Como a tecnologia invadiu as quadras de tênis (e trouxe problemas junto)

Por Kristina Lozanova

Parece coisa de filme, mas hoje em dia hackers e tênis andam de mãos dadas. Quem imaginava isso há uns anos atrás? O esporte que conhecíamos – simples, direto – agora tá cheio de tecnologia por todo lado.

Basta dar uma volta em qualquer clube para ver a mudança. Jogador conferindo estatística no celular, raquete que bipa quando você erra o movimento, app que filma e analisa seu saque. Tudo conectado, tudo gerando dados. E onde tem dados circulando pela internet, tem gente tentando roubar.

A revolução dos equipamentos

Lembro da primeira vez que vi uma raquete Babolat Play em ação. A raquete registrava tudo: velocidade da bola, onde ela bateu nas cordas, força do golpe. No começo, muita gente achou besteira, mas hoje até jogadores do circuito profissional dependem desses dados.

O legal é que democratizou muito o acesso à informação técnica. Agora qualquer um baixa um app e tem acesso a estatísticas que antes eram privilégio de poucos.

Claro que tem o lado chato também. Às vezes, você só quer bater umas bolas para relaxar e acaba ficando obcecado com os números na tela. Mas isso é outro papo.

Quando as coisas complicam

Agora vem a parte chata da história. Sabe aquele wi-fi grátis do hotel? Ou do aeroporto? Pois é, pode ser uma roubada. Principalmente se você é jogador profissional e fica o tempo todo conectado, mandando vídeos de treino, conversando com técnico pelo WhatsApp.

Tem muito malandro por aí que sabe mexer com essas coisas de internet. E se pegar seus dados? Lascou-se.

Parece paranoia? Não é não. Já rolaram casos de atletas que tiveram informações vazadas antes de jogos importantes. Por isso que muitos profissionais hoje usam um provedor de VPN para proteger suas conexões, especialmente quando estão fora do país.

Pensa bem: se você fosse enfrentar Novak Djokovic na final de Roland Garros e alguém tivesse acesso aos seus padrões de jogo e pontos fracos, seria complicado, né?

Quadras do futuro

As quadras modernas parecem cenário de Star Wars. Sensores por todo lado medindo velocidade da bola, trajetórias impossíveis. A Federação Internacional de Tênis está investindo pesado nessas tecnologias e o resultado tem sido impressionante.

O que mais me chama atenção é como isso mudou a experiência de quem assiste. Antes você via uma bola passar rápida e pensava “nossa, que pancada!”. Agora aparece na tela: “195 km/h, rotação de 2.847 RPM”. É outro nível de entendimento do jogo.

Alguns puristas reclamam que está tirando a “magia” do esporte, mas eu discordo. Acho que deixa tudo mais interessante, mais científico. E para quem joga, então, é uma mão na roda para melhorar.

Cuidados necessários

Olha, confesso que no começo achava essa história de segurança digital meio exagerada. Mas depois de ver uns casos que rolaram por aí, mudei de ideia rapidinho.

Se você joga só por diversão nos finais de semana, relaxa. Mas se compete, se tem ranking, se investe grana pesada no esporte, aí a coisa muda de figura. Imagina descobrir que alguém teve acesso aos seus treinos, seus pontos fracos, tudo que você vem trabalhando em segredo?

Conclusão

Bom, deu para ver que o tênis não é mais aquele esporte “inocente” de antigamente. Hoje tem código, senha, criptografia… quem diria! Mas olhando por outro lado, nunca foi tão fácil melhorar no jogo. Antes você ficava anos fazendo o mesmo erro sem nem perceber.

Agora é só não bobear com a segurança. Porque uma coisa é certa: se tem internet no meio, sempre vai ter alguém tentando fuçar onde não deve. 

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