“Como era uma final, não queria desistir”, explica Musetti

Foto: Corinne Dubreuil/ATP Tour

Monte Carlo (Mônaco) – Vice-campeão no Masters 1000 de Monte Carlo neste domingo, em sua primeira final deste nível, o italiano Lorenzo Musetti claramente não estava nas melhores condições na reta final da partida, chegou a pedir um atendimento médico no terceiro set e preferiu seguir em quadra até o final contra o espanhol Carlos Alcaraz.

“Ainda não sabemos a natureza exata da lesão, mas está claro que faremos alguns exames nos próximos dias. Como vocês viram, não consegui terminar a partida direito, mas como era uma final, não queria desistir. Foi a melhor maneira de terminar, mesmo que eu não pudesse jogar por muito mais tempo. A dureza de toda a semana, as partidas longas que joguei, foi o que me afetou hoje”, explicou o italiano.

“Tinha muito claro o que precisava fazer. No primeiro set, joguei possivelmente o meu melhor tênis e estava sentindo a bola muito bem hoje. Porém, fisicamente, eu estava com dificuldades. Tentei compensar jogando com um pouco mais de liberdade no início, mas não consegui lutar até o final por causa dos problemas físicos e do cansaço acumulados nos últimos dias”, acrescentou.

Embora tenha saído frustrado com a derrota, Musetti tirou muitas conclusões positivas de sua campanha no torneio. “Alcancei alguns dos meus objetivos. Depois disso, já estamos focados em outros, em tentar ser ambiciosos e nos motivar ainda mais. Ainda não chegamos ao top 10 e no momento esse é o principal objetivo da temporada”, disse o italiano, que está subindo para o 11º lugar no ranking.

Desistência de Barcelona e elogios a Alcaraz

Musetti voltou a lamentar não ter conseguido competir até o fim e revelou mudanças no calendário. “Como eu disse em quadra, não quero dar desculpas hoje. Carlos provavelmente mereceu a vitória, mas foi uma pena que eu não tenha conseguido mostrar meu tênis até o último ponto. Agora vou tirar uma semana de folga, não vou a Barcelona e vou direto para Madri. Espero estar lá 100%”, falou o italiano.

O bom desempenho no saibro, onde fez sua primeira final de Masters 1000 e foi bronze nos Jogos de Paris, não é à toa para o italiano. “Provavelmente é a minha superfície favorita. Digamos que é o meu habitat natural. Esta semana deu-me confiança para ser mais ambicioso, mesmo em torneios maiores como este ou, por exemplo, Roland Garros. Acho que tenho o nível para estar no topo no saibro”.

Algoz na final, Alcaraz recebeu muitos elogios do vice-campeão. “Carlos já é uma lenda neste esporte, apesar de ser mais novo que eu. É um cara que quebra recordes e tem uma espécie de aura em quadra. Hoje, sinceramente, acho que joguei um primeiro set fantástico. Se eu estivesse 100% fisicamente, poderia ter mantido minha energia, que é o que você precisa para vencer alguém como ele”, finalizou.

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José Afonso
José Afonso
1 dia atrás

Cadê aquele papinho de que Carlitos Tevez Jr. caiu nas “milongas do sérvio” no AO 2025? Só funciona se for ele, outros jogadores lesionados ele não se abala e passa o carro sem dó?

Luiz Fabriciano
Luiz Fabriciano
18 horas atrás
Responder para  José Afonso

Não funciona quando o assunto não é Novak Djokovic.

Sérgio Ribeiro
Sérgio Ribeiro
9 horas atrás
Responder para  Luiz Fabriciano

Errado: já bem escolado , não deu a mínima e partiu para o Pneu. Deveria ter feito o mesmo após o atendimento do Sérvio. Abs !

Ricardo
Ricardo
16 horas atrás
Responder para  José Afonso

Porque o Musetti estava lesionado, o cara não conseguia nem correr. Agora as contusões do DjokoFAKE só aparecem nas imagens fakes que ele divulga. Se for chorar, manda áudio. Nunca será!

Marcos
Marcos
13 horas atrás
Responder para  Ricardo

Alguns terminam as partidas mesmo sem condições físicas de jogar, por respeito ao público e ao adversário. Por isso e outras , ele nunca será … Parabéns Musetti, você representa o Tênis !

Sergio Barreto
Sergio Barreto
1 dia atrás

O jovem Musetti tem uma longa caminhada pela frente, perder para Alcaraz é normal mesmo levando um pneu.
O tênis masculino não passa por um bom momento. Mesmo os grandes nomes não estão proporcionando grandes espetáculos.
Talvez os mais jovens como João Fonseca, Jakub Mensic nos proporcionem algumas alegrias nas giras do saibro e da grama.
Djoko, Wawrinka e Dimitrov estão saindo para dar lugar a nova geração.
Vou sentir falta do bom tênis apresentado por esses três nomes.

Mitzi
Mitzi
1 dia atrás

Vaaaaaaamos Carlitos !

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