“Diferença de nível é muito grande”, diz Luiza Fullana sobre estreia na WTA

Luiza Fullana (Foto: Fotojump)

São Paulo (SP) – Em mais uma estreia de brasileiras na chave de um WTA 250, a brasiliense Luiza Fullana foi superada pela mexicana Renata Zarazua, que impôs o favoritismo de cabeça de chave número 5 do SP Open e venceu a rival na primeira rodada do torneio com parciais de 6/2 e 6/1 em 1h20 de confronto.

“Não é todo dia que a gente enfrenta uma jogadora que é 80 do mundo, mas acho que eu poderia ter sido melhor”, disse Luiza Fullana aos jornalistas após a partida. “Ela é uma menina muito experiente, bem mais velha do que eu, está no top 100 e com certeza tem mais bagagem. Mas acho que foi um bom começo, foi uma boa primeira vez jogando um WTA 250, sabia que seria um jogo duro. Vou continuar trabalhando e focar no que eu poderia ter feito melhor”.

“Com certeza a diferença de nível é muito grande, de um torneio 250 para um ITF W15 ou W35. Mas o que eu percebi é que todas as meninas aqui são muito profissionais e valorizam o trabalho fora da quadra, com alongamentos e preparação física. Isso é uma coisa para a gente prestar atenção e aprender. Eu não vejo a hora de poder jogar apenas esses torneios, porque a diferença de estrutura é muito grande”, acrescentou a brasiliense de 24 anos.

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A próxima adversária da mexicana de 27 anos e atual 84ª do mundo, ainda não foi definida e sairá do embate entre a argentina Jasmin Ortenzi (289ª) e a turca Berfu Cengiz, que se enfrentam mais tarde nesta terça-feira nas quadras do Parque Villa-Lobos.

Domínio da mexicana desde o início

Fullana demorou um pouco para entrar no ritmo de jogo e acabou sendo dominada no começo da partida, tanto que perdeu os 14 primeiros pontos e por pouco não levou duas quebras seguidas, salvando um break-point no quarto game para fazer 1/3. A partir de então ela conseguiu emparelhar um pouco mais o jogo, mas ainda assim oscilou bastante.

Uma pausa por chuva, que durou por volta de 40 minutos, também ajudou a brasiliense de 24 anos e atual 578ª do mundo a se encontrar em quadra, só que não foi o suficiente para impedir que Zarazua conseguisse mais uma quebra no oitavo e último game, convertendo o segundo set-point que teve. Na segunda parcial, mais uma vez Fullana perdeu muitos pontos em sequência no início e só foi vencer a primeira disputa no quarto game, quando já perdia por 0/3. Depois de confirmar o saque pela primeira vez, a brasileira não conseguiu mais incomodar a mexicana e foi dominada, perdeu os três games seguintes e se despediu do SP Open logo na estreia.

Evolução no último ano e mudanças na equipe

Depois de passar pelo circuito universitário nos Estados Unidos, Fullana trabalhou dentro e fora do tênis para poder juntar dinheiro para viajar para os torneios profissionais, dedicando-se exclusivamente ao circuito desde o ano passado. Ela compara a experiência com o que sentiu no WTA 125 de Florianópolis no fim da última temporada. “Faz quase um ano desde aquele torneio e evoluí bastante o meu jogo. Não só na quadra, mas também como pessoa, eu cresci muito. Quando joguei aquele 125 eu tinha apenas alguns meses no circuito profissional, agora já deu um ano e as coisas estão mudando aos poucos. Vou continuar trabalhando e vendo o que posso melhorar. O tênis é um esporte que a gente nunca pode ficar satisfeito com o que tem”.

Fullana também falou sobre as recentes mudanças na equipe, depois de ter passado por um período de treinos na Espanha no primeiro semestre. “Eu agora estou baseada em Brasília, minha cidade natal. Muito feliz de estar de volta para casa depois de tanto tempo. Estou de volta com meu treinador Mário Mendonça na ADK/Play Tennis de Brasília”.

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Marcus Dantas
Marcus Dantas
8 horas atrás

Nao tem gabarito para um 250. Fica a experiencia

Rockton
Rockton
8 horas atrás

Só vi primeiro set. Estranhei a passividade e nervosismo da Luíza. Adversária bem “mais ou menos”, só passava bola e Luiza só errava, isso sem sequer atacar, só no balão.
Nível muito baixo de jogo até onde vi.
Estranheu, pois já vi a Luíza jogar bem.mais que isso.

Edison
Edison
2 horas atrás
Responder para  Rockton

Sim,…errava de mais…e erros sem agredir/atacar,…a outra só passava bolas medianas e mesmo assim era o suficiente. No tênis moderno, sem características agressivas, não rola. Tomara que surpreenda e evolua, boa sorte.

F.F.
F.F.
8 horas atrás

Terrivel

André Borges
André Borges
6 horas atrás
Responder para  F.F.

Lembrou o nivel do Wild….

Ronaldo
Ronaldo
8 horas atrás

A Luiza tem bom saque e se movimenta bem na quadra, mas errando forhand no varejo e no atacado ela não vai a lugar nenhum. Ah, e o voleio dela é nível clube.

Samuel, o Samuca
Samuel, o Samuca
8 horas atrás

Estão em estágios diferentes nas carreiras.
Normal, tendo em vista que a mexicana venceu a Keys e complicou para a Rybakina recentemente.

Juca Silva
Juca Silva
8 horas atrás

Jogando simples, a única tenista nacional que tem condições de jogar é a Bia Haddad. As demais, estão apenas fazendo número por serem brasileiras, o que é louvável, pois, precisam de experiência, pontos. fora que atrai público que querem vê-las jogar.

Jorge Luiz
Jorge Luiz
6 horas atrás

Como assim ela é bem mais velha do que eu? Fala estranha

Verridianinha Filha
Verridianinha Filha
3 horas atrás
Responder para  Jorge Luiz

também achei. assim como dizer que percebeu que as outras valorizam “alongamentos e preparação física”. como é que é???

JClaudio
JClaudio
3 horas atrás

Luiza tem 24 anos, num esporte onde a precocidade é quase uma exigência, fica difícil transpor alguns obstáculos.
Um WTA 250 é um choque de realidade, inclusive oferecendo uma estrutura muito diferente dos torneios onde a jovem participa.
Vale a experiência, de alguém que luta para ser relevante no esporte que escolheu.

Thiago Silva
Thiago Silva
2 horas atrás

Alguém tem que avisar a fulana que ela tá no esporte errado, 24 anos de idade e só agora foi jogar um torneio nesse nível? Ainda diz que não vê a hora de jogar apenas torneios assim e só agora se deu conta de que o extra quadra é importante. Parece que não acompanha tênis profissional e vive numa realidade paralela.

Maurício
Maurício
2 horas atrás
Responder para  Thiago Silva

Ano passado ela já disse que tinha que se divertir, não focar só no tênis, da pra ver que é uma tenista que não leva o esporte muito a sério, como tem que ser um atleta profissional

Agora dizer que não vê a hora de jogar só esse tipo de torneio, kkkk, acorda pra realidade, no início do ano não estava ganhando nem jogo de estreia em W15 sendo cabeça de chave, e enfrentando jogadoras de ranking 900

E havia comentarios de algumas pessoas, que só podem ter vindo de outro planeta, que falavam que ela era melhor que a Bia

Rodrigo
Rodrigo
33 minutos atrás

Torneio pra Bia ganhar. As “melhores” são top 70. Em relação as brasileiras, o grande destaque é a Naná que, acredito, vai ter um futuro brilhante

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