Rio de Janeiro (RJ) – A organização do Rio Open anunciou o italiano Lorenzo Musetti como o primeiro top 10 confirmado para sua 12ª edição, em 2026. Medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 2024, Musetti retorna ao maior torneio de tênis da América do Sul, que acontecerá de 14 a 22 de fevereiro no Jockey Club Brasileiro.
Atual número 10 do mundo, Musetti vem fazendo a sua melhor temporada da carreira em 2025 e brilhou na sua superfície favorita: o saibro. O italiano de 23 anos fez a sua primeira final de Masters 1000 em Monte Carlo, além de semis nos Masters de Madri e Roma, e finalizou a temporada de saibro com uma inédita semifinal em Roland Garros. A grande sequência rendeu a 6ª posição no ranking para Musetti, a melhor de sua carreira, o consolidando como uma das grandes forças do tênis nesta superfície.
“Estou confirmando a minha participação no Rio Open 2026. Infelizmente eu estava lesionado esse ano e não pude jogar. Mas eu pude aproveitar muito a cidade. Fiquei muito feliz no Rio, senti o carinho da torcida e é por isso que estou voltando. Nos vemos em breve,” disse Musetti.
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Musetti fará a segunda aparição nas quadras do Jockey Club Brasileiro, após disputar a edição de 2023. O italiano também esteve presente em 2025, mas acabou se retirando antes do início da competição por uma lesão. Dono de dois títulos (ATP 500 de Hamburgo e ATP 250 de Nápoles), Lorenzo também é bicampeão da Copa Davis, a Copa do Mundo do tênis, pela Itália, fazendo parte do time na conquista dos títulos de 2023 e 2024.
“Estamos muito felizes em receber o Musetti de volta ao Rio Open. Desde a lesão que forcou ele a se retirar em 2025, ele sempre demonstrou o desejo de retornar ao Rio e jogar diante do público brasileiro. Ele tem uma conexão especial com o Brasil, é um dos melhores jogadores de saibro do mundo e confio que fará uma grande campanha em 2026,” disse Luiz Carvalho, Diretor do Rio Open.
Mais confirmações no line-up de 2026 e informações de pré-venda e venda geral de ingressos serão dadas em breve nos canais oficiais do Rio Open.
O que não falam é a nota preta que pagaram de “incentivo” pro italiano aceitar jogar o Rio Open.
É uma questão complicada mesmo. Mas tanto com o “italiano” ou qualquer outro jogador TOP 10 provavelmente a história seria a mesma. Existem torneios que os caras lutam para jogar, outros precisam “lutar” para levar jogadores de maior expressão.
O Rio Open paga cachê para ponteiros disputarem o torneio (Musetti é um deles).
Apenas como exemplo, Alcaraz, quando participou, fez um contrato de três anos com o Rio Open.
Apenas em 2024 recebeu cerca R$ 1,9 milhão, foi um bom negócio, pois o contrato foi feito quando Alcaraz ainda era uma promessa (que se confirmou).
O valor recebido por Alcaraz, apenas para participar, caso entre na quadra, faça o aquecimento, o valor está garantido, independe de jogar.
O cachê sai da fatia do orçamento garantido pela Lei Estadual de Incentivo ao Esporte do Rio de Janeiro, ou seja, dinheiro público, usado para pagar estrelas do tênis (enquanto o cidadão sofre com os serviços públicos).
Até mesmo o patrocínio da Claro (R$ 14 milhões) é retirado do desconto do ICMS devido da empresa (dinheiro que deveria ir para abastecer o serviço público).
Algo pouco comentado, na realização do nosso maior torneio de tênis
A normalização do errado.
Não vejo nenhum problema no uso de dinheiro público na arte, cultura, esportes, etc. Algumas premissas precisam ser ajustadas. Não deveria haver cobrança de ingressos ou o ingresso deveria ser bastante subsidiado. O atleta, Alcaraz no caso, precisaria cumprir uma extensa agenda social, jogar com crianças, fazer aparições publicas, etc para que toda a sociedade pudesse usufruir da sua presença já que toda a coletividade pagou pela sua presença. Jogar o torneio em si, nesse caso, aí sim poderia ser o de menos.
Olá André.
Até concordo contigo, acho que o estado tem dever de patrocinar o esporte e cultura.
Não o esporte de alto rendimento, quando procuramos informação sobre como é realizado um torneio de tênis no Brasil, ficamos chocados (eu pelo menos).
Quem é responsável pelo Rio Open é o Instituto Carioca de Tênis, uma entidade civil, sem fins lucrativos.
O instituto serve como um captador de verbas, através da isenção de imposto, usando a Lei de Incentivo ao Esporte.
A empresa IMM, a real promotora do evento, não pode captar verbas usando a Lei de Incentivo do Esporte, apenas com a personalidade jurídica do Instituto é possível captar o dinheiro público, afinal, a lei foi feita para ajudar instituições que podem fomentar o esporte de base no Brasil.
Temos um torneio, com premiação e estrutura financiada por dinheiro de isenção fiscal (dinheiro que deveria ser usado em hospitais, segurança, infra estrutura pública e tudo mais) quando uma empresa patrocina o torneio, está retirando dinheiro da sociedade civil (impostos usados para pagar estrelas do tênis).
O 250 da WTA, que vai acontecer no Vila Lobos, tem os dois atores.
O Instituto Carioca de Tênis e a IMM (promotora), da mesma forma que acontece no Rio, um capta, o outro gasta.
Acho que um esporte tão elitista, com tantos nomes importantes, ricos, deveria ser patrocinado por empresas privadas e não com o sagrado dinheiro público.
Normalizamos o Instituto Carioca de Tênis, não perguntamos qual a função dele na elaboração de um torneio de tênis no Brasil.
Pois é, mas isso não é custo, é investimento! Já se tem estudos da FGV que o dinheiro investido em esportes e cultura sempre retorna em maior volume para o país. Movimenta a economia, traz boa imagem ao país, faz a roda girar.
Olá Gabriel.
o estudo da FGV é sobre políticas públicas no esporte, voltado para esportes de base, que ajudam na formação do indivíduo.
O estudo diz cada dólar investido em esporte, se economiza US$ 3,20 com gasto em saúde, pois melhora a condição física do indivíduo, o homem comum (a sociedade).
Não podemos encarar como investimento no esporte, pagamentos de milhares de dólares para um tenista como Alcaraz.
A Lei de Incentivo ao Esporte está sendo ludibriada, como quase todas leis brasileiras, se faz para uma coisa e se usa para outra, assim como leis estaduais de isenção de impostos.
O torneio acontece todos os anos, sempre da mesma forma, ninguém faz nada (a imprensa, o ministério público, a própria sociedade), seria como a normalização do errado.
Homens brancos, conservadores, tomando um espumante de qualidade, pago pelo poder público (somos nós aqui).
Expectativa: Sinner e Alcaraz
Realidade: Zverev de férias remuneradas
Reajuste da rota: Musetti
Sinner e Alcaraz até M1000 ta dificil de garantir, vamos ser mais felizes. Ter 1 ou 2 top 10 já é insano em quase todos os 500.
Quando é que vão aproveitar as instalações olímpicas? Uma vergonha todo ano gastar milhões no monta-desmonta
Nunca irão. As quadras são duras, o torneio é disputado no saibro (para alterar o piso, a ATP precisa autorizar) e o estádio não atende as condições da ATP. Eu tb já indaguei isso e li comentários de que “o Jockey tem um charme carioca que a Barra não possui”. Tb comentaram que “o carioca odeia a Barra e ninguém iria para ver o Rio Open”. Eu concordo plenamente contigo. O estádio olímpico de tênis se tornou um enorme elefante branco sem utilização. O alento é que existe um projeto da empresa promotora do Rock in Rio de transformar o Parque Olímpico em um grande parque estilo os que existem em Orlando. A conferir…
Sem grande retorno financeiro os europeus não vêm. Por isso eu penso que é melhor valorizar mesmo o tênis sulamericano.