Paris (França) – O Brasil encerrou sua participação no Tênis em Cadeira de Rodas dos Jogos Paralímpicos de Paris, nesta quarta-feira, com diversas conquistas inéditas para o país. Os tenistas tiveram as melhores marcas do país na modalidade em todas as quatro categorias disputadas.
No Quad, Leandro Pena e Ymanitu Silva terminaram a competição de duplas em 4º lugar e ficaram perto de conquistar a primeira medalha paralímpica do Brasil no TCR. Esta foi a primeira vez que jogadores do país disputaram uma semifinal na modalidade. Pela chave de simples, Pena chegou nas quartas de final e igualou a melhor marca do Brasil, obtida por Ymanitu, em 2016.
Além do desempenho, Pena também falou do sonho de poder jogar nas quadras de um Grand Slam. “É o sonho de todo tenista estar em eventos desse porte, ainda mais no complexo de Roland Garros. Tive uma boa participação, consegui vencer o número 5 do mundo na chave de simples e disputamos o bronze nas duplas. Ainda não digeri a derrota e talvez não consiga por um tempo, mas tivemos um bom desempenho. Gostaria de agradecer a todos que torceram por nós e esse apoio foi maravilhoso. Recebemos muito carinho dos brasileiros”, disse.
Para Ymanitu Silva, a categoria Quad vem crescendo nos últimos anos, o que torna a conquista ainda mais importante. “Estou feliz por disputar mais uma edição dos Jogos. A nossa categoria está evoluindo e o nível está cada vez maior. Só de conseguir classificação direta já foi um feito gigante”, disse o catarinense, que falou sobre ficar perto da inédita medalha. “Por um lado, fico frustrado com o desempenho nas duplas, porque sabia do nosso potencial. Mas ficou no quase. Fazendo uma avaliação geral, nosso time veio com muita qualidade e leva pra casa um bom resultado”, completou.
Já no Masculino Open, os mineiros Daniel Rodrigues e Gustavo Carneiro colocaram o país nas quartas de final da chave de duplas também de forma inédita. Tenista da delegação com mais participações nos Jogos, Rodrigues ainda teve a melhor marca do Brasil na chave de simples, alcançando as oitavas de final.
Daniel contou que teve uma superação a mais nos preparativos para a competição. “Essa Paralimpíada tem um gostinho especial, pois atingimos um feito inédito para o Brasil e superei uma marca pessoal na categoria Open. Tudo isso depois de uma lesão grave pouco antes da competição iniciar, mas consegui jogar bem e entreguei 100% do que poderia. Saio daqui com o saldo positivo e estou muito contente”, falou.
Carneiro destacou o desempenho individual e da equipe brasileira na competição. “Volto muito feliz com meu desempenho, fiz ótimos jogos e é nítido que tenho melhorado o meu nível de tênis. A nossa participação foi excelente, a melhor participação do tênis paralímpico em todas as edições”, pontuou.
Após a participação no maior evento paradesportivo do mundo, o vice-presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), Jesus Tajra, exaltou as conquistas e o trabalho que a entidade vem realizando em prol da modalidade. “Esta foi a melhor campanha brasileira da história no TCR dos Jogos Paralímpicos. Gostaria de exaltar os atletas, os treinadores e a coordenação da modalidade pelo trabalho brilhante no evento. As conquistas fazem parte do processo que a CBT vem implementando dia após dia com jogadores, treinadores e as federações de cada estado, onde o TCR brasileiro só cresce. Agora seguimos em frente, pois o trabalho rumo a Los Angeles já inicia amanhã”, disse.
Vamos em frente brasileiros
Parabéns, Senhores: são muito mais; do que vencedores