Zverev: “Não passo tempo com o meu pai fora da quadra”

Foto: Dustin Satloff/USTA

Nova York (EUA) – Classificado para as quartas de final do US Open pela quarta vez consecutiva, o alemão Alexander Zverev é um dos tenistas do atual circuito que têm o pai como seu próprio treinador e precisa equilibrar as relações profissionais e pessoais, seja dentro de quadra ou em casa. Mais do que isso, o seu irmão também faz parte da equipe, o que torna essa convivência ainda mais íntima.

No entanto, ao ser questionado sobre o assunto na coletiva de imprensa deste domingo, Sascha revelou com ele e seus entes queridos têm lidado com essa situação para não haver nenhum tipo de desgaste no ambiente de trabalho e nem nas questões familiares.

“Fora da quadra, não passo tempo com meu pai, então esse é um ponto de partida. Já nos cansamos um do outro na quadra. Somos todos adultos, todos temos uma família. Todos sabemos como uma família funciona. Gosto disso porque a família está sempre próxima e talvez assim não sinta tanta saudade de casa, mas acho que tudo depende de como é o seu relacionamento dentro e fora da quadra”, disse o alemão.

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Sem citar nomes, Zverev também fez uma comparação com outros jogadores que têm um parente próximo dentro de sua equipe, lembrando que muitas vezes essa fórmula não funciona para todos. “Eu sei que tem certos jogadores que têm o pai como treinador e a relação é tóxica, com muitas brigas, discussões e coisas que não são saudáveis. Devo dizer que esse não é o nosso caso. A gente se entende fora de quadra assim que sai, e dentro de quadra o que importa é treinar e melhorar. Está funcionando bem, sou o número 4 do mundo”, frisou o jogador de 27 anos.

Em busca do primeiro Slam da carreira

De volta às quartas de final em Nova York, onde foi vice-campeão em 2020, semifinalista em 2021 e quadrfinalista em 2023 (não jogou em 2022 porque estava lesionado), Sascha sabe que tem uma grande oportunidade de enfim conquistar o seu primeiro título de Grand Slam. Isso porque o sérvio Novak Djokovic, que seria seu potencial adversário em uma das semis já foi eliminado, enquanto Carlos Alcaraz, que estava do outro lado da chave, também já se despediu da competição.

Em meio a isso, um jornalista perguntou como ele vem se mantendo firme na busca pelo tão sonhado troféu depois de tantas decepções. “Como você disse, cheguei muito perto algumas vezes. Acho que a lesão de 2022 obviamente não ajudou. Eu estava muito perto de me tornar o número 1 do mundo naquela época, ao menos matematicamente, em termos de pontos. Então não pude jogar por sete meses e isso foi um grande golpe. Mas eu ainda estou muito motivado e quero realizar alguns dos meus sonhos. Estou feliz com o nível de tênis que estou jogando, especialmente depois da lesão. Vamos ver como será essa semana”, respondeu.

Antes de pensar mais à frente, Zverev tem na próxima rodada um duro desafio diante do norte-americano Taylor Fritz. O retrospecto diante do anfitrião está bem apertado, com uma vantagem de 5 a 4 para o alemão. “No passado tivemos partidas muito boas e também batalhas muito duras, principalmente em Wimbledon, acho que foi uma boa partida. Eu não estava 100% saudável, não conseguia me movimentar do jeito que queria, mas ainda assim foi uma boa partida. Obviamente, espero por outra batalha difícil. Estamos nas quartas de final de um Grand Slam, acho que não haverá partidas fáceis a partir de agora”, projetou Sascha.

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João Sawao ando
João Sawao ando
12 dias atrás

Acho que dá fritz

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