Turim (Itália) – A temporada de 2025 chegou ao fim para Félix Auger-Aliassime após a queda na semifinal deste sábado contra Carlos Alcaraz, no ATP Finals em Turim. Foi a segunda vez que o canadense disputou a competição, retornando depois de três anos, e a primeira que ele passou da fase de grupos. O jogador de 25 anos também celebra a chegada ao top 5 e deu uma arrancada na reta final do ano, já que era apenas o 27º do mundo quando disputou o US Open e foi semifinalista.
“Sempre que você chega a um estágio novo, em termos de resultados ou ranking, é positivo. É minha primeira semifinal aqui. E vou ser o número 5. Já fui 6, então subir mais um é bom. Estou de volta ao nível em que sei que posso jogar. Muito feliz por fazer parte deste torneio e por ter jogado dessa maneira nos últimos meses. Feliz com o progresso. A jornada continua”, disse Aliassime, que foi superado por Alcaraz com parciais de 6/2 e 6/4. Foi o oitavo duelo entre eles e a quinta vitória do espanhol.
Perguntado sobre o domínio de Alcaraz e do italiano Jannik Sinner no circuito, o canadense acredita que ainda pode reduzir a distância para os principais rivais, mas também está atento à nova geração. “Todo mundo é muito bom. Não posso focar só nesses dois. Tem gente jovem chegando. A competição é intensa todos os anos. Mas é claro que, quando enfrento esses caras hoje, os fatos mostram que eles estão um nível acima”.
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“O ranking não mente. Eles são os dois melhores. Com estilos diferentes, mas ambos colocam uma pressão extrema sobre o adversário de modos distintos. Não preciso nem explicar. Todos já os viram jogar. O mérito é todo deles. Vou precisar trabalhar. Nunca tive medo de trabalhar, então está tudo certo”, complementou o tenista, que venceu três torneios no ano, em Adelaide, Montpellier e Bruxelas, além de ter alcançado a semifinal do US Open, as quartas em Xangai e a final do Masters 1000 de Paris.
Opinião sobre o calendário e a Copa Davis
Aliassime também foi questionado sobre como mantém a leveza mental em um circuito tão desgastante. “Não sei como alguns caras não aproveitam, para ser honesto. Acho que eles perderam completamente a perspectiva”, afirmou. “Entendo que você pode ficar cansado. Eu também fico. Mas fazemos viagens e vivemos circunstâncias diversas pelo mundo… Somos sortudos e abençoados. Na minha humilde opinião, acordo todos os dias e aproveito. Mesmo quando perco, fico irritado por um dia e passa. Se quiser jogar menos torneios, fique em casa. Ninguém está te obrigando a estar aqui”.
“A capacidade de reagir e de ser resiliente é algo que construí ao longo de muitos anos”, explicou. “Tive bons momentos, mas também fases difíceis. Os últimos anos nem sempre foram ótimos. Mas consegui construir uma casca mais dura nesses períodos. Hoje estou melhor. Decisões como não jogar em Metz tiveram a ver com acreditar mais no que é certo para mim. Se fizer o que acho correto, sem me comparar com os outros, serei recompensado. Talvez não na hora, mas no futuro. Fico feliz que isso deu resultado e eu tenha chegado à semifinal aqui”.
O canadense também comentou sobre seu compromisso com a Copa Davis, competição que já venceu por seu país em 2022. “Tenho orgulho de jogar pelo meu país e já tive sucesso na Davis. Mas muitas vezes precisei proteger minha saúde, estava machucado ou sem condições”, disse. “E acredito que, para algo ser especial, precisa ser raro. As Olimpíadas e Copa do Mundo são a cada quatro anos. Se você tem algo todo ano, não vai ser tão especial. É simples assim”.











