Londres (Inglaterra) – Em seu primeiro Grand Slam como número 2 do mundo, a norte-americana Coco Gauff começa a disputa de Wimbledon com sensações contrastantes. Foi lá que ela chamou a atenção do público em 2019, indo até as oitavas de final com apenas 15 anos, deixando pelo caminho a compatriota Venus Williams, mas na temporada passada acabou eliminada logo na estreia.
Gauff relembrou a dura derrota sofrida para a também norte-americana Sofia Kenin em 2023 e quer usá-la como estímulo para fazer melhor. “Gostaria que aquela jogadora de um ano atrás pudesse me ver agora. Foi um momento difícil para mim. Nas primeiras duas ou três semanas depois daquele jogo eu estava em um lugar muito sombrio”, contou a tenista de 20 anos.
“Foi difícil perceber que eu ainda tinha muitas coisas pela frente. Cresci muito com isso e estou feliz por ter aproveitado aquele momento para melhorar. Sei que ainda não estou nem na metade do caminho e também que isso não dura para sempre. Foi um momento complicado, que me ensinou que os momentos ruins não duram para sempre”, acrescentou a norte-americana.
Começar a disputa como vice-líder do ranking é algo que não faz diferença para Gauff, que não vê grande vantagem na situação. “A verdade é que não muda nada. A classificação é apenas um número, talvez se eu fosse o número 1 me sentiria diferente, mas ser 2,3,4 ou 5 é tudo igual. Não é algo que eu queria dar muita atenção”, opinou a norte-americana, que neste ano estreia contra a compatriota Caroline Dolehide.
Depois do barulho que fizeram quando Coco se mostrou ao mundo em Wimbledon 2019 algumas coisas mudaram para ela e sua família, comentou a norte-americana. “Meus pais se acostumaram a dizer não. Muitas pessoas se aproximam deles se querem algo de mim. No começo diziam sim para tudo, mas chegou em um ponto onde não queriam me incomodar tanto. Eles perceberam que amadureci e se acostumaram a ficar tristes por ter que dizer não para algumas coisas”.