Brasil tem seis juvenis em Roland Garros. Relembre o histórico no torneio

Nauhany Silva e Victoria Barros (Foto: Reprodução/Instagram)

Seis brasileiros estão na disputa do torneio juvenil de Roland Garros, que teve a chave sorteada neste sábado e já tem início no domingo, em Paris. A última vez que o país teve tantos reperesentantes na categoria foi em 2014.

Brasileira mais bem colocada no ranking mundial juvenil e atual 25ª do mundo, Victória Barros já estreia neste domingo contra a convidada francesa Eleejah Inisan, de 16 anos e 77ª colocada. A potiguar de 15 anos disputa o quarto Grand Slam, o terceiro em simples, e joga a chave de Roland Garros pela primeira vez. Ela chegou à terceira rodada na Austrália em janeiro.

Se vencer, Victória Barros pode desafiar a tcheca de 14 anos Jana Kovackova, número 12 do ranking cabeça 7 do torneio. Kovackova é também a mais jovem de todo o ranking profissional da WTA, ocupando o 634º lugar, e estreia contra a ucraniana Yelyzaveta Kotliar. A quadrante ainda tem a norte-americana de 16 anos Julieta Pareja, 14ª do ranking juvenil e 319ª entre as profissionais.

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Quem também estreia no domingo é Nauhany Silva, paulista de 15 anos e vinda do quali em Paris. A atual 47ª do ranking enfrenta a francesa de 17 anos Ophelie Boullay, 124ª colocada. Em caso de vitória, pode desafiar a norte-americana Kristina Penickova, segunda cabeça de chave e número 3 do ranking, que estreia contra a búlgara Rositsa Dencheva.

“Estamos há três semanas na Europa. Joguei dois torneios e treinei uma semana na Espanha. Me sinto bem preparada e confiante para Roland Garros. É um torneio que eu amo e espero ir longe aqui”, comentou Naná. “Foi muito especial ter passado o quali. Tenho boas memórias do ano passado, gostei muito e estou muito feliz de estar de volta para jogar a chave novamente. Vou continuar dando o meu melhor em quadra e buscar minha primeira vitória em Grand Slam”, afirmou Naná.

“A Naná fez uma ótima partida na final do quali. Conseguiu controlar bem o jogo do início ao fim, mostrando muita concentração. Entrou firme nos pontos, jogou de forma agressiva, sacou bem e impôs o ritmo, dificultando bastante para a adversária. Dominou a maior parte do tempo e não deu espaço para reações”, analisou Danilo Ferraz, técnico da paulista.

A gaúcha Pietra Rivoli, de 17 anos e vencedora do Roland Garros Junior Series em São Paulo, estreia na segunda-feira contra a francesa Ksenia Efremova, de 16 anos e 66ª do ranking, que venceu o ITF J300 de Charleroi neste fim de semana. Se vencer, Pietra pode enfrentar a britânica Hannah Klugman, cabeça 8 no juvenil e também já profissional, ou a espanhola Lorena Solar.

Guto chega motivado por título na Bélgica

Entre os meninos, o goiano Guto Miguel chega motivado depois de ter conquistado o maior título da carreira em Charleroi. Atual 38º do ranking, ele ficará bem perto do top 20 quando a classificação for atualizada. Ele estreia contra o francês Pierre Antoine Faut. Se vencer, pode enfrentar o tcheco de 18 anos Jan Kumstat, finalista do Australian Open no ano passado, ou o alemão Max Schoenhaus.

O brasiliense Pedro Chabalgoity, que disputa seu primeiro Grand Slam depois de vencer o Roland Garros Junior Series, estreia contra o francês Mickael Kaouk. Se vencer, pode enfrentar o norte-americano Dominick Mosejczuk ou o japonês Ryo Tabata. Também estreante em Slam, o paranaense João Bonini desafia o italiano Jacopo Vasami, cabeça 2 do torneio e vindo de título em Milão. Em caso de vitória, pode enfrentar o alemão Jamie Mackenzie ou o esloveno vindo do quali Luka Lopatic.

Relembre o histórico dos brasileiros no juvenil de Roland Garros
Bia Haddad Maia já disputou duas finais no juvenil de Roland Garros

O primeiro brasileiro a ter vencido um torneio juvenil de Roland Garros foi Gustavo Kuerten em 1994, ao lado do equatoriano Nicolas Lapentti. Três anos mais tarde, Guga venceria o primeiro de seus três títulos em Paris como profissional. O segundo a ser campeão de duplas em Paris foi Matheus Pucinelli em 2019, com o argentino Thiago Tirante. Em simples, foram quatro finalistas: Thomaz Koch tem dois vice-campeonatos, em 1962 e 63. O pioneiro, entretanto, foi Edison Mandarino em 1959. Já o finalista mais recente foi Luis Felipe Tavares em 1967. O tênis brasileiro também tem duas semifinais recentes: Orlando Luz em 2014, superado pelo russo Andrey Rublev. E Thiago Wild em 2018, eliminado pelo argentino Sebastian Baez.

Já nas duplas, outros cinco juvenis brasileiros já estiveram na final. Destaque para Beatriz Haddad Maia, que disputou duas decisões. A primeira foi em 2012, ao lado da paraguaia Montserrat Gonzalez, diante de Daria Saville (que ainda jogava pela Rússia) e Irina Khromacheva. No ano seguinte, ela foi vice ao lado da equatoriana Domenica Gonzalez. As campeãs foram as tchecas Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova. No masculino, outros quatro brasileiros foram finalistas de duplas. O primeiro foi Guilherme Clezar em 2009, ao lado do taiwanês Liang-Chi Huang. Em 2016, Orlando Luz foi finalista ao lado do sul-coreano Yun Seong Chung. Já na edição de 2020, disputada em outubro por causa da pandemia, Natan Rodrigues e Bruno Oliveira também foram vices.

Os resultados de maior destaque para o tênis feminino do Brasil no torneio aconteceram na década de 1980. Andrea Vieira, a Dadá, foi semifinalista em 1987. Um ano antes, em 1986, Gisele Miró chegou às quartas. Outra brasileira a ter alcançado as quartas foi Niege Dias, em 1984. Naquele torneio, ela chegou a vencer um duelo nacional contra Silvana Campos na terceira rodada. A última brasileira na terceira rodada de simples foi Bia Haddad Maia, nos anos de 2012 e 2013. Já em 2006, Teliana Pereira e Roxane Vaisemberg também chegaram à essa fase. E as últimas brasileiras a vencer jogos na chave de simples foram Thaísa Pedretti, em 2017, além de Luísa Stefani em 2014 e 2015.

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Walter
Walter
23 dias atrás

A base vem forte

Guilherme ES Ribeiro
Guilherme ES Ribeiro
23 dias atrás

No feminino, Victoria e Nauhany são favoritas na primeira rodada. Pietra infelizmente não deve avançar. No masculino, Chabalgoity tem jogo aberto contra tenista da casa. Guto é favorito mas não pode bobear. Rival já está jogando torneios profissionais, fez quartas de ITF este e vitórias contra TOP500 da ATP, além de ser um tenista da casa. Bonini infelizmente pegou uma pedreira. O italiano Vasami é número 4 do mundo juvenil, já está de 850 do mundo na ATP, fez quartas de Challenger este ano e já venceu jogadores como o Martin Landaluce. Dificilmente deve avançar

Última edição 23 dias atrás by Guilherme ES Ribeiro
Diego
Diego
23 dias atrás

5 brasileiros enfrentam franceses

Jornalista de TenisBrasil e frequentador dee Challengers e Futures. Já trabalhou para CBT, Revista Tênis e redações do Terra Magazine e Gazeta Esportiva. Neste blog, fala sobre o circuito juvenil e promessas do tênis nacional e internacional.
Jornalista de TenisBrasil e frequentador dee Challengers e Futures. Já trabalhou para CBT, Revista Tênis e redações do Terra Magazine e Gazeta Esportiva. Neste blog, fala sobre o circuito juvenil e promessas do tênis nacional e internacional.

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