Londres (Inglaterra) – Classificado para a semifinal de Wimbledon, Novak Djokovic sequer precisou entrar em quadra na última quarta-feira, contando com a desistência de Alex de Minaur, devido a um problema no quadril, para chegar pela 13ª vez na carreira à penúltima rodada no All England Club e igualar o recorde de Roger Federer.
Mesmo sem jogar, o sérvio concedeu entrevista coletiva e falou sobre a partida que não foi realizada. Apesar do favoritismo contra o australiano, ele acredita que teria sido um duelo bastante complicado, além de lamentar a lesão do adversário.
“Obviamente não é tão bom para o torneio e nunca é bom seguir em frente devido à desistência de um jogador. Desejo ao Alex tudo de melhor em sua recuperação e espero que ele possa retornar às quadras em breve. Ele estava jogando muito bem e em ótima forma. Teria sido um jogo muito difícil para nós dois se tivéssemos jogado. Mas é assim que aconteceu e estou nas semifinais”, disse o heptacampeão.
Volta por cima após cirurgia e dúvidas
Nole também falou a respeito de sua campanha na competição. Depois de ter sua participação em risco devido a uma artroscopia no joelho direito, ele conseguiu reunir condições de jogo a tempo e faz, em sua própria avaliação, uma das maiores recuperações da carreira. “Esta é uma das recuperações que estaria no meu top 2 ou 3 em termos de tempo que levei para voltar ao nível desejado. Foi a primeira vez que enfrentei uma lesão mais grave no joelho”, frisou o sérvio.
O jogador de 37 anos ainda explicou como foi o processo de decisão para operar ou não logo após Roland Garros. “Infelizmente, me machuquei no meio da partida da quarta rodada em Paris, rompi meu menisco e tive que retirar uma parte dele, que obviamente não estava onde deveria estar. Decidi, junto com minha equipe, fazer uma artroscopia literalmente um ou dois dias depois daquele jogo, pois consultei todos os ortopedistas que conheço e todos foram unânimes em dizer que a cirurgia era necessária e que o tempo de recuperação seria muito mais rápido do que se não fizesse”, afirmou.
+ Clique aqui e siga o Canal do TenisBrasil no WhatsApp
Para completar, Djokovic novamente usou como exemplo um caso semelhante vivo por Taylor Fritz em 2021 e tirou isso como inspiração para voltar o quanto antes ao circuito. Mesmo assim, ele admite que inicialmente não cogitava retornar já em Wimbledon.
“Eu já contei essa história, mas ele [Fritz] foi muito gentil em compartilhar sua experiência, porque ele passou mais ou menos exatamente pela mesma situação há três anos. Então, depois de ouvir isso e entender que se tudo corresse bem, se a inflamação diminuísse, o processo de reabilitação fosse respeitado e o joelho respondesse bem, havia uma boa chance de eu chegar a Wimbledon. Isso me deu muita confiança para seguir em frente. Para ser sincero, poucos dias depois da operação eu não estava pensando em Wimbledon, só pensava em como tirar as muletas e começar a andar bem”, destacou.
“Tive grande ajuda do meu fisioterapeuta e do especialista em reabilitação de joelhos que também esteve comigo nas últimas três semanas e meia. Ele trabalhava comigo duas ou três vezes por dia e isso me ajudava muito. Me ajudou muito ter pessoas que entendem o que fazer com o joelho”, complementou o tenista de 37 anos.
Muito bom para o tênis que o Djokovic tenha conseguido se recuperar a tempo de jogar o torneio de Wimbledon. Isso deixou o torneio mais competitivo e atrativo. Vamos ver como vão ser as semifinais e final e quem será o campeão.
É algo incrível, o Fritz tem 26 anos e na época deveria ter ~23 anos o Djokovic operou com 37! Ficou melhor para o Djokovic jogar contra o Musetti do que com o próprio Fritz que de certa forma o ajudou na decisão e com as dicas.
O torneio e o tênis só ganha com a presença do Djoko. E que venham as finais!! E, torcerei, pelo 25th GS do sérvio!
Vou torcer para o Nole, apesar do joelho, acredito que ela tem alguma chance de vencer.
Duro de assistir…