Miami (EUA) – Campeã juvenil do US Open em 2022 e ex-número 2 do ranking mundial da categoria, a filipina Alexandra vem sendo a grande sensação do Miami Open, depois de eliminar três campeãs de Grand Slam – Jelena Ostapenko, Madison Keys e Iga Swiatek – e garantir presença nas semifinais do WTA 1000.
Aos 15 anos, conquistou seu primeiro título no circuito profissional em 2021. Aos 16, venceu pela primeira vez uma partida da WTA. Agora com 19 anos, a jovem formada na Rafa Nadal Academy de Mallorca saboreia os frutos dos sete anos de trabalho duro. Durante parte do período na academia, Eala foi acompanhada pelo técnico brasileiro Daniel Rocha Gomez. Ex-técnico do Graciosa Country Club, de Curitiba, trabalha na academia de Nadal desde 2016. Em entrevista à ESPN Brasil, Eala conta: “Estive com Daniel por aproximadamente cinco anos. Conheci quando tinha 13 anos e passamos por muitos momentos juntos. Definitivamente, ele contribuiu de maneira significativa para a minha jornada. Sou muito grata por essa parte da minha vida.”
A filipina vem de uma família de atletas, com a mãe, Rizza, nadadora que competiu nos Jogos do Sudeste Asiático de 1985 e tendo um tio jogador de basquete e um irmão também tenista.
Há um ano e meio, o canal de vídeos da Federação Internacional de Tênis acompanhou um dia na vida da jovem promessa. Nele, ela contava que às 9 horas da manhã, duas vezes por semana, tinha trabalho de fitness na academia, atividade que gostava por ter a companhia de outros atletas. Quando pequena costumava ver bastante seu irmão treinar com o avô. “De pouco em pouco tornou-se mais sério e já não podia me ver em nenhuma outra profissão.”
Seu treinador na época era Dani Gomez – como ele mesmo se identifica no vídeo -, que já trabalhava na academia há sete anos. “Ela vem progredindo muito em tudo nestes anos”, comenta o brasileiro.
Na hora do almoço, Alexandra diz que é grata pela atenção que vinha recebendo, que precisava se manter humilde e tinha esperanças de, com o tempo, fazer mais coisas na carreira Eala é muito grata pela chance de treinar na academia, que considera sua segunda casa. “É super motivador, poder vê-lo treinar na academia quase todos os dias, ele é trabalha muito e isso é uma coisa em que nós todos podemos nos espelhar.”
Já mais tarde, a jovem filipina nascida em Quezon comenta que é difícil ficar longe da família e das coisas com as quais estava acostumada. “Os filipinos têm muito orgulho de seu país e de sua cultura. Sou parte disso, então, isso me dá uma sensação de comunidade e sou grata pelo apoio, amor que me dão do outro lado do mundo.”
Em outro vídeo de 16 minutos, um documentário da CNN filipina, podemos ver imagens da infância de Alexandra e de sua família e ouvi-la falar, misturando inglês e seu idioma natal.
Ótima pessoa e grande jogadora! Espero poder acompanhar sua carreira vencendo torneios daqui para a frente. Enfrenta as tops de igual para igual, o que é muito bom para o circuito. Claro que todos vão estudar melhor o seu jogo e criar dificuldades, mas é isso que diferencia os grandes tenistas, sair de problemas que pareçam à sua frente.