da Halep no sentido de que ela não teve a intenção de se dopar para obter vantagem esportiva sobre qualquer adversária. Inclusive, no US Open 2022 ela foi eliminada na primeira rodada para uma tenista novata na época. Estou feliz por ela ter conseguido a redução da punição e esteja de volta ao circuito. Desejo uma ótima sorte a ela.

Marcos Ribeiro
Marcos Ribeiro
3 meses atrás

Claro que não pode haver ressentimentos por um acordo que ela decidiu fazer. Falar em ressentimento é uma tática que ela está usando para se colocar como vítima. Lamentável.

Luis Ricardo
Luis Ricardo
3 meses atrás
Responder para  Marcos Ribeiro

que comentario é esse , então “ela” decidiu fazer um acordo ???,,,,,ahhhhh vai dormir cara …

João Sawao ando
João Sawao ando
3 meses atrás

E com o Patrick não vai acontecer nada?

o realista
o realista
3 meses atrás
Responder para  João Sawao ando

Não é como se ele tivesse colocado a substância lá pra ela. A não ser que encontrem provas de que ele mandou colocar de propósito, ele é tão vítima como ela.

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