Foi com surpresa e admiração que acompanhei o jogo da Venus Williams no WTA de Washington, duas semanas atrás. Afastada do circuito há 16 meses, a americana levou o público ao delírio ao vencer a 35ª do mundo, Peyton Stearns. Perdeu na rodada seguinte, mas foi a sensação do evento.
Já inscrita em Cincinnatti e ao menos na dupla mista do US Open, ela confirma minhas previsões de seguir seriamente no circuito, conforme declarei numa matéria da Folha de São Paulo, logo após sua surpreendente vitória. Afinal ninguém se prepara nessa intensidade – que ficou visível pelo seu desempenho – para apenas participar de um a dois torneios.
O fato é que Venus nunca parou. Apenas se afastou para cuidar da saúde. Amante absoluta do esporte, descobriu em 2011 que era portadora de uma doença autoimune (síndrome de Sjogren) que, além de outros sintomas, causa fadiga e dores musculares. E como se ainda não bastasse, ela precisou lidar com sérios problemas uterinos.
Portanto é explicável que, com todos esses problemas superados, ou melhor, administrados, ela ainda queira dar continuidade a sua bem sucedida carreira de tenista, inclusive sem a responsabilidade que sempre carregou nos ombros.
Venus e sua irmã Serena, de origem humilde, foram literalmente concebidas para serem campeãs, já que são fruto de um planejamento do pai, ao vislumbrar o potencial financeiro do esporte, pós final de torneio na TV. Um caso raro e curioso da modalidade, inclusive bem retratado no filme King Richards: Criando Campeãs.
Portanto acompanhar Vênus no circuito, agora vai muito além da torcida pelas suas vitórias. Aos 45 anos, quando entra na quadra, ela carrega tantas lutas e lições trazidas pela sua história de resiliência e paixão que se torna imperativo desejar que esse tempo se prolongue. A sensação de superação e a busca por recordes seguramente funcionam como impulsionadores dessa linda jornada de uma ex-número 1 do mundo.
Na outra ponta, vamos acompanhando o surgimento de mais uma nova estrela do esporte, a canadense, nascida nos EUA e descendente de congoleses, Victoria Mboko. Com apenas 18 anos, já impressiona pela potência dos golpes, principalmente do saque, sua movimentação em quadra, maturidade tática e mentalidade competitiva. Jogando em casa, na quadra central do WTA 1000 de Montréal, sem se intimidar, derrotou em dois sets, a vice-líder do ranking e atual campeã de Roland Garros, a norte-americana Coco Gauff.
Certamente ainda existirão muitos desafios pela frente e um provável futuro brilhante para a canadense, que segue viva na competição enquanto esse blog é escrito. A questão agora é aproveitar o momento e capitalizar em cima da falta de pontos a defender.
Entre essas duas figuras do tênis feminino, os aficionados só tem a testemunhar que nunca é tarde para recomeçar ou cedo demais para brilhar!
Para variar……adorei seu texto !!!!!!
Assisti aos 2 jogos da Vênus!!!!!
Maravilhosa!!
E estou assistindo aos jogos da Mbpko!!!!!
Fiquei encantada com a Venus e dua elegância para jogar, aliás sempre fui mais fã dela do que da Serena….
E não vou perder os próximos jogos da Mboko!!!!!!!
Beijos
Oi Vanda !
Não eh incrível que ainda jogue ? Acho que sem problemas de saúde, responsabilidade de vencer e a sombra da irmã, ela ganhou liberdade.
Bj
Com certeza!!!!!
Incrivel que ainda esteja jogando e bem !!!!!!!
Gostei muito da abordagem desse blog! Fico imaginando que as equipes adversárias de ambas nesse e no próximo torneio vejam e revejam as partidas pra estrategiar melhor, já que ambas ‘desconhecidas’ na novidade ou no retorno às quadras, devam ter passado sem muito estudo anterior, ou por não estarem em circuitos com transmissão (Mboko) ou por não mostrarem a preparação prévia (Vênus). Que elas sigam despontando e encantando! Estarei de olho e esperando as suas próximas palavras também.