José Nilton Dalcim
Da redação
O inovador torneio de duplas mistas deste US Open não agradou a todos, mas conseguiu seus maiores objetivos: reunir grande parte dos melhores tenistas do ranking de simples e colocar bom público na arquibancada, o que raramente acontecesse em partidas dessa especialidade.
Mas existem dois grandes motivadores para esta mista diferenciada, que reuniu apenas 16 parcerias, está sendo disputada em dois únicos dias e tem os chamados “sets curtos” em todas as rodadas, exceto a final, ou seja, set em que são necessários ganhar quatro games.
O primeiro deles é o fabuloso prêmio. A dupla campeã receberá na noite desta quinta-feira nada menos que US$ 1 milhão, o mesmo valor que faturam os vencedores de duplas masculinas e femininas. Para se ter uma ideia dessa reviravolta, os campeões de mistas no ano passado embolsaram cinco vezes menos, ou seja, US$ 200 mil. E não é só. Os vices deste novo formato levam US$ 400 mil, os semis já garantiram US$ 200 mil, os derrotados em quartas pegaram US$ 100 mil e a simples participação deu US$ 20 mil.
O outro motivo, e talvez o mais valioso deles, seja a chance de erguer um troféu de Grand Slam inédito. Jogadores como Alexander Zverev, Taylor Fritz, Ben Shelton, Mirra Andreeva, Frances Tiafoe, Gael Monfils, Lorenzo Musetti, Holger Rune e Andrey Rublev já tiveram campanhas relevantes em Slam e seguem sem títulos. O caso mais relevante, é claro, cabe a Zverev.
Com a disputa das duas primeiras rodadas das mistas na terça-feira, cinco jogadores entrarão em quadra às 20 horas desta quarta com o sonho de ganhar seu primeiro, quem sabe único, Slam. Os candidatos são Jessica Pegula e Jack Draper, que são os cabeças 1; Casper Ruud, que será adversário deles e está ao lado da multicampeã Iga Swiatek; e os locais Danielle Collins e Christian Harrison, dupla de última hora, favorecida pela desistência de Jannik Sinner.
Pegula, Ruud e Collins já estiveram em finais de Slam. A quarta do ranking chegou à decisão do US Open do ano passado em simples e perdeu a final de duplas de Roland Garros em 2022. Já o norueguês tem três vices de simples, dois deles em Paris, em 2022 e 2023, e outro em Flushing Meadows, em 2022. E Collins, que sempre se diz às portas da aposentadoria, decidiu o Australian Open de três anos atrás.
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Ao mesmo tempo, Draper e Harrison tentam ao menos a primeira final desse quilate, O canhoto britânico tem como maior resultado a semi do US Open do ano passado em simples e Harrison chegou na penúltima rodada de duplas em Roland Garros de meses atrás e de mistas em Nova York de 2018.
Os já consagrados são Swiatek, com seis Slam de simples, incluindo o atual título de Wimbledon; a baixinha e elétrica Sara Errani, que soma oito de duplas, sendo dois de mistas, ambos justamente ao lado do seu parceiro Andrea Vavassori. Os dois são os atuais detentores do título.
A rodada desta quarta-feira terá Pegula/Draper x Swiatek/Ruud na abertura da programação, seguindo-se Collins/Harrison x Errani/Vavasori. A final acontece logo depois.
vao ganhar os especialistas Errani/Vavasori
Concordo contigo!!!
Acho que ficou bom para o público, ainda que eu não tenha encontrado tempo esse ano, provavelmente verei no ano que vem.
Aos que reclamam, Duplas mistas sempre foi um circo. As duplas só eram formadas lá na hora entre duplistas que resolvessem participar.
Não fala sem conhecimento. Há muitas duplas mistas formadas por antecipação e com currículo. Caso de Errani e Vavassori.
Dalcim, corrige ai. Leandro Musetti. É Lorenzo. Abraço
Ah, esse corretor automático… Obrigado!
Sucesso completo de público!!! O principal objetivo da mudança trouxe já seus resultados: quadras lotadas com público empolgado e vibrante!!! Com o Torneio de Duplas Mistas em semana diferente dos Torneios de Simples masculino e feminino, o “up grade” de público foi notório e evidente, o público compareceu em massa e o retorno foi um fato consumado!!!
A presença de tenistas americanos “da casa” como Jessica Pegula, Danielle Collins e Christian Harrison nas semifinais já é uma garantia de público caseiro, e também a presença de nomes de peso como Iga Swiatek, Casper Ruud, Jack Draper, Sara Errani e Andrea Vavassori nas semifinais é zmais uma prova que a mudança de formato na disputa de duplas mistas foi um tremendo sucesso!!!
Um extraordinario sucesso. Infelizmente para os duplistas especialistas, são excelentes, mas a grande maioria são ilustres desconhecidos e o torneio de duplas nem televisionado é, só por streaming. Nem a final passa. Já esse formato, trazendo as estrelas de simples, e as poucas de duplas que são conhecidas, está atraindo publico, audiencia de TV e streaming, patrocinadores. No curto prazo é ruim para os duplistas especialistas, mas excelente para divulgar duplas, e atrair mais jogadores de simples para jogar e atrair audiencia. No final todos ganham.
Respeito seu ponto mas nao da pra considerar isso um título de Slam neh? É um torneio exibicao. Eh como considerar o campeão da Copa SP de Futebol Jr como campeão brasileiro de Jrs.
Discordo totalmente de você… Não é um torneio exibição, a presença de tenistas de peso nas semifinais como Swiatek, Ruud, Draper, Pegula, Collins, Vavassori, Pegula e o “Up Grade” de premiação aliado ao Troféu US OPEN, é óbvio que é sim um título de Grand Slam de duplas!!!
Não sou eu quem vai considerar ou não, é a ATP, a WTA e a ITF.
Muito estranho esse formato, mas no fim tudo egrana no USA. Vou torcer para Errani/Vavassori, a única dupla mista raiz deste torneio.
Sinceramente, fica difícil encarar esse novo formato do US Open de Duplas Mistas como um título de Slam “de verdade”. Tanto pela forma como as duplas são formadas, quanto pela própria contagem dos jogos, ficou tudo com cara de exibição, como o próprio Draper comentou sem nem perceber.
Agora, se deixar de lado a seriedade e olhar apenas como espetáculo, a proposta funcionou. Tem sido divertido de assistir e a escolha das duplas chamou atenção para ver não só como iriam jogar, mas também a interação entre eles.