Roma (Itália) – Aposentado em Wimbledon, o italiano Fabio Fognini teve uma despedida de gala e fez sua última partida em um dos palcos mais prestigiados do tênis, a mítica Quadra Central. De quebra, mostrou um grande tênis e levou o espanhol Carlos Alcaraz para o quinto set. Em entrevista ao podcast Supernova, ele relembrou a derradeira partida da carreira.
“Considerando tudo, acho que tomei a melhor decisão. Se tivesse sido diferente, teria sido um grande problema”, contou o tenista de 38 anos, feliz em ter encerrado a carreira com uma grande atuação e sob os holofotes do tênis mundial. Ele inclusive brincou com a possibilidade de vencer Alcaraz e perder logo em seguida.
“Com a vitória, teria um dia de folga no dia seguinte e então jogaria contra um tenista com ranking muito baixo. Para mim, seria um problema mental abrir Wimbledon em uma partida contra o então número 2 na Quadra Central e depois terminar na Quadra 14 contra o 700º do mundo”, disse Fognini.
O italiano afirmou que a aposentadoria estava no ar nos últimos tempos e a decisão foi meio que algo natural. “Muitas vezes me perguntei por que eu estava continuando. Eu tinha sofrido lesões recentemente e fiz uma cirurgia no tornozelo. Sempre lutei e joguei para ficar no top 100, mesmo na minha idade”, observou o ex-top 10.
“Então, levei o tempo que precisei porque queria entender se, mental e fisicamente, era uma decisão que valia a pena tomar. Eu tinha que fazer isso até o final do ano. Eu estava perdendo no ranking, estava perdendo partidas, não podia mais adiar”, acrescentou Fognini.
A despedida saiu até melhor do que o esperado, com muitos elogios à sua atuação. “Saí como um perdedor, mas um vencedor. Vale lembrar que ainda não vi a partida, nem mesmo os melhores momentos, mas no futuro gostaria de ver, porque os fãs ficaram impressionados com esta partida”, finalizou.