Madri (Espanha) – Cada vez mais no circuito tem deixado de ser tabu falar sobre os problemas mentais que os tenistas enfrentam. Agora foi a vez do espanhol Bernabe Zapata contar ao Punto de Break os momentos difíceis que passou a partir do final de 2023, quando encarou uma depressão, curiosamente justo no ano em que alcançou seu melhor ranking e chegou a ser o número 37 do mundo.
“Eu não queria sair de casa, não queria ir aos treinos. Pouco a pouco, comecei a entrar em um estado de depressão, mas naquela época eu não tinha consciência do que era”, disse o espanhol de 28 anos, que atualmente ocupa apenas a 311ª posição no ranking.
“Veio uma temporada de seis semanas (viajando) e mentalmente não aguentei. A partir de então começa um processo que me deixa infeliz no dia a dia. Era uma depressão, digo isso com letras maiúsculas, mas naquele momento não tinha consciência. Entrei em um vazio existencial”, acrescentou.
Zapata terminou 2023 em baixa, acumulou seis derrotas seguidas no fim da temporada, duas delas com desistência, e acabou na 80ª colocação. A conta chegou no ano seguinte, fechando 2024 apenas no 272º lugar. Ele agora luta para tentar se recuperar no ranking em torneios menores, jogando quali de challengers e até um ITF M25, ficando com o vice-campeonato em Les Franqueses des Valle.
Olhando para trás, o espanhol destacou a campanha de Roland Garros em 2022 como a mais especial. “Cheguei à quarta rodada vindo da fase de qualificação. Foi o ápice de tudo o que vivi, sem dúvida, será sempre o momento mais especial da minha carreira”, recordou Zapata.
Esse cara não joga nada e só grita. Não torço pelo fim da carreira dele, mas vê-lo era bem desagradável.
Eu vi o jogo dele com o Isner em RG, inesquecível