Deu a lógica e a decisão masculina de Miami de 2023 se repetirá uma rodada mais cedo desta vez. Já será o 11º duelo entre Jannik Sinner e Daniil Medvedev, apenas dois meses depois de decidirem o Australian Open, em que o russo abriu 2 sets na frente e levou a histórica virada.
No geral, Medvedev ainda lidera por 6 a 4, mas perdeu todas as quatro mais recentes, ou seja, as decisões de Pequim e Viena e a semi do Finals de Turim. Seu último triunfo foi justamente em Miami de 12 meses atrás, em que marcou 7/5 e 6/3, quando se esperava que o piso sintético mais lento da Flórida fosse favorável ao italiano.
É bem verdade que Sinner parece menos dominante depois que caiu diante de Carlos Alcaraz na penúltima rodada de Indian Wells. Ele se viu em apuros contra Tallon Griekspoor e demorou para se soltar contra Christopher O’Connell e Tomas Machac, ainda que o tcheco cada dia se mostre um adversário mais perigoso e confiante.
Medvedev por seu lado aprendeu mesmo a se virar nas condições adversas. Continua a reclamar que a bola não anda na quadra dura do Sunshine Double e tem dado perigosas osciladas geralmente no segundo set, mas fez exibições curiosas contra Marton Fucsovics, Cameron Norrie e Nicolas Jarry, em que mesclou muito a posição de devolução. Nesta noite contra o super-sacador chileno, ficou 5 metros atrás e teve alguma sorte ao ver Jarry desperdiçar 5-4 no tiebreak com dois serviços a seu dispor.
Os outros semifinalistas saem dos jogos de Alcaraz contra Grigor Dimitrov – espanhol tem 3 a 1, mas o búlgaro ganhou o mais recente, em Xangai – e de Alexander Zverev diante do tênis muito sólido do húngaro Fabian Marozsan, que já tirou Holger Rune e Alex de Minaur. Os favoritos que se cuidem.
Alexandrova é o destaque do feminino
Saque aplicado, excelentes golpes de base, transições à rede e coragem. Ekaterina Alexandrova, aos 29 anos, é o grande nome da chave feminina de Miami até aqui, tendo deixado pelo caminho Iga Swiatek e Jessica Pegula, a líder e a quinta do ranking.
Nas duas situações, chamou a atenção seu jogo muito forçado. Contra Iga, em apenas dois sets, fez 31 a 11 nos winners e nesta noite diante de Pegula, em três parciais, foram 40 a 15. Agora, faz duelo inédito contra Danielle Collins, que já anunciou aposentadoria ao final do calendário e tem se aproveitado dos buracos abertos na chave, como a queda de Coco Gauff e Naomi Osaka para Caroline Garcia, a quem venceu com muita autoridade nesta quarta-feira.
Na outra semifinal, um duelo de campeãs de Grand Slam. Mesmo sem apresentar seu melhor tênis, mas usando variações muito apropriadas, Victoria Azarenka vai atrás do quarto título em Miami, o primeiro em oito temporadas. Naquele 2016, ela completou o Sunshine Double, ou seja, ganhou também Indian Wells.
Já a cazaque Elena Rybakina ainda não me parece totalmente recuperada da virose que a tirou da Califórnia, mas tem achado soluções. De seus quatro jogos em Miami, três foram ao terceiro set e a vitória sobre Maria Sakkari exigiu muito do seu físico e ela própria admitiu que a grega estava mais inteira no terceiro set. A boa notícia é que Rybakina nunca perdeu de Vika em três confrontos e ganhou as três semis que fez nesta temporada.
Quem vai treinar Djokovic?
O dia começou com a inesperada notícia do rompimento entre Novak Djokovic e o técnico Goran Ivanisevic, ao que tudo indica de forma muito amistosa. O sérvio, que acrescentou o croata ao time em 2019 quando era orientado por Marian Vajda, fez rasgados elogios e creditou muito do seu sucesso desde então a Goran, que passou a ser seu técnico exclusivo em 2022 e no total esteve com Nole em 12 de seus 24 troféus de Slam.
No exato momento em que começa a se preparar para o saibro europeu, a especulação é sobre quem será seu novo treinador. Ninguém na imprensa sérvia ou europeia quis arriscar nomes, mas se imagina que ele escolherá provisoriamente um especialista na terra. Afinal, Roland Garros e talvez acima de tudo os Jogos Olímpicos estão aí.
Depois de uma grande entressafra finalmente temos um grande jogador que é acima da média, está jogando muito e irá ganhar mais Grand Slams nesse ano! Questão de tempo para o Sinner ser número 1 do mundo.
A entressafra acabou em 2008. Você está bastante atrasado.
Zverev
Final antecipada?? Alcara na outra semi…. seria se fossem os 2, Alcaras X Sinner
Só pra te lembrar que o MALVADÃO é o atual Campeão do torneio de MIAMI…
A chegada de Sinner e Alcaraz e até Rune decretou o fim da entressafra. Nada mais de disputar finais de Slam com Berretini, Kevin Anderson, Tsitsipas, Kyrgios, Rudd, etc.
Kevin Anderson que virou um 2-0 na suposta casa do Terceirão com match point e tudo? Tsitsipas que também eliminou o freguesão no Australian Open e no Finals?
São quantos Slams passando por Djoko e Nadal mesmo?
Antes de Kyrgios eliminou Sinner e antes do Ruud eliminou Alcaraz. Curioso, não?