O primeiro amargo jejum brasileiro no Rio Open permanece. Vítimas do terceiro set nesta longa sexta-feira, Thiago Wild, Thiago Monteiro e a sensação João Fonseca não conseguiram a tão esperada semifinal brasileira na chave de simples e o ATP 500 carioca irá ver três argentinos tentando barrar o bicampeonato de Cameron Norrie. Fica agora a torcida para que Rafael Matos enfim se torne o primeiro tenista da casa a ganhar um título no torneio na final de duplas marcada para domingo.
Dentro do seu admirável repertório, Fonseca usou armas diferentes das vitórias anteriores diante dos top 100 Arthur Fils e Cristian Garin. Colocou bem mais topspin no forehand para empurrar o argentino Mariano Navone para trás, assim como usou com mais constância o saque alto cruzado, ambos com o objetivo de tirar a bola da cintura de Navone. Não fosse um game desconcentrado que permitiu uma quebra e um índice de acerto do primeiro saque abaixo de 50%, sua série inicial teria sido perfeita.
Saque-voleio e deixadinhas difíceis também recheavam outra atuação muito vistosa, repleta de winners da base, devoluções de dentro da quadra e excelente cobertura dos espaços, até que a falta de pernas começou a pesar. Com aparentes dores musculares, o garoto de 17 anos viu a intensidade cair game após game, enquanto Navone espertamente explorava os forehands muito angulados. Num esforço admirável, Fonseca ainda reagiu da quebra no início do terceiro set, mas era difícil sustentar o nível agora diante de um adversário bem mais consistente e fisicamente inteiro. Ficou a lição de como dosar melhor a energia.
Já os dois ‘Thiagos’ caíram de produção nestas quartas de final. Monteiro teve intensos altos e baixos, com apenas o segundo set de real alto nível. Chegou a abrir a terceira série com quebra, dando aquela injeção na torcida, mas o primeiro saque despencou de eficiência e isso permitiu ao argentino Sebastian Baez entrar nos pontos e. acima de tudo, optar por uma postura bem agressiva, abusando dos forehands na paralela. A semi argentina terá Baez contra Francisco Cerúndolo, que não fazia uma campanha digna desde a final na grama de Eastbourne em junho.
Monteiro deixa o Rio Open como 102º do ranking e diz que ficou confiante, embora tenha sido obrigado a desistir do qualificatório de Santiago – não haveria tempo de chegar e se preparar -, o que o fará pensar com calma sobre qual calendário fazer nas próximas semanas. As alternativas imediatas são os qualis dos 1000 de Indian Wells e Miami ou uma sequência de challengers no saibro boliviano, chileno, paraguaio e brasileiros, em São Leopoldo e Florianópolis.
Logo em seguida, Wild encarou um desafio ainda maior diante de Cameron Norrie e não se achou em quadra no primeiro set. Conseguiu calibrar melhor os golpes e com isso sua ofensividade ganhou corpo, especialmente com o forehand. Mas o canhoto Norrie é experiente e sabe jogar com a bola do adversário. Voltou a fazer um set muito consistente e viu o paranaense se apressar. Wild ainda salvou quatro match-points, porém não foi o suficiente para desestabilizar o ex-top 10, agora máximo favorito diante do qualificado Navone.
Com o 72º lugar garantido, o mais alto de sua jovem carreira, Wild segue agora para o saibro de Santiago, um lugar muito especial, onde foi campeão do ATP local em simples (2020) e vice de duplas (2023) e também ganhou o challenger, saindo do quali, resultado que recuperou seu ranking e sua confiança em momento delicado.
Matos tenta o sonhado título
Para completar a histórica 10ª edição do Rio Open, o gaúcho Rafael Matos e o parceiro colombiano Nicolas Barrientos ganharam pela terceira vez de virada e portanto no match-tiebreak, garantindo-se na decisão de domingo. Nem Marcelo Melo, por duas vezes, ou Bruno Soares ou mesmo o dueto Thomaz Bellucci/Rogério Silva conseguiram erguer o troféu da especialidade e assim o canhoto de 28 anos vai em busca de acabar com outro tabu nacional no Jockey Club.
Matos e Barrientos se juntaram para esta temporada – esperava-se que Matos fizesse parceria gaúcha com Marcelo Demoliner – e o entrosamento só cresce. Em sete torneios, jamais perderam na estreia. O gaúcho busca o sétimo troféu de ATP e garante a volta ao top 50, podendo recuperar o 46º posto em caso de título. Seu melhor ranking foi o 26º.
F. Três quedas. Brasil parou nas quartas.
Dos 3 brasileiros só o Fonseca pra mim tinha algum favoritismo pq tá jogando muito bem e já tinha ganho desse Navone ano passado porém deixou escapar a vitória em 2 sets e no terceiro set o físico não aguentou. Mais um aprendizado pra saber dosar a pancadaria e sempre caprichar em fechar em 2 sets.
Físico?
E?
A parte física nesta idade deixou Carlos Alcaraz e SINNER na mão algumas vezes , então nenhuma novidade. João Fonseca é sem dúvida a maior esperança Brasileira pós GUGA devido ao seu vasto Arsenal. Fiquei frustrado ao fugir das chuvas do RIO, e não comparecer nesta edição. Vi de perto Carlitos surgir em 2021 ( não estive em 2020 ) e adoraria ter estado na Arena lotada . De todo modo Bia e João no Circuito , um colírio para os amantes deste maravilhoso Esporte. Abs !
Somos mesmo muito sortudos! E ainda vem aí a Victoria Barros. O futuro do tênis brasileiro é promissor.
Se a quinta feira foi dos sonhos…
A sexta foi um pesadelo…
Chegarem os três nas quartas de um atp 500 foi incrível…
Mas expectativas foram criadas pelas excelentes apresentações que os brasileiros apresentaram nas fases anteriores…
A ARGENTINA tomou conta do RIO OPEN, agora são 3 ARGENTINOS e o britânico CAMERON NORRIE que já se sente praticamente em casa no RIO DE JANEIRO…
Olha o CAMERON NORRIE aí de novo para fazer história no RIO OPEN… Nem o GIGANTE RAFAEL NADAL conseguiu a proeza de conquistar 2 títulos consecutivos no RIO OPEN, será que CAMERON NORRIE será o primeiro tenista a conquistar esta proeza??? Espero que sim… Com a eliminação dos brasileiros, a minha torcida agora vai para o CAMERON NORRIE fazer história no RIO DE JANEIRO !!!
Sei que vc conhece tênis bem mais que eu Dalcim e por isso fez um diagnóstico que não tinha percebido, a falta de pernas do Fonseca , ontem! Vi o primeiro jogo dele enfim. Me pareceu muito errático e afobado. Parece que tem bons golpes sim. Mas precisa ter a sua carreira e a sua cabeça muito bem gerida pra não se perder!
E desde a criação do Ranking ATP em 1973 ( o primeiro N 1 foi o grande Ilie Nastase ) , não tinhamos o TOP 10 sem nenhum adepto do Backhand Simples atingido agora com a queda de Tsitsipas . Todos os Semifinalistas do RiO OPEN , utilizam o de duas mãos. Cameron Norrie pode acabar com a festa dos Hermanos ? . Bola ele tem pra isso , o problema é a maldição que Nadal e Alcaraz também não conseguiram superar até o momento… rs. Abs!
Pra falar a verdade , três argentinos nas semi finais pra mim é mais um diagnóstico que o tênis brasileiro tem que repensar a base e criar uma cultura ,assim como fez a Itália a 20 anos atrás .
Qual a sua opinião Dalcim , vi um comentário interessante do Tomás Kock , achando que o João teria mais experiência se fizesse a universidade dos EUA, até concordo com ele , mas como tirar essa ansiedade toda para seguir profissionalmente ? Conhece o ditado apressado come cru ?
Acho um bom aprendizado o circuito universitário, mas eu acho que ele deveria seguir em frente na carreira, Sandra.
Também acho! Thomaa Koch se frustou por nao ter ido há 50 anos atrás e agora num contexto bem diverso, quer que o Joao compense uma frustração que é dele!
Que comentário sem noção, kkkkkkkkkkkkk, meu Deus é ruim de interpretar o que koch fala hein prezado.
POR QUE “ACHO QUE ELE DEVERIA seguir em frente na carreira”? Existe alguma dúvida a respeito? João estaria dividido entre seguir e não seguir com o tênis?
Tomara que ele tenha a estrela dos grandes tenistas !
Boa Noite SANDRA, se o João conseguir segurar a ansiedade e pensar mais a longo prazo na carreira, considero que ele só tem a acrescentar no seu jogo se decidir pelo tênis universitário americano, e depois do universitário, se dedicar ao circuito profissional com todo o “up grade” adquirido no circuito universitário.
O verdadeiro João Fonseca foi o que jogou o primeiro set ontem. A partir do segundo, parece que todas as emoções e desgaste físico apareceram para cobrar a fatura, o que é absolutamente compreensível para o jovem garoto. Fez bonito, Apareceu para o mundo. Agora é continuar administrando a evolução, pois, apesar de já possuir muitos pontos fortes, ainda tem muito espaço para melhorar.
Torcer para brasileiros no tênis é sempre a mesma coisa… É só ter um fio de esperança que a derrota é certa.
Bom mesmo deve ser torcer para o América, caríssimo Rocha . O hino diz tudo : “ HeI de torcer , torcer , torcer , Hei de torcer , até morrer , morrer , morrer … kkkkkk. Abs!
ROBERTO ROCHA, sua avaliação me fez lembrar de como tenho pena dos patriotas, que são chegados numa patológica falta discernimento…
Correção: Lamartine Babo , fez o hino de TODOS no Rio de Janeiro . No caso do América ele termina : “ E nesses dias de emoção, toda Torcida contará esta canção… Abs!
* CANTARA’ esta canção… Abs!
Olá Dalcim. Boa tarde. Permita-me apenas uma correção: diferentemente de Monteiro, Fonseca não começou com uma quebra a frente no terceiro set. Ele foi quebrado de primeira e Navone confirmou em seguida.
O Monteiro desperdiçou uma grande chance de ir pra semi. Arrasou no 2º set, começou quebrando no 3º e aí começou a entregar. Péssimo 2º game, finalizando com um smash ridículo. Precisa melhorar a cabeça e o jogo de rede. Até fez 2 bonitos voleios, mas quando dá deixadinhas ou precisa de jeito na rede, é um desastre. Uma pena.
Os outros foram derrotas normais.
Parece que a final será argentina. Norrie levando um surra. Mas ainda não acabou !!
O Monteiro n ir pra Santiago, em função da logística apertada, eu posso aceitar, agora o Meligeni n ir é difícil de entender Dalcin.. único momento do ano com ATPs na área e esses jogadores rifam torneios assim.. complicado ficarem brincando de ser profissionais.. Os caras tem o calendário na mão, a preparação precisa focar pra estarem nos cascos nessa gira.
Também acho que essas oportunidades não podem ser descartadas.
Heide é outro q tbm tinha ranking pra esse qualy em Santiago mas estava “cansado”.. terrível falta de comprometimento com a própria carreira..
Que piada a tal luta entre Popó e Bambam.
Se um amador bobalhão quiser desafiar o Guga, vai obviamente tomar uma bicicleta e fazer uns 5/6 pontos nos games de saque e olhe lá.
Kkkkkkkk
Tênis brasileiro capenga que nem a nossa economia.
Um país de extensão continental consegue nem vencer em casa, e ainda no saibro, único piso que sabem jogar, e o mais difícil de dar manutenção também.
Imprensa mal cobre, e só farão isso se algum tenista fora da curva aparecer.
E cadê o Guga para ao menos se indignar com a mediocridade do nosso atual ranking?
E OS DOIS MOLENGAS ZVEREV E TSITSIPAS nem no tal Los Cabos conseguem fazer água, um inexpressivo 250 da vida, em que o alemão amarelão e o grego mimado não fizeram valer sua condição de melhores que os outros caretas que enfrentaram em solo mexicano. O tedesco há tempos não conquista nada de relevante, enquanto o heleno, campeão em Los Cabos em 2023, após uma seca miserável de mais de um ano, segue na mesma toada. A impressão que me vem é a de que os um dia principais candidatos a substituírem a tríade Federer/Djokovic/Nadal, são meros aposentados em atividade, aos 26 e 25 anos, respectivamente. Juntando os cacos do que poderiam ser e nunca foram, o que resta é vê-los ser atropelados por Alcaraz, Sinner, Daniil e ainda por Djokovic e quiçá até pelo combalido Rafael…
Dalcim, muitos atribuíram a queda física do João Fonseca à sua idade precoce. No entanto, vemos adolescentes no tênis feminino irem longe nos torneios. Parece-me também que o histórico de meninas adolescentes campeãs no circuito profissional é maior do que o de meninos. As mulheres atingem a maturidade (também) física mais cedo, ou a exigência física é bem maior no tênis masculino?
Acho que a questão aí é outra, André. O João jogou com uma intensidade muito acima do que estava habituado e isso causa um outro tipo de cansaço. Conforme prosseguir nesse nível mais alto e exigente, certamente conseguirá dosar melhor a energia.
Como esse Barzinho tem bom físico e agilidade, nesse calor e na humidade absurda do Rio o cara por enquanto chega em todas. Set1 vencido e com quebra no segundo…
Gostei da Clijster sobre o doping da Halep.
Li no tênis Brasil:
“Para a belga, o ex-treinador de Halep é o principal culpado pela situação em que se encontra a romena.
“Para mim, o maior alerta é sobre o seu time. Não acredito que não haja consequências para o time, que só haja consequências para o atleta”, disse Clijsters em conversa com Andy Roddick no podcast do norte-americano.”
Baez, claro!!!