Londres (Inglaterra) – Campeão do ATP 250 de Santiago, completando a dobradinha com o título também no Rio Open, na semana anterior, o argentino Sebastian Baez viu seu grande momento no saibro sul-americano lhe render frutos no ranking. Nesta segunda-feira, ele estreou no top 20 após ganhar duas colocações com a conquista na capital chilena, alcançando o 19º lugar na ATP.
Ascensão semelhante teve o cazaque Alexander Bublik, que foi até a final do ATP 500 de Dubai, mas ficou com o vice-campeonato, perdendo o título para o francês Ugo Humbert. Ele também debutou no top 20 nesta semana, saindo da 23ª posição para a 20ª. Já o campeão Humbert ganhou quatro lugares e agora é o 14º do mundo, melhor marca da carreira.
Um pouco mais em cima, outro vice-campeão se deu bem no ranking desta semana. Derrotado na final do ATP 500 de Acapulco, o norueguês Casper Ruud garantiu a volta ao top 10 com seu desempenho no torneio mexicano. Ele melhorou duas colocações na lista desta segunda-feira e agora é o número 9 do mundo.
Algoz de Ruud na final, o australiano Alex de Minaur defendeu o título em Acapulco e por isso não conseguiu subir no ranking, porém a conquista do bicampeonato evitou que ele deixasse o top 10, se mantendo na 10ª colocação. Já o norte-americano Taylor Fritz não teve a mesma sorte e saiu desta faixa, indo do 10º posto para o 12º.
Ainda dentro do top 100, destaque para as boas subidas de Jack Draper, Alejandro Tabilo, Pedro Martinez e Yoshihito Nishioka, todos ganhando mais de 10 posições nesta semana. O que mais subiu foi o britânico de 22 anos, que foi até a semi em Acapulco e com isso ganhou 13 lugares, indo para a 37ª posição, a melhor da carreira até então.
O chileno, vice em Santiago, também atingiu sua melhor marca depois de subir 12 lugares e chegar ao 39º posto. Semifinalista no mesmo torneio e Tabilo, o espanhol Martinez foi outro que ganhou 12 posições e agora é o 89º do mundo. Já o japonês Nishioka ganhou 10 colocações e ao atingir as oitavas em Acapulco e subiu para o 72º posto.
Humbert se torna o 15º francês TOP15 na história. Bublik é o primeiro cazaque TOP20 na história. E Baez é agora o 20º argentino TOP20 na história. O Brasil só teve um TOP20 no masculino, o Guga.
Argentina tem um monte de top 50, mas perde pro Brasil em 2 quesitos cruciais: nunca teve um n.1, e o Brasil tem muito mais títulos de Grand Slam do que a Argentina, seja em simples, duplas ou duplas mistas. Ou seja, a Argentina forma muito tenista mediano, que fica ali orbitando entre 20 e 100 do mundo, mas não passa disso também.
Verdade, Guilherme. Tirando o Guga, o brasileiro que chegou mais perto do top 20 de simples da ATP foi o Thomaz Bellucci, 21°.
Uma “compensação” é que tivemos o Guga durante 43 semanas no topo do ranking, enquanto a Argentina nunca teve um número 1. Além do Guga, o único sul-americano número 1 de simples foi o chileno Marcelo Ríos, por 6 semanas.
Sim, você tem razão. Ninguém teve na Amércia do Sul um número 1 do mundo como nós tivemos. Mas TOP20 estamos bem atrás da Argentina e Chile. Argentina tem agora com o Baez 20 TOP20, e o Chile já teve 7. No TOP30 já encostamos no Chile, já que eles continuam com o mesmos 7 tenistas e nós temos 6 TOP30
Vilas é o melhor tenista sul-americano da história com seus 62 títulos, 4 Slams e perto de 1000 vitórias na carreira. Desculpe, mas é disparado o melhor.
A ATP não quis revisitar o ranking, mas em 1977 ele ganhou 17 ATPs (145 vitórias e 14 derrotas), sendo dois Slams. Um desempenho muito superior ao do Connors que terminou o ano sendo o #1 sem ganhar nenhum Slam e com “apenas” 8 ATPs.
Os números gerais do Vilas são melhores, fato, mas também é fato, mesmo discordando do conceito do ranking na época, que o Guga é o único número da ATP na América do Sul. Como falei, pode-se discordar do mérito do ranking nos anos 70. E isso não diminui em nada nenhum dos dois, excelentes tenistas e que marcaram época
Koch foi #12 na era amadora. Se não contabilizarmos isso, não dá para falar em MEB #1 (melhor ranking dela foi #29 no final da carreira).
Nada contra o Koch, mas apenas estava citando a estatística da ATP. O número de argentinos é chilenos que citei são desde 1973, ano da criação do ranking. Não coloquei na lista argentinos ou chilenos que podem ter sido considerados TOP 20 antes disso. E falando de ranking na era amadora, o número 1 da MEB é incontestável, pela infinidade de conquistas em Grand Slam que ela teve. Mas as outras posições de ranking já não digo o mesmo. Depende da métrica utilizada. Mas Koch foi excelente. Talvez teria sido TOP 20 mesmo se já existisse o ranking. Mas de novo, pontuei apenas estatística desde a criação do ranking da ATP, como base de comparação, sem tirar o mérito do que aconteceu antes