Ex-membro da CAS não descarta acordo em caso Sinner

Lausanne (Suíça) – Ainda sem uma resolução final, o caso de doping do italiano Jannik Sinner só terá um desfecho em 2025, quando a Corte Arbitral do Esporte (CAS) analisará o recurso apresentado pela Agência Mundial Antidoping (Wada), que contestou a decisão da Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA) de absolver o atual número 1 do mundo após dois testes positivos para a substância proibida clostebol, em março de 2024.

Embora a apelação da Wada tenha sido feita no final de setembro e o CAS tenha recebido o recurso no início de outubro, a definição sobre o futuro de Sinner ficará mesmo para o ano que vem. No entanto, algumas pistas do que pode acontecer com o tenista italiano foram dadas por um ex-membro da CAS, o especialista em direito desportivo Angelo Cascella. Em entrevista para o SportMediaSet, da Itália, ele deu mais detalhes sobre a situação do atleta de 23 anos e não descartou nem mesmo um acordo entre as partes, evitando até mesmo que o caso vá para um novo julgamento.

“Existe o risco de uma pena que varia de um a dois anos de suspensão, mas não está descartado que sejam estabelecidas negociações entre Sinner, a Wada e a CAS, para evitar o julgamento e encontrar um acordo que satisfaça todos os lados. Para emitir uma sentença, caso vá a julgamento, a CAS poderia ouvir novamente as testemunhas e especialistas utilizados por Sinner no processo perante à ITIA para exonerar sua responsabilidade pelo doping”, disse Cascella.

Angelo também enfatizou que as implicações de uma decisão contrária aos interesses de Sinner teriam consequências para além da imagem esportiva e pública do jogador. Isso porque a maior parte dos contratos de patrocínio que Sinner possui com grandes marcas inclui uma cláusula de rescisão imediata e cancelamento de pagamentos em caso de decisão judicial relacionada a doping.