Paris (França) – Depois de resultados muito decepcionantes nos Jogos Olímpicos de Paris e no US Open, os franceses conseguiram brilhar na reta final da temporada. Arthur Fils foi campeão no ATP 500 de Tóquio, Giovanni Perricard fez o mesmo no ATP 500 da Basileia e Ugo Humbert fez sua primeira final de Masters 1000 em Paris, mostrando futuro para o tênis francês.
Diretor de alto nível da Federação Francesa de Tênis (FFT), o croata Ivan Ljubicic fez um balanço da temporada e disse que os resultados recentes são motivos para sorrir. “Arthur é um talento e espero que esteja no top 10 no próximo ano e continue a progredir. Sei que o Giovanni também teve um ano incrível. Conheço os dois muito bem porque estavam na FFT quando cheguei. Também falo com Jeremy Chardy, treinador de Ugo, e estou aqui se precisarem de mim”, comentou em programa no Eurosport.
Ljubicic também acredita que os bons resultados dos últimos meses podem atrair mais coisas positivas. “Uma final do Masters 1000, obviamente, motiva os outros, mostra-lhes que é possível. Principalmente o fato de ser Ugo Humbert quem o faz, pois ele não foi um juvenil incrível. É interessante e espero que ele entre no top 10 no início do próximo ano”, acrescentou.
Dois franceses no top 10 no curto ou médio prazo, esta é uma perspectiva que parecia muito distante há apenas alguns meses ou um ano. “Hoje está um pouco melhor, mas é um processo longo. Acima de tudo, penso que devemos responsabilizar os jogadores, que assumam o seu próprio projeto e que sejam ambiciosos”, observou o dirigente da federação francesa, que espera por coisas maiores no futuro.
“Ugo Humbert em 14º e Arthur Fils em 20º, esse é o ponto de partida, não o objetivo. Falta um campeão, alguém que ganhe um Grand Slam e jogue o Finals regularmente”, admitiu Ljubicic. O treinador croata acredita que a nova geração tenha mais ambição do que a anterior.
Para ele, Fils e Perricard podem conseguir resultados superiores aos que obtiveram Gael Monfils e Richard Gasquet. “Se olharmos para a geração anterior, tenho a sensação de que Gilles Simon usou 100% o seu potencial, mas Gael acho que poderia ter feito um pouco mais. Todos conhecemos o talento que Gasquet tinha aos 14, 15, 16 anos. Ele teve uma carreira fantástica, mas tenho a sensação de que também poderia fazer um pouco mais”, opinou.
“Jo-Wilfried Tsonga quase usou 100% do seu potencial, mas ele teve problemas físicos em comparação com os outros de seu período. A geração que temos com Arthur Fils, Giovanni (Perricard), até Moïse Kouamé (promessa de apenas 15 anos), de quem posso falar porque conversamos muito, vão dar 100%, se esforçar ao máximo. Espero que o façam e realmente cheguem a um nível muito alto”, finalizou Ljubicic.
Para mim o Fils é o que tem mais potencial. É o mais jovem, com 20 anos e tem muita variação de jogo. Esse Perricard parece muito bom, mas nunca tinha nem escutado o nome dele, vem subindo no ranking, o ano passado era top 200, esse ano top 30, tem que ver se mantém essa consistencia e continua subindo, para mim ainda uma incógnita. Já Ugo Humbert, não vejo potencial para GS, despontou como um grande potencial next gen, chegou ao top 50 antes da Pandemia, mas ficou ali, top 30, top 20 nos proximos anos. Hoje é top 14, mas acho ele muito inconsistente. Parece Wawrinka nos seus 20 e poucos anos. Podia ganhar do n.1 e perder do 150 no mesmo torneio. Mas Wawrinka, quase aos 30 anos despontou e ganhou seu primeiro GS, então quem sabe o Humbert surpreende também. Eu não apostaria
Acho que Tsonga, Gasquet e Monfils poderiam ter ganhado GSs, principalmente RG, não fosse o Big 3, em especial o domínio absoluto de Nadal em RG, que durou quase 20 anos. Acredito que mesmo com predomínio do Alcaraz e Sinner, os GSs terão portas mais abertas à novos campeões.
Bom ponto, mesmo tendo numeros fantasticos de inicio de carreira, não vejo Alcaraz e Sinner fechando as portas de GS e ganhando tudo ou 3 de 4 por 15+anos como fez o Big 3. Pode ser que chegue um ou 2 mais para completar o time, mas acho muito dificil a historia do Big 3 ou mesmo Big 4 se repetir.