Mais um ‘peixe grande’ caiu nas malhas da Agência de Integridade do Tênis Internacional. Depois do ainda incerto caso Jannik Sinner, que está nas mãos da Corte Arbitral do Esporte, agora a ITIA revelou que Iga Swiatek teve um resultado positivo, que felizmente se provou involuntário.
Iga foi testada fora de competição no dia 12 de agosto e o resultado positivo saiu praticamente um mês depois, determinando sua suspensão provisória no dia 12 de setembro, dois dias depois de ela perder a condição de número 1 do ranking para Aryna Sabalenka.
Nos 30 dias em que ficou afastada, a polonesa perdeu pelo menos dois torneios 1000 que certamente iria competir na China, marcados para Pequim e Wuhan, onde teria chance de brigar com a bielorussa pela ponta do ranking. Sabalenka ganhou um deles e abriu distância importante, que não pôde ser recuperada quando Iga retornou, já no Finals de Riad.
Como tudo na vida, é preciso pensar nos pontos positivos e negativos desse constante imbróglio causado pelos testes antidoping. O fato de Iga e Sinner terem sido testados dentro e fora de competição mostra que o trabalho de prevenção da ITIA é bem feito e sem favorecimentos aos melhores do circuito.
A análise e julgamento rápidos dos dois, que tiveram amplo direito de defesa, também me agrada, assim como o fato de que não houve publicidade prévia da detecção positiva dos testes, o que protege o esportista. Afinal, a presunção de inocência deve sempre prevalecer.
A questão das dosagens ínfimas da substância proibida, que ocorreu nos dois casos, se mostrou essencial porque não resultaram em ganhos vantajosos para os ‘infratores’. Talvez esse critério necessite de uma regulação específica por parte da ITIA.
Por outro lado, a exceção dada ao italiano, que recorreu e pôde seguir competindo em meio ao andamento do processo, é preocupante, ainda que exista essa brecha no regulamento. Também carece padronização urgente. Vemos que Iga ficou quatro semanas impedida de jogar num momento crucial da temporada.
Ainda que esteja trabalhando para manter a necessária integridade do esporte, a Agência deve explicações e o mínimo que se pode exigir são regras claras e universais. O atleta, por sua vez, ainda mais os de ponta, precisam redobrar a atenção aos produtos ingeridos por ele ou por seu time, já que a longa lista de produtos proibidos é pública e notória. Não é algo fácil, sem dúvida, mas ganhar Grand Slam, ser número 1 e faturar alguns milhões de dólares também são tarefas difíceis e minuciosas.
O que mudou Dalcim ? Antigamente qualquer coisinha era suspenso , perdia pontos e dinheiro .
Não era qualquer coisinha, Sandra. A questão da quantidade tem peso grande.
Complicado. Passaram se anos, décadas com Nadal e o Djokovic apresentando desempenho físico muito acima dos demais e a agência antidoping apenas pegava ums desconhecidos. Parece que agora resolveram mostrar que estão trabalhando…
Esse negócio deve ser difícil de seguir a rigor pra não cair em dopping, hein Dalcim? Um descuido e o peixe cai na rede! Confesso que até hoje não entendo bem sobre essas substâncias proibidas.
Eu não consigo deixar de lembrar do caso Martina Hings, quando ela foi pega no dopping, se aposentou, e passada a pena voltou ao circuito. Foi isso mesmo que aconteceu Dalsim? Hoje isso seria autorizado? Ao se aposentar a atleta deixa de precisar fazer os exames periódicos, correto?
Exato, durante a aposentadoria não há motivo.
Não existe mais doping “voluntário” ou que cause “ganho” para o atleta, certo? A ITIA, pois, pode fechar as portas.