Paris (França) – Tenista francês que mais vitórias conquistou na ATP, encerrando sua carreira com 610 triunfos, Richard Gasquet não poderia ter uma despedida mais honrosa do que no palco principal de um Grand Slam e contra um número 1 do mundo. Nesta quinta-feira, ele fez sua derradeira partida ao ser eliminado de Roland Garros pelo italiano Jannik Sinner em sets diretos, na segunda rodada do torneio.
Gasquet é apenas o terceiro tenista a se aposentar em uma partida de Grand Slam contra o líder do ranking desde 2000, repetindo os compatriotas Nicolas Devilder, que se despediu também em Paris, com derrota para o sérvio Novak Djokovic em 2012, e Jeremy Chardy, aposentado pelo espanhol Carlos Alcaraz na grama de Wimbledon em 2023.
Desde os tempos de juvenil, ele chamava a atenção, despertando em 1999, quando venceu o prestigiado torneio internacional júnior Les Petits As, na França. Três anos depois tornou-se o número 1 do mundo na categoria, aos 16 anos. Mas o primeiro grande sucesso veio no início daquele ano, quando estreou na ATP, no Masters de Monte Carlo de 2002 , aos 15 anos.
Gasquet derrotou o ex-número 11 do mundo, Franco Squillari, por 7/6 (7-5), 3/6 e 7-5, tornando-se o mais jovem vencedor de uma partida na história do circuito (desde 1990). Ninguém quebrou seu recorde desde então.
Dono de 16 títulos de ATP, Gasquet tornou-se conhecido por seu jogo artístico, criando ângulos impensáveis com seu backhand de uma mão e jogando agressivamente com seu forehand quando necessário. Ele estreou no top 100 em 29 de setembro de 2003, logo após seu aniversário de 17 anos. De 18 de abril de 2005 a 14 de janeiro de 2024, ele passou quase 19 anos consecutivos no top 100.
Único francês a superar a marca das 600 vitórias, Gasquet chegou à 610ª ao superar a primeira rodada de Roland Garros. O tenista de 38 anos venceu mais do que outros nomes de peso na ATP, como Gael Monfils (581), Gilles Simon (504) e Yannick Noah (482)
Três vezes semifinalista de Grand Slam e três vezes finalista de Masters 1000, a única coisa que o impediu de conquistar títulos maiores foi competir contra nomes como Novak Djokovic, Rafael Nadal e Roger Federer. Todas as suas seis derrotas nessas partidas decisivas foram contra um desses três jogadores. O francês conseguiu derrotar o sérvio e o suíço, mas perdeu todos os 18 encontros com o espanhol.
Sinner gastou o Gasquet e ainda lhe deu de presente de despedida um belo de um pneu…
Vc sente prazer em ter esse viés tão negativo?
O Gasquet é Jogador que teve como único diferencial um belo golpe de backhand de uma mão…de resto, jogador sem nenhum diferencial para alguém que surgiu como um postulante a ganhar GS. Jogador sem fibra que só de ver o Nadal se borrava todo.
É, mas ainda assim se manteve no top 10 durante anos. Grande carreira.
Lembro de uma vez que ele enfrentaria o Nadal, e na entrevista ele disse que a torcida francesa não se iludisse, pois tinha poucas chances de vencer… já entrava semi-derrotado.
Parecia que seria rival de Nadal, mas não desenvolveu seu jogo de forma suficiente para tal. Bela carreira.
Belíssimo jogador de tênis, muita categoria. Mas competiu com o Big 3.
Creio que o backhand de uma mão contra Nadal nunca viveu bons momentos, mesmo contando com a genialidade de um Federer, por exemplo. A bola alta com muito spin na esquerda sempre foi muito difícil para quem batia a esquerda de uma mão.
No geral, gostava do jogo de Gasquet, embora o backhand do Wawrinka fosse bem superior.
É mais um de uma geração que sofreu na mão do Big 3. Tsonga foi outro espetacular tenista contemporâneo francês sem título de GS.
Assim como Sinner, Gasquet foi suspenso por doping.
Assim como Sinner pegou uma punição curta.
Como Sinner, alegou “contaminação” (beijou uma mulher e pela saliva foi contaminado).
Com todo respeito ao legado do tenista, coisas assim mancham uma trajetória.