Mais um ano chegando ao fim nesse agitado circuito profissional feminino. Surpresas e novidades brotaram das notícias dentro e fora das quadras. Das campeãs dos quatro Grand Slam, nenhum nome que já não tivesse levantado um desses troféus. A bielorrussa Aryna Sabalenka ficou com dois deles (Australian Open e US Open), a polonesa Iga Swiatek levou Roland Garros pela quarta vez e a tcheca Krejcikova quebrou o jejum de dois anos sem título de simples, arrematando Wimbledon.
Curiosamente, numa análise mais profunda sobre a trajetória das duas melhores do mundo, podemos dizer que Sabalenka respira com mais oxigênio, já que chegou ao topo do ranking com pouca diferença (1.000 pontos), mas deixou para trás 100 semanas de liderança da polonesa.
Swiatek, sim, viveu momentos mais turbulentos na carreira, a começar pelo rompimento com o técnico após três anos de muito sucesso, com saldo de vitórias em 19 torneios e quatro Roland Garros no bolso. Para piorar, surgiu a problemática da suspensão por um mês do circuito após testar positivo para uma substância proibida, a trimetazidina.
Assunto polêmico, gerou muito burburinho no circuito, principalmente pela forma desigual como esse tema é tratado. Muitos inclusive aguardam o desfecho de caso similar relativo ao número 1 do mundo, o italiano Jannik Sinner.
A lista ficaria longa para comentar as tantas novidades mas, para encerrar as internacionais, outro grande destaque foi a norte-americana e terceira do ranking, Coco Gauff, que aos 45 do segundo tempo venceu o WTA Finals, com muita propriedade e encerrou o ano como a atleta mais bem paga do mundo. Com mais de US$ 30 milhões, entre premiações e patrocínios, ela encabeça uma lista de quinze atletas, onde nove são tenistas.
No resumo nacional, com exceção de um novo problema no joelho da duplista Luísa Stefani, só coisa boa! Vamos aplaudir a realização de dois confrontos da Billie Jean King Cup (Copa das Nações) em São Paulo, responsável por aproximar o fã das nossas melhores tenistas; a emoção de acompanharmos as duas vitórias da paulista Laura Pigossi em simples, no ITF W75 em São Paulo e duplas no WTA 125 em Florianópolis.
Outra surpresa veio da brasiliense de 23 anos, antes desconhecida dos brasileiros, Luiza Fullana, que faturou dois torneios ITFs também no Brasil, evidenciando a importância de se promover torneios no nosso país.
Destaque para o tênis juvenil, que agora conta com duas tenistas de apenas 14 anos no ranking WTA – Nauhany Silva e Victória Barros. Interessante o fato de a potiguar treinar na França, despontando as duas ao mesmo tempo no cenário internacional.
A carioca Ingrid Martins encerra o ano com um animador título de duplas em Merida, México, num WTA 250. E finalmente, todos os elogios para Bia Haddad, que fecha a temporada dentro do top 20 da WTA, precisamente na 17ª posição e com mudanças estratégicas já anunciadas na equipe técnica que ganhou dois reforços – o técnico francês Maxime Tchoutakian, que trabalhou com a bielorussa Victoria Azarenka, campeã de dois Grand Slam, além do fisioterapeuta Fernando Alves.
Agora é esperar com ansiedade o reinício do circuito, que virá até mesmo antes do Ano Novo. A temporada começa no dia 27 de dezembro e portanto a luta pelos pontos, títulos e prêmios já tem data marcada.
Com um momento tão favorável, nos resta torcer pela continuidade da evolução do tênis feminino mundial. E quanto a nós brasileiros, é animador sonhar com as excelentes oportunidades dessa e das futuras gerações.
Pode vir 2025!!!
Mais um excelente texto, Patrícia. Tá ficando igual ao vinho!
Parabéns pela carreira incrível (uma das poucas Top 50 do Brasil na história), incluindo o Master onde você aparentemente segue ativa. Um exemplo raro de dedicação e amor pelo esporte.
Às vezes, a gente acaba esquecendo de dizer, mas tenho certeza de que você tem o carinho de muitos.
Obrigada pelas palavras , Fernando!
Não só no master, agora sou seleção brasileira de pickleball . Já experimentou?
Oi Patrícia
Tenho uma quadra aqui em casa!!!!!!!
Bem legal!!!!
Que maravilha que já tem seleção brasileira
E também parabéns pelos excelentes textos
Fico esperando para ler
Abraços
Oi Vanda!
Você sempre ativa ! Vamos jogar então !!!
Pat, insere o Orlando Luz
E pode acrescentar também o Zormann e o Romboli
A Patrícia escreve sobre tênis feminino, caro Luciano.
Oi Luciano,
Como bem disse o Zé Nilton, meu tema eh tênis feminino .
E viva o tênis feminino brasileiro!
Parabéns Patrícia. Um grande texto .vamos seguir em frente e ver como a Bia e stefani vao nesse ano de 2025.
Oi João,
Estou apostando num bom ano para Bia . Está mais madura e mais consciente .