Turim (Itália) – O alemão Alexander Zverev ficou decepcionado com o resultado de sua partida contra o norte-americano Taylor Fritz, que valia a terceira presença de Sascha numa decisão do ATP Finals. Principalmente porque, em sua opinião, ele jogou melhor do que o adversário na maior parte do tempo.
“Este vai doer um pouco mais porque pensei que joguei em um nível decente e tive mais chances no geral no terceiro set. Senti que, estatisticamente e em termos de golpes, meu nível talvez estivesse ainda maior que o dele, ao menos até chegarem os momentos importantes. Foi aí que eu meio que estraguei tudo. Este vai doer mais do que os outros”, disse Zverev, que cometeu erros determinantes no tiebreak do terceiro set.
Zverev e Fritz se enfrentaram cinco vezes nesta temporada, incluindo batalhas em Wimbledon e no US Open, e o norte-americano venceu quatro delas. “Não usei minhas chances no terceiro set. Sinto que tive mais oportunidades do que o suficiente. Joguei um tiebreak abaixo da média, eu diria. Muito pior do que o nível que estava durante todo o terceiro set do meu lado.”
Ele no entanto reconheceu a evolução do forehand de Fritz. “Esse golpe sempre foi rápido e muito agressivo, mas era instável em momentos importantes. Conseguia acertar um winner, mas também por vezes acertava a tela. Sinto que a proporção está muito mais voltada para os acertos agora”, avaliou. “Acho que esse é o golpe que mais melhorou para ele.”
Zverev vinha de ótimas atuações na fase de grupos e principalmente de grande vitória em cima de Carlos Alcaraz na sexta-feira. “Me senti um pouco mais vazio hoje. Ontem estava cheio de energia, podia me mover e correr não importava quanto tempo. Hoje eu me senti mais vazio, especialmente no começo. Quanto mais a partida durava, melhor eu me sentia. No começo, tive de me esforcei. Até no aquecimento, também me esforcei”.
E comparou com a véspera: “Foi um daqueles dias em que tudo leva tempo para começar. Não é um fluxo natural para se movimentar, para soltar seus golpes, é apenas a forma como você acorda de manhã. Tudo é um pouco mais cansativo. Eu me senti assim hoje. Contra Carlos, fizemos provavelmente a partida de mais alto nível que o torneio já viu até agora. Infelizmente, não consegui manter esse padrão no primeiro set.”
Com o número 2 do mundo garantido e 69 vitórias em 88 partidas de simples feitos, Zverev analisou sua temporada:
“Joguei algumas partidas fantásticas. Foi um ano interessante para mim, especialmente depois da lesão. Foi meio que meu primeiro ano completamente de volta competindo neste nível e em grandes torneios. Ganhei dois Masters”, recordou, referindo-se ao saibro de Roma e ao piso duro coberto de Paris.
“Mas o que fica na mente são as derrotas difíceis que tive. O que ficará na minha mente é a derrota no Australian Open contra Daniil (Medvedev) e a final de Roland Garros contra Carlos. Essas são as partidas que ficam na minha mente. Acredite, farei tudo o que puder para repetir esses momentos e voltar à final. E desta vez farei tudo o que puder para vencer.”
Falando em golpe, um cara do nível do Zverev não pode ter uma direita tão inconstante.
Realmente, mas vejo que ele está melhorando seu jogo. Agora é analisar essas deficiências para 2025 e se colocar como tal. Depois daquela lesão terrível de RG 22, agora vejo que ele está perto de voltar aquele nível.
Também acho moça, mas ele teve mais chances que o Fritz no 3 set que não aproveitou e ele sabe disso. Agora o Zverev sabe variar o jogo só que não usa muito isso ou não tem confiança, então talvez falte mais isso no seu tênis que já é bom. Vejo que o Zverev tem uma qualidade diferenciada pra sacar que não se ver nos outros atletas fazendo com que mude a trajetória da bolinha causando efeito que incomoda os adversários, mas para carreira do Zverev falta ainda conquistas de Slam para marcar seu nome na história, mesmo sendo um bom tenista ele sabe que falta isso.
Não sabe perder.
Fritz sacou melhor e esse foi o diferencial.
Perdeu. Bola para frente.
Se acha que jogou melhor, deveria ter jogado melhor ainda nos momentos decisivos para ganhar p jogo… Caso contrário, não adianta achar que jogou melhor e perder…
No terceiro set, ele teve chances claras de quebrar o Fritz, coisa que o Fritz chegou perto somente uma vez. Eu assisti a coletiva em inglês e ele não menosprezou a eficiência do Fritz. Ele falou das oportunidades, que sim, foram mais para o lado dele, mas o mesmo assumiu que não soube aproveitar.
Concordo, Fabiana
Sascha teve tantas chances de quebrar ao longo do terceiro set, que chegou ao tiebreak esgotado mentalmente! São detalhes que somente o esporte pode proporcionar
Zverev, apesar de o comentarista da ESPN insistir que “era um novo jogador” mais decidido e tal, continua o mesmo de sempre. Ganhar ou perder são atributos do jogo, ok. Ocorre que o alemão continua perdendo por falta de atitude e mental. Com o backhand que ele tem, dava para ser muito mais agressivo e contundente, mas ele prefere apenas jogar a bola para o outro lado.
Acho que fez uma análise real do que aconteceu, não menosprezou o Fritz, apenas não aproveitou suas chances, amanheceu naquele dia que as coisas não encaixam direito, este ano vimos coisas parecidas com o Alcaraz, faz parte do jogo, um tem que vencer, novas oportunidades virão, com 27 anos ainda tem chão, se recuperou brilhantemente de uma lesão gravíssima, falta aprimorar seus pontos fracos como os amigos aqui relataram, seria muito bom ter mais jogadores ganhando SLAMs e sair dessa história de BIG”X”, mas é a realidade, quem chega lá em cima tem méritos de sobra!